Anna Duarte
Meu corpo inteirinho doía!
Parecia que eu havia sido atropelada no mínimo cem vezes, por caminhões de porte grande, daqueles gigantescos e bem pesados.
Só isso para explicar a dor insuportável que eu estava sentindo, a minha cabeça parecia que ia explodir a qualquer momento, só precisava de bem pouco para que a minha cabeça se assemelhasse com uma bexiga e estourasse.
Eu estava na cama ainda, não conseguia nem levantar o meu tronco da cama, imagina fazer qualquer outra coisa.
Ouço batidas em minha porta e só isso foi o suficiente para que a minha cabeça zumbisse igualzinho o sino da igreja.
– Entre! -Murmurei. Minha voz também não estava das melhores.
– Oi meu bem. -A voz do meu avô é baixinha e macia, igualzinha a um gatinho fofo.
– Oi vovô. -Minha voz está áspera.
– Como está se sentindo?
– Horrível!
– E onde Miguel está?
– Eu não sei, mas se ele é esperto, deve ter ido pra casa.
Depois que o Miguel foi embora de minha casa, eu me obriguei a fazer o que ele tinha mandado, mandado não, pedido e eu tomei a aspirina, tomei toda a água que ele trouxe e por fim me forcei a comer o que Mônica havia preparado para mim.
Devo admitir isso foi de alguma ajuda, não cem por cento de eficácia, já que eu ainda estou sobre a minha cama, completamente destruída, mas pelo menos meu estômago parece normal e a vontade de vomitar passou.
– Vocês brigaram? -Meu avô pergunta e eu dou de ombros.
Péssima ideia! Todos meus ossinhos estalaram.
– Depende de como o senhor interpreta uma briga. -O olho. – Vovô, eu nunca me dei bem com pessoas mandonas, agora me diz, como que eu posso me dar bem com o Miguel? Ele é todo cheio de marra e o pior de tudo, cheio de si, eu não gosto de pessoas assim.
– Talvez seja porque você é exatamente assim, querida.
– Eu não sou cheia de marra.
– Eu te amo Anna, você é a minha vida, mas você é teimosa sim, cheia de marra e muito cheia de si também, talvez por isso que você e o Miguel não se dêem bem.
– Eu não acho que seja por isso, eu acho ele muito arrogante e sempre quer ser o dono da verdade. -Faço uma careta quando sinto uma pontada em minha nuca.
Solto um suspiro e torno a me deitar na cama, cobrindo meus olhos com o meu braço.
– A gente pode parar de falar dele, ele faz a minha cabeça doer.
– Tudo bem, Miguel contou-me o que aconteceu ontem, entre Paul e você.
Me rastejo pela cama e deito a cabeça no colo do meu avô e ele começa a fazer carinho em meus cabelos. Bom demais!
Ele passava os dedos tão de leve que eu mal os sentia, eu acho que ele sabia que a minha cabeça tava parecendo uma escola de samba.
– Eu sou muito boba. -Digo de olhos fechados.
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Casamento Arranjado - [COMPLETO]
RomanceAnna Duarte é uma mulher de 25 anos, mas a maioria de suas atitudes são bastantes infantis. Rica e mimada tudo tem que ser do seu jeito e tem que está a sua disposição a tempo e a hora. Até que o seu avô resolve intervir e tentar pôr um pouco de juí...