Capítulo 26 - Miguel

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Miguel Clarke

Anna e eu estávamos passando momentos ótimos um na companhia do outro.

Era como se estivéssemos deixado todas as coisas que nos envolvia no Brasil e alí éramos apenas um “casal” tentando se conhecer de verdade.

O nosso tempo aqui estava realmente muito bom e eu sei que em algum momento retornaremos para o Brasil e tudo o que era antes vai voltar para a nossa vida, mas eu sei que Anna e eu estaremos diferentes quando retornarmos para casa.

De toda forma, quem sabe alguma coisa muda entre ela e eu.

Saio de meus pensamentos quando Anna sai do mar, toda molhada e completamente linda, seu olhar estava preso ao meu e ela tinha em seus lábios o sorriso mais lindo do mundo.

Estávamos em uma das inúmeras praias da ilha e Anna havia decidido entrar na água, eu não quis, porque eu não estava muito afim de ir, então fiquei apenas de longe a observando.

Anna se sentou ao meu lado e em seguida envolveu a toalha felpuda em seu corpo devido o frio e seu olhar se grudou na imensidão azul a nossa frente.

– Ficou esse tempo todo sozinho aqui?

– Sim! Já que a minha noiva me abandonou, me trocou por um mar mais bonito que eu. -Digo e Anna só faz rir.

– Bobo! -Ela dá um empurrão em meu ombro e eu apenas rio. – Eu estava pensando nessa noite, a gente ir para alguma festa o que acha?

– Por que não? Claro, vamos sim!

Anna deita a cabeça em meu ombro e seu olhar fixa no mar a nossa frente, mas eu não conseguia mais olhá-lo, minha atenção agora era inteiramente de Anna, eu não conseguia desgrudar os meus olhos dela um minuto sequer.

Anna parece que tem um ímã daqueles bem fortes que eu não consigo tirar os olhos dela, muito menos consigo ficar longe dela.

– Por que está me olhando desse jeito? -Anna pergunta com a voz baixa e eu desvio o olhar para a frente uma outra vez.

– Eu não estava a olhando.

– Não vou insistir, mas que você estava me olhando, isso você estava.

– Estava demorando até você arrumar algo para implicar comigo.

– Eu nem disse nada, apenas constatei um fato óbvio. -Anna diz como se ela fosse inocente.

A cada frase de petulância que Anna profere, é só para eu me lembrar de nunca mais entrar em uma roubada dessas em toda a minha vida.

– Não precisa ficar tenso, meu bem.

– Eu não estou tenso, longe disso!

– Preocupado, então?

– É mais como se fosse, incomodado.

– Incomodado?

– É, não quero que pense que eu gosto de você, Anna. -Nesse momento ela ergue o rosto para mim. – Eu gosto, não como um homem gosta de uma mulher, talvez como uma amizade desestabilizada.

Casamento Arranjado - [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora