Dark Paradise {Choni Version}

32 - Sister

POV Cheryl Blossom

- Cheryl, eu já volto. Vou acompanhar Evelyn até a porta. – . Apenas assenti para o Sr. Prado e o vi se levantar acompanhado da mulher, que me lançou um sorriso, para, em seguida, se retirar.

Peguei meu celular e fui checar as mensagens. Nada de Toni. Por que ela tinha que ser assim, tão alheia a tudo? Algumas mensagens de Jason. Deus, eu tinha tanta saudade do meu pequeno, mas eu não sabia quando o veria novamente. Coloquei o celular na mesa e relaxei em minha cadeira.

- Delegada Blossom? – Sr. Prado já estava de volta. – Podemos conversar um pouco antes que volte para seus afazeres?

- Claro, senhor. – Sorri gentilmente e vi o homem se sentar novamente a minha frente. – Vou ser sincera, eu não costumava vê-lo aqui, raramente atendia minhas ligações também... A que devo a honra? – Não fui capaz de conter completamente o sarcasmo, já que ele era um homem um tanto inacessível. Aquilo me irritava à época, claro, mas não havia muito o que fazer.

- Sinal de que você é excelente no que faz. – Foi inevitável não sorrir – Se nosso contato foi escasso até o momento, foi porque você tem desempenhado bem o seu papel.

- Mas o senhor veio até aqui. Significa, então, que algo está errado...? – eu disse, incerta – Ou só veio me dar boas-vindas? – Eu disse e ele riu concordando. Seus dedos começaram a tamborilar sobre a mesa, o que começou a me deixar nervosa, impaciente.

- Como está o caso do Maniac Polaroid?

- É algo muito delicado, senhor. É quase como procurar por um fantasma. A agente Josie ainda não teve tempo de me atualizar completamente do caso, receio que não tivemos muito avanço. – Ele não pareceu surpreso com o que disse.

- É muito comum que não seja descoberto o paradeiro desses tipos, mas espero que possamos pegá-lo.

- Eu também, senhor. Apesar de que sinto que ele está nos fazendo um favor, Isso soa estranho?

- Eu compreendo, Srta. Blossom. – Ele me sorriu e parou de batucar os dedos na mesa. Agradeci mentalmente. – Hoje tivemos uma atividade incomum aqui na delegacia, não concorda?

- Sim, foi horrível receber a cabeça de um homem endereçada a mim. – Sorri fraco com a memória do desagradável incidente.

- Não acha que isso se tornou pessoal demais para o Maniac? Não tem medo? – Eu não entendi aonde ele estava querendo chegar com aquela conversa.

- Não tem nada de pessoal, eu não tenho nenhum vínculo com esse assassino.

- Oh, eu tenho certeza que não. – Ele sorriu e eu tentei retribuir. – Bom, como vão os preparativos para o casamento? – Ele perguntou, de repente, mudando drasticamente de assunto. Ele havia se deslocado até aqui para me fazer perguntas pessoais?

- Não vai mais acontecer. Quero dizer, decidi isso há pouco tempo. – O homem agora sim pareceu surpreso.

- Por quê?

- Me desculpe, senhor, mas isso só é do meu interesse e de Nick. – Sr. Prado uniu as sobrancelhas, incrédulo. Eu não queria responde-lo de tal forma, mas também não podia deixar minha intimidade exposta de tal maneira.

- Tudo bem, delegada. – Ele se levantou e desabotoou o paletó. – Cheryl, você está fora do caso do Maniac Polaroid. – Ele não podia estar falando sério! Era o caso da minha vida.

- O quê? Mas por quê? – perguntei, me levantando.

- Srta. Blossy, até que ponto vai o seu profissionalismo? – Que raio de pergunta era aquela??