Eight

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Narradora point of view

  O dia estava frio, quase congelante, e até mesmo o tempo era suspeito demais.

  Que dia era? Não sabiam. Quantas horas eram? Com o tempo nublado era impossível de saber. Estavam situados em um lar distante, sem noção do tempo, com um período repentino gélido e com suas almas preenchidas de tristeza.
  Um dia ótimo para chorar o dia todo, mas isso só se você não estiver passando as férias com Han Jisung.

— Bom dia garotos!

— Me apresente um motivo para o dia ser bom. — Lee levantou rapidamente, como se estivesse acordado há horas.

— O dia é bom de qualquer forma, tendo motivos ou não. E aliás, você acordou cedo, isso já é bom! Certo?

— Eu não dormi até agora na verdade.

  Era aparente que o garoto não havia descansado, sua olheira preenchia quase toda a parte de baixo de seus olhos; podemos também citar o olhar exausto e sua coloração pálida. Na realidade todos estavam daquela forma, um pior que o outro.
Estavam de luto e sobrecarregados.

— Eu também não pude dormir direito. — Hyunjin se levantou. — Sei que é difícil me ver acordado nessas horas, mas é real.

— Não sabemos quantas horas são, pode ser duas da tarde na verdade. O céu está nublado demais e o único celular restante, que era de Seungmin, quebrou com ele. — Jeongin contou.

— Se perdemos a noção do tempo iremos enlouquecer. Já estamos presos nessa merda e ainda não sabemos que dia é ou que horas são? Terrível.

  Yongbok estava certo, seria terrível ficar naquele horrendo lugar sem meio de comunicação, horário e dia.
E nem poderiam carregar algum celular, a energia era péssima e só funcionava direito para a antiga televisão que continha ali. Poderiam tentar colocar um pouco de carga nos aparelhos, mas a chance de um incêndio era grande.

— Se o tempo melhorar, podemos ir na portaria, talvez alguém tenha um calendário ou qualquer coisa do tipo. — Han acabou com o assunto. — Irei fazer algo para vocês hoje.

— Alguém precisa, urgentemente, dar um murro na sua cara. Nós não iremos, por teimosia sua, sair daqui. Ouviu?

— Assunto encerrado, por favor. — revirou os olhos para Felix.

  Ignorou as novas questões dos garotos e foi para a cozinha, ele tentaria fazer Tteokbokki e uma torta, a segunda para a sobremesa. Não importava se era cerca de nove da manhã ou duas da tarde, ele queria fazer aqueles dois pratos.
  E também queria seguir o exemplo de Chan, a liderança que ele tinha naturalmente, a amizade e o cuidado com os demais. Sabia que era mais novo que Hyunjin e talvez o mesmo que deveria fazer isso, mas sentia que deveria ajudar com algo ou aproveitar mais o tempo com eles.
Jisung poderia falecer a qualquer momento.

— Fiquem todos na sala porque quem manda hoje na cozinha sou eu. Só entrem aqui se for uma urgência.

  Mesmo impedidos de ultrapassar o cômodo, queriam colocar alguém para vigiar Han cozinhando, pois estavam com medo de algo pegar fogo e eles terem mais problemas relacionados a incêndio.
  A localidade deveria ter uma péssima energia ou era realmente assombrada, tudo era possível de acontecer ali! Até as coisas mais inesperadas.

— Ele me lembra Chan quando cismou com a culinária e começou a cozinhar com mais frequência para nós. Lembram? — Jeongin indagou e assentiram.

— Lembramos sim. Talvez queira tentar nos animar de alguma forma, esse é o jeito de Jisung. — o garoto começou a lacrimejar.

— 'Lix? Está tudo bem? — apreensivo, Hwang perguntou. — Sentiu algo? Por que está chorando?

The Hut of Death | Stray Kids.Onde histórias criam vida. Descubra agora