•capítulo 81•

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•Bruna•

Advg.: a faculdade de administração, vai entorno de 4 anos.

Bru: e eu preciso terminar tudo até assumir?

Advg.: não, no final do terceiro, ou até mesmo se quiser esperar terminar. Mas vai de você, se estiver preparada.

Bru: e o que mais eu preciso saber?

Advg.: você já é dona da empresa, então você manda e desmanda lá. Claro que tem outros acionistas, e que se precisar tomar uma atitude muito drástica, terá que entrar em consenso com eles. Mesmo sendo você a dona. 

Bru: eu vou ter acesso a tudo?

Advg.: tudo e sobre todos os setores da empresa.

Dayse: é muita coisa, seu pai ficava muitas vezes estressado com tanta dor de cabeça.

Advg.: realmente, é um trabalho estressante.

Bru: não vou decepcionar meu pai, eu vou assumir os negócios dele, e levar adiante a empresa.

Advg.: muito bem, bom isso era tudo. -juntou suas coisas.

Foi acompanhado pela Dayse até a porta, logo ela me aparece novamente.

Dayse: e como está? -se sentou ao meu lado.

Bru: muita informação ne?

Dayse: você vai se sair bem...-me deu um beijo na testa.

O final do ano, nunca foi tão solitário, no natal, passei com a família da Dayse, mas preferi passar o ano novo sozinha. Deitada, comendo comidas gordurosas, e assistindo meus filmes preferidos.

Enquanto outros comemoram ao lado das pessoas que amam.

Dia 31...

Eu não iria nem sair da cama, dispensei o George, e ele passaria com a família. Tayler, estava sem falar comigo à alguns dias, estava sendo ignorada no whatsapp.

Ja estava no meu terceiro filme, quando alguém interrompe batendo na porta. Nessa altura do campeonato, não fazia idéia de quem seria.

Bru: não to... -digo revirando os olhos.

Xx: mesmo? -disse abrindo a porta. -Posso voltar outro dia!

Bru: o que ta fazendo aqui Jhon?

Jhon: vim te ver, mal agradecida. -se aproximou da cama.

Bru: você não tinha que estar com a sua família? -ele se sentou na cama ao meu lado.

Jhon: não queria te deixar sozinha...

Bru: você sumiu.

Jhon: tava correndo atrás de serviço, a minha antiga empresa não tinha uma boa recomendação.

Bru: achou?

Jhon: não ainda...

Bru: já já você arruma. -passei a mão em seu rosto.

Jhon: como tem coragem de assistir esse filme?

Bru: É o melhor filme do mundo.

Jhon: sabia que alguns países esse filme é proibido?

Bru: não sei porque!

Jhon: ele aborda um assunto muito pesado, e a forma que acontece.

Bru: tem umas cenas legais, tipo quando ele corta o pau do cara. -disse animada.

Ja acomodado ao meu lado na cama, puxou o edredom ficando bem perto de mim. O filme, não era nada mais, nada menos que...

"A pequena Cler era filha única de um casal, e tinha apenas 3 anos quando foi sequestrada, os pais nunca perderam as esperanças de encontrar sua filha.
Mas um certo dia, os policiais da região encontraram o corpo de uma menina, que aparentava ter a mesma idade que a filha deles.
O corpo encontrado estava nas piores condições, não haviam uma parte do corpo da menina que não estivesse machucado.
Após o reconhecimento doloroso, que aquele corpo se tratava de sua filha. Ouvir o que ela tinha passado após o exame ser realizado, era pior ainda.
Diversos abusos, agressões, inclusive o assassinato.
O laudo constava, que mais de três pessoas participaram do crime.
Ai começa uma caçada enorme atrás dos monstros que tiraram a vida daquela garotinha. Meses de angústia para a família em vão, afinal nenhum suspeito foi encontrado.
Nessa espera por justiça pela filha, e vendo que não chegariam em lugar nenhum. A mãe da pequena Cler. Entra em uma depressão profunda e severa, o que a faz cometer suicídio, destruindo ainda mais o seu marido.
Incoformado pela destruição da sua família, ele começa sua própria investigação, indo atrás de cada suspeito, ele não tinha mais nada a perder, e ia fazer cada um dos culpados sofrerem, assim como fizeram a filha dele sofrer.

As vezes olhava as reações que Jhon fazia, o que me fazia rir, não sabia se estava com medo ou com nojo.

Jhon: Credo! -virou o rosto.

Bru: para de ser fresco.

Jhon: olha o que o cara ta fazendo. -escondeu seu rosto no meu ombro.

Bru: você é um homem ou um saco de batata? -me virei para olhar para ele.

Ele riu, e foi levantando lentamente seu rosto, que ja estava perto do meu. Seus olhos vidrados no meu, desceu rapidamente seu olhar para minha boca o que me fez sorrir de lado, foi aproximando seu rosto do meu.

Sua mão veio ao encontro da minha bochecha, seu polegar deslizava pela minha pele. O filme ja estava sem som, a única coisa que ouvíamos era nossas respirações.

O meu guarda costasOnde histórias criam vida. Descubra agora