Capítulo 12

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—Eu... Angie, eu não pude me conter. Quando vi aquela foto no jornal, meu sangue subiu e eu tive que vir.

—Você ficou com ciúme, foi? — falei com um sorriso travesso.

—Não. Quer dizer... Bom é...

—Ficou com ciúmes, meu bem? — ri.

—Fiquei. Satisfeita? Fiquei com raiva desse cara. E quando cheguei na sua casa e vi vocês tomando café juntos, merda, o que ele faz aqui?

—Ele está "morando" aqui.

—Morando Angelique?

—É. Em breve ele vai embora. Eu só ofereci a casa pra ele conseguir se ajeitar por aqui e alugar ou comprar uma casa pra ficar com a mãe dele.

—Sei.

—Ei, não faz essa cara de quem comeu e não gostou. — ri.

—Ele vai ficar aqui por muito tempo?

—Sebastian! É só até ele conseguir alugar ou comprar uma casa homem!

—Ai, tá bom! E desde quando vocês são amiguinhos?

—Desde que cheguei em Paris depois que VOCÊ me deu um fora.

—Angie, você sabe o que me levou a faz...

—Sei. — o interrompi. —Já passou, esquece. Mauro é como um irmão pra mim.

—Tá bom.

Caminhei até a porta e vi Mauro sentado na escada mexendo no celular.

—Ei, Mauro, pode vir continuar seu café.

Entrei novamente na cozinha e sentei para também continuar comendo.

—Aleluia ein? Eu tava com fome gente. — rimos.

—Quer tomar café, Sebastian? — perguntei.

—Não, obrigado. Eu tenho que ir.

—Ir pra onde?

—Tenho que resolver algumas coisas, entre elas minha demissão da escola onde passei cinco anos.

Ele deve estar falando da escola mais renomada do cidade.

—E, por quê você vai sair?

—Depois te conto, estou um pouco atrasado.

—Tudo bem. Mas espera, me passa seu número.

Ele me entregou um papel dobrado, me deu um selinho e saiu. Mauro me olhou e sorriu.

—Que é? Não posso mais nem receber um selinho, é?

—Imagina. Você está em casa.

—Faz sentido.

—Inclusive Angie, se eu estiver atrapalhando, é só me falar que eu saio imediatamente.

—Não, Mauro, fica tranquilo. Eu gosto de ter você aqui, meu irmão.

—Realmente me considera um irmão?

—Sim. — sorrimos e continuamos tomando o café da manhã.

[...]

Chamei Dulce e Christopher, já tá mais do que na hora deles saberem sobre o Sebastian. Eles chegaram a pouco e ficaram com Mauro na sala enquanto eu fui pedir a Paula que preparasse um café.

—Angie! A campainha tá tocando! — ouvi Dulce gritar.

—Abre aí!

Saí da cozinha rapidamente, passei pela sala e cheguei na entrada.

—Xavier! Você não me avisou que viria! Como chegou?

—Eu tinha minhas economias e decidi vir.

—Ah, entre por favor!

Expliquei onde ficava cada cômodo e disse para ele se instalar em um dos quartos perto da cozinha e para ele descansar e começar o trabalho amanhã.
Voltei a sala e sentei no sofá me juntando a todos.
Paula trouxe o café e se retirou.

—Gente, eu quero que vocês escutem, ok? Falem somente depois que eu terminar.

Todos assentiram e então eu continuei.

—No terceiro ano do ensino médio, eu me apaixonei pelo professor Sebastian. — Christopher arregalou os olhos. —Pois é. Não rolou nada, e quando eu fiz dezoito anos, demonstrei tudo que sentia a ele, e bom, ele me "rejeitou" por isso decidi ir tão rápido para Paris. — fiz uma pausa para que eles absorvessem o que estavam ouvindo. —No dia do meu aniversário ele me deu uma caixa que eu só tive coragem de abrir nos últimos dias antes de voltar ao México.

Ecos De Amor - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora