Ten

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Narradora point of view

  Ninguém ficava dentro da casa na maioria das vezes, todos estavam espalhados pelo local. Era evidente que temiam, tinham muita angústia e também não queriam ficar juntos após a briga. A aura da localidade estava pior do que o normal.

  Um estava na sala, brigando com o velho televisor que não funcionava muito bem. O mais novo estava arrumando o porta retrato na cozinha. Faltava um, e era preocupante não ter a presença daquele.

— Sabe para onde ele foi?

— Não faço ideia e não me importo muito. — assumiu. — Mas ouvi barulhos aqui embaixo cedo, assim que comecei a arrumar algo para fazer.

— Você é tão irresponsável. — revirou os olhos. — Eu estive na cozinha pela manhã, Hyunjin. Ele não está aqui.

— Se está tão preocupado, por que não vai procurá-lo? É o único que se importa.

— Ele pode estar morto! Ele pode ter se matado e nós estamos aqui, fingindo que ele nem desapareceu.

— Não há meios de ressuscitá-lo caso tenha morrido, então faça o que quiser.

— Oh sim, vou fazer o que quero, sumir! Devíamos ter ido embora desde o primeiro dia quando apareceu o corpo da garota, mas não! Deve ser super normal para vocês ficar nesse maldito lugar, com mortes, incêndio, sangue em camas, entre diversas outras coisas.

— Certo, boa sorte na tentativa de rebelião e não esquece de trancar a porta quando sair.

  Ridículo, pensou. O jovem realmente estava disposto a fugir da localidade. Algo que eles deveriam ter feito o quanto antes, mas infelizmente não usaram o cérebro.
  O real problema era como ele iria embora, não havia um mapa, não havia mais o carro, tudo era cercado de árvores totalmente iguais e a impressão era de que andavam em círculos.
  Para escaparem facilmente iriam precisar de mais pessoas unidas, apenas três planejando iria ser complicado. Não havia mais ninguém na área, somente os três, todos foram embora magicamente.

— Onde é que esse garoto se escondeu? — sussurrava cansado. — Ele não pode ter ido para muito longe daqui...eu acho.

— Está me procurando? — o rapaz de jaqueta se aproximou.

— É óbvio que sim, existe mais alguém conosco além de você? Pergunta idiota. — franziu o cenho. — O que estava fazendo aqui?

— Uh, nada.

— Como nada? Você vem para o meio de um matagal e não faz nada?

— Eu não estava fazendo nada, não há o que fazer por aqui.

— Certo. — se calou, estava pensativo. — Vamos embora logo, quero voltar!

  Yang se aproximou para guiá-lo até a direção certa, e quando tocaram na mão um do outro o mais novo se arrepiou por completo e entrou em um choque instantâneo. A textura áspera, cortada e molhada chamou sua atenção, o que havia ocorrido? Talvez Lee teria tentado suicídio? Ou somente se cortou acidentalmente?

— Eu machuquei a mão então não precisa me tocar, não vou me perder.

— Onde machucou?

— Em um galho. — respondeu brevemente. — Vamos, você não queria voltar?

— Você com certeza não se machucou em um galho. Me responda, onde se cortou?

— Quanta insistência. — reclamou subindo as mangas de sua jaqueta. — Eu cortei ambos os braços sem querer, te juro.

The Hut of Death | Stray Kids.Onde histórias criam vida. Descubra agora