Capítulo 32

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Andei até a porta.

-Natasha: Espera.

Parei com a mão na maçaneta, mas não virei para trás.

-S/n: Achei que não tinha nada para me dizer.

-Natasha: Você sabe muito bem o que fez comigo no dia da briga.

-S/n: Claro que sei- Virei e olhei ela firme- E se não entrassem no meio faria muito mais.

A loira arregalou os olhos e deu um passo para trás.

Aproveitando o seu medo dei um para frente.

-Natasha: Se você não está namorando com ele, então não tem problema eu tentar algo.

-S/n: Caramba, sabe, você me impressiona, só que negativamente. Nunca consigo distinguir se é boa demais em provocar ou apenas burra e solta coisas que te prejudicariam.

Ela deu outro passo para trás mas acabou batendo as costas na parede.

-Natasha: Desculpa eu não sei o que estou pensando.

-S/n: Não desculpo.

Meus poderes começaram a fluir pela minha pele e a sensação deles tomando conta de mim foi aumentando.

Fechei meus olhos e respirei fundo.

-Natasha: Por favor me coloca no chão- Quando abri meus olhos vi ela simplesmente parada no ar.

-S/n: Me escuta bem, ok ?

-Natasha: Meu Deus seus olhos estão- A interrompi erguendo a mão em sua direção, e ela começou a sufocar, como se estivesse sendo enforcada.

Olhei para o lado e pude ver meus olhos, estão da maneira que o Cinco contou aquele dia, totalmente pretos.

Desviei a atenção dos meus olhos e voltei a ela.

-S/n: Você vai sair do meu caminho e do meu namorado, esquece nossa existência ! Se me provocar mais alguma vez, eu te mato, estamos entendidas ?

-Natasha: Não... consigo... respirar...

-S/n: ESTAMOS ENTENDIDAS ?- Joguei ela contra a parede, mas segui a suspendendo no ar.

-Natasha: Sim... eu juro...

-S/n: Assim espero.

Continuei segurando ela lá em cima, mas a fraqueza começou a passar pelo meu corpo.

Em segundos sentei no chão me concentrando para fazer meus poderes pararem, e assim ouvi o barulho do seu corpo colidir com o chão.

Com o corpo tomado pela fraqueza, impulsionei meu tronco para trás e permaneci deitada.

*Sinal da aula toca*

-S/n: Não posso ficar aqui, preciso voltar para a aula- Tentei levantar, mas falhei- Vamos S/n você consegue caralho, vamos !

Usando toda a força possível, consegui ficar em pé.

Depois de conseguir me firmar no chão, fui até a Natasha ver se ela está bem.

Está respirando, graças a Deus, não queria matar ela.

No chão estava seu celular com a tela acesa.

-S/n: Mas que porra- Peguei o celular e estava com o gravador ligado- Essa vadia infeliz.

Joguei o aparelho no chão e comecei a pisar com todas as forças, depois o coloquei na pia e abri a torneira.

Mesmo que eu tenha acabado com ele, vou ficar com o mesmo, não quero arriscar.

Joguei ele dentro da minha mochila e saí do banheiro, mas trombei com alguém.

The Umbrella Academy - Número cincoOnde histórias criam vida. Descubra agora