O meu guarda costas

•capítulo 50•

•Bruna•

Cai no chão pelo susto da janela quebrando. Meu coração acelerou quando, vi duas pessoas de preto pulando a janela, fui rastejando para trás até sentir que minhas costas bateram na cama. Comecei a tremer, e me faltou ar.

Xx1: enfim, te achamos.

Bru: quem são vocês? -senti o choro parar na garganta.

Xx2: não te interessa!

Ouvi o barulho da porta abrindo, e um barulho forte de um tiro. Quando vi, Igor estava lutando com um dos caras que tinha entrado na casa.

O outro que estava perto de mim, foi atirar em Igor, mas o empurrei para trás, felizmente errando a direção do tiro. A arma caiu de sua mão,  e eu a peguei, mirando no homem à minha frente.

A gélida sensação da arma em minha mão era estranha, a estranha sensação de ter em mãos algo que pode tirar a vida de alguém. Estava tremendo, meus olhos se embaçavam pelas lágrimas que acumulavam, outras ousavam cair,mas tentava me manter firme. O homem se levantou, me olhando como se tivesse poder sobre mim.

Ouvi um barulho da arma ser engatilhada, olhei para o lado, o segundo homem segurava Igor de forma que ele estava quase perdendo o ar, a arma estava apontada para sua cabeça.

Bru: Não atira nele! -meu grito saiu como um choro.

Ele atirou no chão, ao lado,me assustei com o barulho, me fez fechar os olhos e me encolher, o que deu total facilidade para pegarem a arma de mim.

Xx1: vem com a gente, que seu amigo, Não vai se machucar.

Igor: nao... -disse quase sem ar.

Xx2: a vida dele ta nas suas mãos.

Igor: Bru...na.... não.....

Xx1: me entrega a arma, se não você o vera morrer.

Olhei para Igor, que estava quase perdendo as forças tentando se debater com o cara que o sufocava. Ja estava chorando de soluçar, sei que era o trabalho de Igor me defender, sei que se isso continuasse, alguém mais poderia se machucar.

A Cris poderia chegar a qualquer momento com o Jhon, e isso poderia ficar pior. Eu morria de medo de pegar em uma arma, mas eu achei que podia mexer com uma,mas não consegui. Fui fraca, e nunca deixaria Igor pagar pela minha fraqueza. Estava em minhas mãos, e não tenho dúvidas que quero salvar Igor.

Bru: ok, eu vou.

Igor: Bruna!não ....

Xx1: não é que ela é uma boa menina?!

Tirou a arma de minha mão, e me segurou pelo braço.

•Igor•

Eu nunca acreditei na minha capacidade de ser um guarda costas, talvez quando fosse a hora de agir, eu soubesse o que fazer. Mas se tratando da Bruna, perdi totalmente o sentido, eu tentei tirar a arma de um cara, mas ele acabou me imobilizando, eu não sou bom em ser salvar ela, não tenho capacidade de defender ela. E agora ela ta ali, na minha frente, com uma arma apontada para cabeça dela, e uma arma apontada para minha. Estou decepcionado comigo mesmo, Bruna com certeza está.

Ver ela, aos prantos, tendo que colocar sua vida na frente da minha me partiu o coração.

Igor: Não vao levar ela! -dei um murro em sua barriga, que fez me dar espaço para bater nele.

Consegui nocautear ele, fazendo ele cair no chão, mas antes que pudesse pegar a arma, ouvi um disparo, senti um dor enorme em meu braço, e me assutei com o grito de Bruna que ecoou pelo quarto.

Eu tinha levado um tiro, olhai para onde vinha a dor, e vi sangue escorrer pelo meu braço. Senti uma fraqueza, e por um instante fiquei fraco, o cara que eu havia acabado de socar, me jogou no chão, e começou a me dar murrose chutes.

Ouvia Bruna gritar "para" e "Não faz isso" diversar vezes, meus sentidos ja estavam se perdendo, minha cabeça começou a ficar pesada e minha vista embasar, vi o cara sair pela janela carregando a Bruna,tentei gritar mas logo apaguei de vez.

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Depois de um tempo, acordei com dificuldade, abri os olhos e não reconheci o lugar. Olhei para o lado, e só então reconheci o lugar. Estava em um hospital, minha mãe e Jhon, estavam sentados um ao lado do outro.

Jhon: ei cara, finalmente. Deixou a gente preocupado. -se levantou e se aproximou.

Cris: filho, oi. -fez o mesmo.

Igor: cadê a Bruna?!

Jhon: não achamos. Ligamos para a polícia já.

Igor: eu sou tão merda.

Cris: não é nao!

Igor: mãe, eu tinha um único dever. Defender ela, a sorte que vocês não estavam em casa.

Cris: quando chegamos, e vimos você lá, jogado no chão, me desesperei, não sabe como fiquei com medo de perder você.

Jhon: viemos correndo, chamar a ambulância ia demorar muito.

Igor: valeu, ainda não acredito que levaram ela!

Lagrimas escorreram pelos cantos dos olhos, e senti muita vontade de chorar. Um aperto em meu peito, só de pensar no que ela podia ta passando, no quanto podia ta sofrendo, eu precisava sair daqui logo.

Cris: a gente ligou para o pai dela. -assenti.

Alguém bate na porta e todos olham na direção.

Xx: licença, tudo bem? Sou o doutor Oliver, estou com seus exames, e por sorte não perfurou nenhum órgão, a bala ta alojada em um dos músculos de seu braço, a cirurgia para a remoção da bala, sera feita hoje a tarde.

Cris: é tranquila a cirurgia? É de risco.

Dr.: tudo depende do Igor, se ele reponder bem aos medicamentos e a cirurgia, vai ficar tudo bem.

Ele saiu do quarto, mas queria arrancar todos aqueles aparelhos e ir atrás da Bruna.  Mas não tinha forças para aquilo. Onde sera que ela esta?