Capítulo 15

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Ele me ajudou com as sacolas e os pacotes de ração.

—Você vai montar um zoológico?

—Óbvio que não né!

Fui até o carro e peguei o filhote, já o pastor alemão, deixei com um dos seguranças e ele me disse que poderia ficar com eles. Entrei em casa, mas deixei a porta aberta.

—Ah! Que fofo! — Mauro se derreteu ao ver o filhote.

—É né?

Mauro chegou perto de mim para dar carinho ao filhote e passou a mão sobre sua cabecinha.

—O que é isso?! — antes de me virar para a porta, já sabia que era a voz do Sebastian.

—O quê? — me viro e pergunto.

—Isso! Você e o Mauro estavam muito próximos!

—Sebastian! — o repreendo. —Ele só estava acariciando o filhote que adotei!

Ele ficou meio sem graça e se desculpou.

—Sem problemas cara. Fica tranquilo. — Mauro disse e subiu para o quarto.

—Sebastian, você tem que parar com isso! Sério.

—Tá bom. Desculpa. E aquele pastor alemão ali fora? Quase me engoliu.

—Não exagera.

—Tá, parei.

—E esse filhotinho?

—Eu adotei hoje.

—E o nome?

—Não sei ainda. Vou deixá-lo na cozinha com a Paula pra gente poder conversar. Me ajuda a levar os pacotes de ração?

Ele assentiu e fomos até a cozinha. Contei a Paula sobre os cachorros. Sebastian deixou a ração em uma salinha minúscula perto da cozinha, afinal, não acho que a cozinha seja o lugar mais adequado para isso.
Deixei o filhote em cima de uma caminha, que também comprei hoje. Coloquei um paninho sobre ele e o deixei com Paula.
Enquanto caminhavamos até o jardim, Sebastian segurava firme en minha mão.

—Aqui está ótimo. — disse e sentamos em um banco que havia no jardim. —Amanhã mesmo vão colocar portões aqui.

—Ótimo.

—Tá tudo bem? — perguntei.

—Sim, sim. É que, ontem eu não consegui dormir direito.

—Por quê?

—Eu fiquei pensando em nós dois. Em como foi nossa relação, onde tudo começou.

—Ah... — sorri sem graça.

—Você sabe que eu te amo, né?

—Ama quanto?

—Daqui até Paris!

—Muito pouco. — fiz beicinho.

—Ok. Daqui até o infinito.

—Tá, agora melhorou um pouco.

—Um pouco, meu amor?

—Parei. Eu também te amo muito.

Nos beijamos, e por alguns segundos, só nos importava esse momento. Estar ali, juntos.

—Angelique. — nos afastamos. —Eu... reencontrei aquela aluna...

—O quê?!

Por que ele tinha que estragar esse momento?

—É. Lembra que uma vez, te falei que tinha ficado com uma aluna e ela inventou coisas horríveis ao pai dela?

—Sim.

—Então... Nos vimos hoje. Antes de eu vir pra cá.

—E o que aconteceu?

—Bom, conversamos. Me pediu desculpas por ter feito aquilo. Disse que os anos que passaram, fizeram ela pensar melhor, e, a partir daí, tentou me encontrar para pedir desculpas. Mas, além disso... Ela tentou me beijar.

—Tentou?

—Sim. Eu percebi a tempo e a segurei para que não conseguisse. Expliquei para ela tudo que acontece, e pelo visto ela está solteira. Mas, ela não entendeu, sabe?

—Que droga. O nosso momento foi simplesmente estragado.

—Amor, me entenda, eu precisava te contar.

—E eu agradeço por me contar.

—Deixei bem claro que não quero ela na minha vida. Espero não voltar a vê-la.

—Pois eu também espero que não volte a ver essa mulher, nunca.

Ecos De Amor - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora