The Hut of Death | Stray Kids.

Eleven

Esse capítulo contém momentos em que podem gerar ansiedade ou desconforto em leitores.
Não leia se ficar desconfortável, apenas pule para o final.

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Lee Felix point of view

[ sexta - 16h00 ]

— Duas passagens para Seul, aqui está. — entregou sorridente. — Deseja algo mais?

— Poderia me dizer onde há lojas de equipamentos, facas esportivas ou coisas assim? Não conheço a área.

— Há algumas no shopping, é um pouco longe daqui, mas posso te passar o endereço da mesma forma!

— Seria uma gentileza.

  Convencer as pessoas é algo relativamente fácil na maioria das vezes.
  Olhe bem nos olhos dela, afinal o contato visual é a forma mais natural de despertar confiança.    Provoque um "não" maior, se você acha que a pessoa recusará seu pedido, peça algo muito maior e mais complexo. Faça ela negar isso, o que a fará sentir que, em nome da confiança, não será interessante continuar te negando pedidos, o que a fará aceitar.
  E o jovem aceitou os meus pedidos, os meus três importantes pedidos.
  Duas passagens, café e fichas de telefonemas. Ele havia me dado tudo isso graças a ideia que tive, que fora mal executada mas deu totalmente certo.

  E os outros três restantes eu faria sozinho, do meu jeito.
  Faca, um objeto que havia sumido da minha cabeça e um sinalizador. Eu atualmente precisava somente dos itens citados, assim que eu conseguisse-os poderia voltar para casa "arrependido de ter sumido" e fingir ser um bom garoto.

— Bom dia, com o que posso te ajudar?

— Eu preciso de, — a garota me encarou surpresa. — Algum problema?

— Ah não! Não, perdoe-me. Pode continuar.

— Preciso de, é, eu não me lembro do nome agora, uma faca e de um sinalizador. — enunciei pensativo, uma palavra faltava e eu não conseguia me recordar.

— Certo. O sinalizador de qual tipo? Há as pistolas sinalizadoras, sinalizadores de fumaça, o bastão e outros.

  Era uma confusão, para mim todos eram iguais e para a mesma função. Como diabos eu saberia qual era adequado para a ocasião?

— Não faço ideia. — dei uma leve risada. — Preciso de um sinalizador que possa ver a longa distância, que se alguém estiver em perigo possa perceber imediatamente.

— Oh sim, tenho um perfeito para você! Ele é acionado nos setores policiais, assim que for ativado os policiais irão ver e tentar ir até o local. Te interessa?

— É exatamente isso que preciso.

  Acabei por ficar com dois deles: o de fumaça e o policial, ambos aparentavam ser perfeitos.
  Só faltava mais duas coisas, era fácil e seria rápido...ou não.

  As batidas do meu coração pareciam ficar cada vez mais rápidas e fortes, de uma forma que eu poderia ouvir. Me deixava aflito pedir algo que nunca imaginei ao menos usar, e ainda mais sendo algo que iria me prejudicar.
  A garota na minha frente me encarava preocupada, eu não conseguia pedir ajuda.
  As minhas mãos tremiam e aquilo me entregava totalmente. Por que era tão difícil pronunciar poucas e rápidas palavras? O desespero estava tomando-me por completo.

— Não sinto que você está bem. Quer sentar?

— Estou bem. — menti. — Esqueci de tomar alguns remédios, são efeitos colaterais. Vamos prosseguir, eu preciso de uma faca.