Capítulo 15 - Anna (part II)

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Anna Duarte

Abri meus olhos lentamente, focando minha visão em uma parede totalmente branca e eu tentei me mexer, mas não foi possível.

O quarto não era o meu e nem algum que eu conhecia ou já tinha estado, tentei me mexer novamente, porém mais uma vez não consegui.

Até que a compreensão me invade e eu lembro onde eu estava e com quem eu estava. Como que eu me esqueci de um “detalhe” tão importante assim?

Desci meu olhar pra baixo e um dos braços de Miguel estava em torno de minha cintura e minhas costas estava encaixada em seu peito largo.

Lado ruim de toda essa situação, Miguel e eu não podíamos dormir juntos, o lado bom de tudo isso, é que pelo menos estavamos vestidos.

Com cuidado retirei o braço de Miguel da minha cintura, ele se mexeu um pouco mas não acordou, por fim virei-me na cama e fixei meu olhar nele.

Miguel é um dos homens mais bonitos que eu já pus meus olhos e mesmo ele sendo tão cheio de si e coisa do tipo, ele é lindo demais.

Passei as pontinhas de meus dedos em seus fios macios e Miguel se remexe novamente. Agora, eu vou! Antes que ele acorde.

Pé ante pé, sai do quarto em silêncio e fechei a porta sem fazer barulho algum, logo adentrei o meu quarto e fechei a porta, me encostando na mesma e respirei fundo.

Eu não sei como me permiti dormir com o Miguel.

Nego com a cabeça e me dirijo para o banheiro, o cheiro de Miguel está na minha pele e na minha roupa, preciso tomar um banho.

Solto um suspiro e entro debaixo do chuveiro, logo deixando a água quente cair em minha cabeça e eu fecho os olhos sentindo essa gostosa sensação de limpeza.

Alguns minutos mais tarde, saio do banheiro apenas com uma toalha em meu corpo e me sento na cama, pra pentear meus cabelos e hidratar o meu corpo, como eu fazia diariamente e quando já estou perfumada o suficiente, vou me vestir.

Eu vesti um cropped de cor azul, de alcinha fina e um short curto da mesma cor, coloquei um tênis na cor branca, prendi meu cabelo em um coque alto, fiz uma make básica e passei perfume, peguei meu celular e sai do quarto, logo desço as escadas e me sento no sofá, quando meu celular toca em minha mão.

O nome de Pedro aparece na tela e eu ergo a sobrancelha, o que eu acho esquisito, raramente Pedro me liga, mas eu logo trato de atender.

Bom dia, delícia!

Bom dia, Pedro. -Digo por fim. – Por que está acordado tão cedo? São quatro horas da manhã no Brasil.

Eu acabei de chegar do trabalho.

Tão tarde?

Tinha muita coisa para eu fazer, mas eu não liguei para falarmos disso.

E me ligou por que?

Simples! Eu queria te ver.

E por que?

Casamento Arranjado - [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora