•capítulo 36•

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*Igor*

Peguei meu celular e deixei minha mãe e Bruna conversando. Disquei o número que o senhor Henri usa para falar com os funcionarios. Demorou um pouco para ele atender.

•ligação on•

Henri: Alô.

Igor: Senhor aqui é o Igor, ta podendo falar agora? É importante.

Henri: aconteceu alguma coisa com a Bruna?

Igor: esses dias mesmo, observei uma moto rondando a casa do senhor, mas hoje eles quiseram nos roubar quando paramos no semáforo.  -ouvi sua respiração aumentar-

Henri: quando exatamente eles estavam perto da minha casa?

Igor: antes de ontem!

Henri: Igor, quero que deixe a Bruna longe de casa, leva ela um hotel, ou sei la. Mas não deixa ela perto de casa. Não foi assalto, eles querem me atingir, e eles não brincam em serviço, Igor, a vida da minha filha ta em risco! -engoli seco, e meu peito aperta só de pensar nessa possibilidade-

Igor: na pressa e na correria trouxe ela para casa da minha mãe, não sabia aonde levar ela. -disse meio nervoso-

Henri: onde sua mãe mora?

Igor: em um sítio perto da estrada.

Henri: se importa de deixar ela passar um tempo ai?

Igor: não senhor. Só preciso comunicar a minha mãe. Pois a casa é dela.

Henri: tudo bem, se acontecer mais alguma coisa, por favor me liga imediatamente. A culpa disso é minha, essa viajem foi um erro! Agora to colocando minha filha em risco.

Igor: Senhor......

Henri: preciso desligar Igor, cuida da minha filha. Tchau!

•ligação off•

Estava meio atordoado, era muita informação, precisava deixar Bruna aqui, não sei exatamente o que senhor Henri fez, mas para tomar uma atitude dessas. Voltei para a sala e peguei a metade da conversa, após falar que foi tentativa de assassinato. Todos olhavam para Bruna de olhos arregalados.

Bru: tem haver com meu pai não tem? -me disse com um tom triste na voz-

Igor: -assenti- tem, mas eu vou proteger você.

Cris: eles iriam matar uma menina? Ela só tem 17 anos. -minha mãe me olhava inconformada-

Bru: meu pai mexe com negócios importantes, não envolve só nossa cidade, ou só nosso país. E tem muita gente tentando puxar o tapete dele, sempre teve. Mas alguma coisa saiu do controle do meu pai pelo jeito. -disse olhando seriamente para minha mãe-

Jhon: para essas pessoas o dinheiro que vale mais que a vida.

Cris: Jhon! -disse minha mãe repreendendo meu irmão-

Bru: ele ta certo senhora Moondler.

Olhamos para Bruna, que parecia triste de mais.

Bru: eu cresci convivendo com essas pessoas, o dinheiro sobe na cabeça deles, e eles fazem de tudo para chegar no topo.

Cris: até matar?

Bru: sim!

Meu coração deu nó, eu não devia me aproximar tanto dela, pois sinto que morreria para salvar ela, mesmo se esse não fosse meu trabalho. Agora é tarde, essa garota, ta na minha vida, eu trabalho para deixar ela bem. E dou minha vida,para a dela continuar.

Bru: posso tomar um pouco d'água?

Cris: claro querida!

Jhon: vem, eu pego para você.

Bru assentiu e levantou indo atrás de Jhon, ao ver eles entrarem na cozinha, me sentei na frente para minha mãe.

Igor: o pai dela pediu para deixar ela segura em algum lugar.

Cris: deixa ela aqui.

Igor: a senhora sabe que pode trazer problemas para cá né?

Cris: ela pagou meu hospital, e meus medicamentos Guinho. É o mínimo que posso fazer. -pegou em uma das minhas mãos-

Bruna logo entrou na sala, e se sentou no mesmo lugar que estava.

Igor: posso falar com você uns minutos?

Olhei para ela e a mesma assentiu, me levantei e fui andando para ela vim atrás, sai pela porta, e fui para o quintal, fui sentar em um dos bancos que la tinha. Sentei e ela sentou de lado, com as pernas cruzadas.

Igor: vou ter pegar algumas peças de roupa sua na casa, quer que eu traga algo específica?

Bru: onde eu vou ficar?

Igor: aqui! -ela arregalou os olhos-

Bru: como assim aqui? Sua mãe sabe?
-sorri de lado-

Igor: claro que sabe! Ela super topou, você ficar aqui.

Vi, sua expressão mudar para tristeza, e seus olhos ficarem vermelhos.

Igor: Ei, acalma teu coração. Vai ficar tudo bem.

Bru: você sabe que se não for eu, quem for vai ser meu pai não sabe? -diz com voz embolada de choro-

Igor: vai o que Bru? -disse, colocando uma mexa do cabelo atrás da orelha-

Bru: morrer.

Meu coração disparou, e eu peguei na mão dela.

Bru: alguém sempre sai machucado, esse é o preço de ter tanta gente querendo ocupar o cargo surpremo da impresa Salles.

Igor: seu pai, tem os seguranças dele. E me contratou para proteger você! E eu te prometo que não vou deixar nada, nada mesmo, acontecer com você.

Passei um braço em volta de seu pescoço e puxei para um abraço. Ficamos algum tempo ali, até ela se acalmar.

Igor: vou ir pegar algumas roupas, então preciso que fiquei aqui, não vou demorar. Ta? -ela assentiu-

Levantei do banco, e antes de dar as costas e ir para o carro, dei um beijo em sua testa.

O meu guarda costasOnde histórias criam vida. Descubra agora