•Bruna•
Enfim, o pior momento havia chegado. O temido e horrível momento do enterro.
Estavamos todos em volta do túmulo, ao meu lado Dayse. Estavamos ao lado de um padre, que foi chamado para rezar pela alma de meu pai.
Eu não fazia idéia do quanto meu pai era querido. E eu sei que muitas gente ali, estava naquele momento pela fama dele, mas tinha muita gente chorando. Sinal que todo mundo via o quanto ele tinha um bom coração.
O caixão foi colocado no ernome túmulo, ele era mais afastado dos outros, ganhando um enorme destaque com seus azulejos pretos (até na hora de morrer, meu pai queria ser notado e lembrado) na gaveta ao lado, estava o caixão da minha mãe, meu pai foi enterrado como queria, ao lado da mulher da vida dele. Ele amou muito a Dayse, e isso nunca foi escondido. Mas ele nunca deixou de amar minha mãe, ela foi tirada da gente de forma tão brutal, Dayse ajudou a cicatrizar, mas era impossível esquecer dela. Mas meu pai fez de tudo para dar um enterro digno para ela.
Todo mundo havia recebido uma rosa branca,para ser deixada em cima, Dayse e eu seguravamos as únicas rosas vermelhas.
Meus olhares percorriam pelas pessoas, vários rostos que nunca vi na vida. Mas que estavam presenciando um dos piores dias da minha vida.
Padre: a senhorita Salles, gostaria de falar alguma coisa?
Meus pensamentos foram interrompidos, olhei para Dayse que claramente não ia conseguir dizer nada. Mas eu precisava dizer...
Tomei coragem, larguei o braço de Dayse, que me olhou surpresa. Tomei o lugar aonde o padre estava. A multidão me olhava, e senti um frio na barriga.
Bru: meu pai adoraria ver vocês aqui, mesmo sendo nessas circunstâncias, ele adoraria esse carinho. Eu perdi os meus maiores tesouros, perdi minha mãe quando era muito nova, mas não me impediu de sofrer. Meu pai foi a única pessoa que me havia sobrado, ele trabalhava muito, mas sempre me dizia que era para um dia eu ter o futuro que eu quisesse, mas já não vai ser como eu quero.
-lágrimas desciam pelo meu rosto.
Bru: meu futuro era com você na minha vida pai, eu queria que você estivesse comigo, queria que assistisse minha formatura da escola, da faculdade. Queria que entrasse comigo em meu casamento, e quem sabe eu pudesse te dar netos.
-nao consigo parar de pensar que eu estava grávida.
Bru: meu pai não era perfeito, e estava longe de ser. E eu nunca te disse isso pai, mas o senhor é a pessoa mais incrível da minha vida. Nunca dei motivos para te orgulhar, e agora, nem consigo corrigir esse erro, e eu sinto muito. Eu sinto muito por ter te culpado por tempos pela morte da minha mãe, e me arrependo de mais por ja ter odiado você.
-a mágoa toma conta do meu coração.
Bru: e pai, obrigado por tudo, sem você eu não seria nada do que sou hoje. E eu vou te amar eternamente.
-enxuguei as lágrimas.
Bru: não vou ocupar mais o tempo de vocês.
Voltei para o lado de Dayse, que me recebeu com um enorme abraço. Ela decide falar algumas palavra também, comecei a olhar para as pessoas novamente, até meu olhar parar em alguém, mas meus pensamentos se perdem, e o discurso de Dayse ficou vago no ar.
Meus olhos tomados por lágrimas, parecia estar delirando já. Pisquei, e ao abrir meus olhos la estava ele.
IGOR!
Meu olhar encontrou o dele, sua expressão ficou mais frio ainda. Foram alguns segundos de contato visual, mas ele desviou seu rosto, olhou em direção ao chão. Sua frieza me fez derramar mais algumas lágrimas, até ver que Dayse ja estava ao meu lado, e eu não ouvi nada do que ela havia falado.
•
Algumas pessoas me abracaram antes de sairem do cemitério. Meus olhos procuravam Igor, mas sem sucesso, o lugar estava se esvaziando e ele havia desaparecido novamente.
" o que eu fiz para ele estar me evitando desse jeito? Ele estaria magoado por algo que eu fiz? Será que ele descobriu da gravidez, talvez ele me culpe por eu ter perdido aquele filho?"
Sarah: Bruna?
Meu olhar voltou para ela, que estava parada na minha frente.
Sarah: quer que a gente vá com você na sua casa?
Bru: não se preocupe amiga, eu quero ficar um pouco sozinha.
David: se precisar liga para gente.
Bru: claro.
Dayse segurou em minha mão enquanto saímos do cemitério, o carro ja esperava no lado de fora. E como era de esperar, repórteres do lado fora, foram tentar conversar com a gente mas seguranças impediram. E conseguimos entrar no carro.
•
Em casa, Dayse subiu para o quarto, e eu para o meu.
Peguei meu celular, e entrei no whats.
• whatsapp on•
Ei, ta ai?
Jhon: Oi, como você esta?
Acabei de chegar em casa,
to tentando ficar aqui sem pensar
no meu paiJhon: quer conversar?
Pode vim aqui em casa amanhã?Jhon: claro!
Ta bom, te espero. Vou tentar
descansar agora. BjsJhon: fica bem, se precisar
estarei aqui. Bjs• whatsapp off•
Deixeu meu celular ao lado da cama, as lagrimas novamente voltaram, saiam do meu olho, escorriam pela minha bochecha. Chorei até dormir.
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O meu guarda costas
Roman d'amourBruna mora com seu pai e sua madrasta, seu pai é um empresário muito reconhecido na cidade, pelo tamanho de sua fortuna e da quantidade de empresas que ele tem. Bruna tem apenas 17 anos, e tem uma personalidade muito forte. Um dia seu pai precisa fa...