No dia seguinte, Thomas começou o dia apresentando o lugar para Nancy com uma empolgação de uma criança que descobre algo novo.
Thomas vestia uma camisa branca e uma calça jeans folgada da mesma cor, enquanto Nancy vestia uma camiseta azul cobalto, onde havia letrinhas pequenas e quase invisíveis que diziam "propriedade do CRUEL" próximas da gola, e um shorts de ginástica cinza quente. E Thomas não podia deixar de notar aquela diferença no vestuário.
- E esse é o seu quarto. - ele anunciou ao abrir a porta de um quarto sem graça, de paredes de concreto com apenas uma cama com o jogo de cama azul, uma mesa e uma cadeira das mesmas cores, mas mais escuras.
- É mais bonito que o meu antigo quarto. - Nancy deu de ombros, examinando o lugar. - Olha, tem até um banheiro! Não tinha isso lá em cima.
- Bom, você não vai mais precisar ir no refeitório e nem nos vestiários. - Thomas contou.
- Sério?
- Sério, por isso você tem um banheiro só seu. - ele riu quando Nancy se jogou na cama dela, suspirando alto como se tivesse realizado um sonho. - Tá quase na hora do seu primeiro teste. Vamos?
- Você vai estar lá também, né? - a ruiva se levantou, um tanto ansiosa ao esfregar as mãos uma na outra enquanto saía do quarto.
- Claro que sim. - Thomas respondeu, passando a mão nas costas dela. - Eu e a Teresa vamos estar lá o tempo todo.
- Ok. - Nancy sorriu para o amigo.
- Vocês ainda estão aqui? - Teresa surgiu na frente deles, segurando um tablet branco. - Temos que ir!
- Desculpa, o Tom só tava me mostrando o lugar. - Nancy se desculpou
- Tudo bem, mas vamos nos apressar. - ela sorriu, guiando os dois em seguida.
Conforme andavam, Nancy percebia que o silêncio entre eles ficava cada vez mais desconfortável. Teresa parecia ocupada demais com o seu tablet para poder conversar, mas a ruiva não a condenava, pois sabia que sua amiga era muito dedicada e extremamente determinada às coisas que realmente queria fazer. E toda aquela situação era tão importante para Teresa quanto era para Thomas.
Os três caminhavam em silêncio pelo corredor, o que incomodava Nancy cada vez mais, pois a sua mente não parava de encontrar mais e mais perguntas que apenas Thomas e Teresa poderiam responder. Ou não.
- Posso fazer algumas perguntas? - ela indagou, soltando um suspiro de nervosismo.
- Claro. O que você quer saber? - Thomas respondeu, um tanto aborrecido por ver que Teresa se dedicava mais às informações do tablet do que à sua amiga naquele momento.
- Se eu sou imune, por que a minha imunidade tem que ser aumentada?
- Sabemos que tem dois tipos de imunes: aqueles que retardam o progresso do vírus e aqueles que matam o vírus.
- Vocês conhecem algum imune assim?
- Ainda não, mas devem existir com o tempo. É a lei natural das coisas.
- Então, os meus anticorpos só retardam o progresso do vírus? - Nancy indagou com frustração.
- Sim, mas tem alguma coisa diferente no seu sangue. - Thomas contou, contagiando-a com a empolgação que ele sentia. - É como se ele estivesse entrando em mutação.
- Como assim? Isso é bom?
- Sim, muito bom! A Doutora Paige mostrou alguns exames seus depois que você mordeu o Bert e isso foi mudando com o tempo. Antes disso, a sua imunidade era de... Mais ou menos, sessenta e nove por cento. Depois daquela confusão no subsolo vinte e cinco, junto com algumas vacinas preventivas, a sua imunidade subiu para setenta e dois por cento.
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Before I Forget You《 Maze Runner Fanfic 》
Fanfiction[4/4] ▪ [CONCLUÍDA] Apesar de ter recuperado a memória, Nancy se lembra vagamente da sua vida antes do Labirinto, como se fosse outra encarnação sua, algo tão vago quanto um quarto vazio e tão sombrio quanto um porão sem luz. E ela não gostaria de l...