•Capítulo 34•

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*Bruna*

Abri os olhos com dificuldade, tentei me mover na cama, mas alguém estava com seu corpo próximo ao meu, estava deitada em seu peito, quando olhei para cima, vi Igor, ja acordado. Ele acariciava meus cabelos enquanto me olhava dormir.

Igor: Bom dia! -sorriu-

Bru: bom dia! -retribui o sorriso-

Ficamos deitados nos olhando por alguns segundos.

Igor: posso te fazer uma pergunta? -assenti, ainda olhando para ele- Na festa, Eduardo disse que tinha mandado mensagem querendo sair com você, e disse que te viu entrando no carro comigo. -fez uma pausa-

Bru: e o que, que tem?

Igor: quando ele te mandou mensagem?

Bru: -dei um leve suspiro- ele mandou no dia que sua mãe foi internada. Ele provavelmente nos viu entrando no carro para irmos ao hospital.

Igor: porque não foi?

Bru: Eu precisava ficar ao seu lado. -desviei meu olhar do dele, e sentei na cama-

Igor: você sabia que não era sua obrigação, na verdade nada daquilo era...

Bru: de novo com esse papo? Eu ja disse que fiz de coração. Eu, realmente nunca precisei ficar em um hospital popular daquele jeito, então eu quis dar um pouco de conforto para ela. Só isso. -disse alterando a voz-

Igor: -sentou na cama também ficando ao meu lado- ei calma, não to julgando não. Eu amei sua atitude. -o olhei e o mesmo sorriu-

Bru: falando nisso, como ela esta?

Igor: Ja esta em casa, duas vezes por semana meu irmão trás ela para fazer o tratamento.  -ele olhou em meus olhos-  o tratamento tava cansando muito ela no começo, ela tava bem desanimada. Mas agora ja pegou o ritmo, Então ta cada vez melhor. -disse alegremente- graças a alguém que além de ter dado conforto a ela, também pagou o tratamento.

Ele me olhou seriamente, no fundo dos meus olhos, talvez eu seja inocente de mais em achar que ele nunca saberia que era eu quem havia pagado o tratamento da mãe dele. Porém Igor não era idiota, e eu não sabia fazer as coisas no anonimato.

Igor: foi você não foi? -segurou meu queixo, virando meu rosto para o dele- me diz a verdade.

Bru: foi! Mas não fica bravo. Não queria esfregar na sua cara nem nada,mas é que.........

Fui interronpida com um selinho, que se transformou em um beijo lento. Ele se afastou e sorriu.

Igor: você me encanta sabia? -e se levantou da cama,pegando suas roupas que estavam espalhadas pelo chão.

Bru: vai para onde?

Igor: trabalhar né?! Anda, se levanta que você ainda tem escola.

Revirei os olhos e me joguei na cama, colocando o edredom em meu rosto.

Igor: vamo logo,preguiçosa. -puxando o que me cobria-

Ele saiu do quarto e eu fui me trocar, desci para tomar café, e assim que terminei fui em direção ao carro, Igor ja estava me esperando no mesmo. O caminho até a escola, pelo menos de carro era quase meia hora, havíamos parado no semáforo, quando uma moto parou ao nosso lado, havia duas pessoas, estavam de capacete, mas pela estrutura dos dois, eram homens, um deles virou e ficou olhando para o nosso carro, percebi que ficou estranho quando, o moço que estava no garupa levantou a viseira, e cochicou algo para o cara que estava em sua frente.

Podia ser um assalto, então alertei Igor, o mesmo estava concentrado no semáforo. Parecia que estava em câmera lenta, vi o moço do garupa pegar algo que estava em sua cintura. Os dois começaram a olhar para o carro, Igor, acelerou, sem pensar duas vezes. Meu coração estava acelerado, quase infartei quando vi a moto vindo em nossa direção, Igor parecia um piloto de fuga, olhava para o retrovisor a todo momento.

Bru: é um assalto?

Igor: não sei, provavelmente. -disse pegando a arma da sua cintura-

Bru: o que você ta fazendo? -disse com os olhos arregalados-

Igor: te protegendo, ou melhor dizendo, to fazendo meu serviço.

O carro estava muito rápido, e ainda conseguia ouvir a moto. Ela se aproximava e o carro conseguia se distanciar, ouvi alguns diparos, meu coração estava quase saindo pela boca, até ouvir um que atingiu o vidro do porta malas. Olhei assustada para trás, Igor olhou na mesma direção e voltou seu olhar para mim.

Igor: coloca a cabeça perto dos joelhos!

Bru: como?

Igor: só faz o que eu to mandando!

Fiz o que ele havia pedido, olhava com o canto do olho para ele, ele diriga rapidamente, e olhava para trás, me assustei quando ouvi mais um tiro, Igor abaixou um pouco o vidro, e enquanto deixava uma mão no volante, segurou a arma com a outra, e atirou. Não vi nem em que direção ele apontou,mas ouvi mais alguns disparos depois daquele.

Meu coração estava quase saindo pela boca, meu medo de Igor ser atingido,ou até mesmo eu, era grande. Ouvi Igor dar seu último disparo, e não ouvi mais barulho de moto nenhuma. Ainda fiquei abaixada, Igor não desacelerou em nenhum momento, sabia que estavamos passamos por uma estrada de terra, pois o carro se movimentava muito enquanto passava pelas pedras.

Até que paramos o carro, Igor, olhou por um momento pelas janelas, e me olhou.

Igor: vem, levanta! -disse abrindo a porta e logo saiu do carro-

Me levantei e sai do carro, Igor foi até um portão, olhou para a estrada de terra, certificando que não havia sinal da moto. E voltou em minha direção.

Igor:ta tudo bem? Você se machucou? -disse olhando para meu corpo tentando achar algum ferimento-

Bru: não, eu to bem! Onde estamos? -olhei em volta e percebi que era uma pequeno sítio-

Igor: na casa da minha mãe!

O meu guarda costasOnde histórias criam vida. Descubra agora