•capítulo 74•

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•Bruna•

Sarah: você não fez isso?! -tirou os olhos da rua por um momento para me olhar.

Bru: fiz sim! -sorri.

David: O que o Ben fez?

Bru: deve ter ficado lá, explicando para aquela tal Amanda... se bem que... a gente não tinha nada, então não tinha muito o que esclarecer.

Sarah: bem que você falou que ele tava estranho. -assenti.

David: mulher quando tem uma paranóia, ela vai até o fim para descobrir. -disse no banco de trás do carro.

Chegamos a festa de Nicolas, era mais um dos moleques idiotas da escola, mas que sabia dar uma boa festa, e naquela noite eu tava querendo esquecer meu nome.

Ja nem contava em qual copo de vodka estava, só pegava e virava.

Eu não costumava fazer isso, fiquei bêbada poucas vezes, raramente dava pt.
Mas naquela festa eu queria beber, queria viver aquele momento e só.

Fui na cozinha, e abri a geladeira, ainda guardava várias garrafas de bebida fechadas.

Xx: Bruna, tem batida saindo, vai querer? -uma voz apareceu ao lado.

Peguei uma das garrafas, e fechei a porta da geladeira.

Bru: não Nicolas, eu quero algo forte. -digo abrindo a mesma.

Nicolas: essa ai é uma das boas. -se aproximou.

Bru: é mesmo? - sorri de lado encarando sua boca.

Ele retribuiu o sorriso, e foi aproximando seus lábios do meu, mas interrompo o caminho, levando a garrafa à minha boca, e o olhando de um jeito sapeca.

Em poucos passos sai da cozinha, na sala de estar, uma maré de gente quase arrancando a roupa e transando ali mesmo, gente fumando, bebendo conversando, a definição da casa da mãe Joana, e la tava eu, enxergando dois na minha frente e a única boca que me interessava era a da garrafa.

Xx: Bruninha...

Bru: Para você Douglas, é senhora Bruna! -debochei.

Douglas era um dos zé droguinhas que tinha na escola, não cuspindo do prato que eu comi, afinal ele é muito gato, mas nunca iria das certo entre a gente, não tava afim de participar de um trangulo amoroso, entre eu, ele e as drogas.

Douglas: a mãe ta gata hoje ein. -me olhou de cima a baixo e se encostou na parede ficando na minha frente.

Bru: o amor, a mãe sempre foi gata. -pisquei para ele.

Douglas: e o nosso replay vai rolar quando? -deu trago no baseado em sua mão.

Bru: quando você me der um pouco disso ai. -sorri de canto enquanto ele me estendia o cigarro.

A fumaça invadiu minha boca, e uma sensação detranquilidade e paz invadiu. Soltei aos poucos a fumaça, enquanto ele me olhava sorrindo.

Devolvi para ele, enquanto me aproximei, passei por uma das minhas mãos por sua nuca, e lhe dei um beijo.

Ele não beijava mal, mas ja beijei melhores.

Douglas havia saído para fora de casa, enquanto eu fiquei na sala de estar acabando com a droga que ele havia deixado comigo.

Avistei Sarah, do outro lado da sala, quando os olhos dela pararam em mim, sua cara de raiva era nítida.

Sarah: Ta falando sério Bruna? -arrancou o cigarro da minha mão.

Bru: qual foi Sarah... -soltei a fumaça.

Sarah: qual foi nada! Tu tinha parado de usar essa merda! -jogou o cigarro no vaso de planta próximo a nós.

Bru: era só hoje!

Sarah: que bom que disse, "era" você não vai usar mais. -agarrou meu braço.

Bru: deixa eu pegar mais bebida. -me soltei do braço dela e fui para cozinha, levando a garrafa vazia.

Estava tando mais um copo de energético com vodka, enquanto Sarah me olhava impaciente na minha frente.

Douglas: Sarinha... -passou um dos braços pelo ombro dela, e a mesma revirou os olhos.

Sarah: oi Douglas...

Douglas: Bru, cadê minha parada?

Sarah: eu joguei fora. -ele tirou o braço parecendo indignado.

Douglas: porra Sarah!

Bru: e tava acabando também! Como que você vem para uma festa e só trás aquilo?

Douglas: se quiser na próxima trago para mim e para você.

Sarah: vai trazer nada! Anda Bruna, vamos embora.

Douglas: virou mãe dela agora Sarah? -debochou ele.

Bru: Cala boca Douglas! Vamo procurar o David logo.

Fomos até o quintal, e nada de avistamos David, Sarah ja estava impaciente...

Sarah: Bruna, vou entrar e procurar o David, você fica aqui. -ordenou.

Bru: ta, calma.

Sarah: se sair daqui, eu entro te pegar pelos cabelos.

Estava me sentindo um pouco embriagada, mas não ao ponto de quase cair, mas a bebidas entrou em contato com a brisa do baseado, então meu cérebro não tava muito legal.

Encontei no carro a minha frente, enquanto esperava meus amigos.

Xx: o piranha, da para desencostar do meu carro? -uma voz feminina invadiu, e uma mulher loira apareceu.

Demorei me tocar que ela tava falando comigo, então olhei seriamente para ela, enquanto ela tava quase me arrancando dali pelo braço.

Xx: ta surda caralho?

Bru: que?

Xx: você, ta surda? -se aproximou, quando ela ia segurar meu cabelo me desencostei.

Bru: pronto caraí...

Xx: bom mesmo!

Soltei um pequeno riso, o que a fez parar no meio do caminho, parece que em um piscar de olhos, ela tava vindo para cima de mim. Com raiva no olhar, quase soltando fumaça pelas ventas.

Com muito esforço derrubei ela, a mulher era maior que eu, tinha força de um cavalo.  Ela conseguiu me dar uns tapas na minha cara, mas fechei minha mão, depositando com força alguns murros na cara dela.

Foi alguns puxões de cabelo, suas pernas prendiam meu corpo no chão. E no final das contas eu não sabia porque estava nessa briga.

Mas não ia deixar assim, sua força era de um cavalo, mas quem tomou as rédeas fui eu, com muito impulso das minhas pernas, consegui derrubala no chão.

Enrolei aquele cabelo loiro oxigenado na minha mão, enquanto a outra acertava em cheio o rosto da vaganunda. Levei alguns arranhões, o nariz dela começou a sangrar, e ela arcava suas unhas em meus braços, sem exito, pois só sai de cima dela quando alguns caras vieram separar.

Xx: eu vou arrebentar sua cara! -disse tentando se soltar de quem a segurava.

Bru: se atreva, para ver se não termino de arrebentar sua cara.

Ela havia resmungando alguma coisa,mas ja estavam levando ela para proximo do carro.

Sarah: meu Deus Bruna! Eu saio por alguns minutos e você se mete em uma briga?

David: não acredito que perdi... sera que alguém gravou?

Sarah: anda, os dois para o carro agora!

O meu guarda costasOnde histórias criam vida. Descubra agora