33. Please, don't forget me and all the things we did.

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Depois de uma semana, para não causar desconfiança depois do estranho apagão das câmeras do subsolo oito, Thomas finalmente contatou o Braço Direito e deu as coordenadas que tinham ao seu alcance. E durante duas semanas, Thomas esperava ansiosamente por uma resposta do Braço Direito, obviamente através de um ataque ou uma invasão.

E esse dia finalmente chegou, mas justo no dia em que Nancy havia de ser enviada para o Labirinto.

Era logo de manhã e Thomas estava destruindo as unhas que tinha nos dedos, olhando para o mapa que havia na tela do computador do seu consultório obsessivamente enquanto esperava que uma das bases do CRUEL começasse a piscar. Agora, a base que havia sido invadida no início do mês era apenas um ponto vermelho no mapa, indicando uma instalação abandonada e uma vitória do Braço Direito. E Thomas também encarava o relógio muitas vezes, pois sabia que todas as cobaias subiam no elevador para o Labirinto às onze e meia em ponto.

De repente, os olhos cor de mel de Thomas detectaram uma diferença no mapa.

O ponto que indicava o Labirinto do Grupo B começava a piscar em sinal de emergência. E o plano que Vince havia criado envolvia em desligar todo o sistema de segurança do Labirinto. Não somente para facilitar a invasão, mas também para que, quando ele fosse ligado e acionado, seria um sinal para Thomas de que o Braço Direito já tinha resgatado todos os imunes - inclusive Fred, que tinha a mesma função trágica no final do experimento que Chuck, o caçula do Grupo A.

Thomas olhou para o relógio e viu que faltavam cinco minutos para as onze horas. E ele sabia muito bem que Nancy teria de ficar na cápsula azul por meia hora para, enfim, ativar o chip.

Conclusão: Thomas tinha que correr.

Ele tinha que avisá-la de que Fred tinha sido resgatado, mesmo que ela fosse esquecer. E mesmo depois de tudo o que Thomas tinha dito sobre recomeçar e voltar à estaca zero, ele não conseguia fazer aquilo. Thomas não conseguia deixar Nancy ir assim tão fácil. Ele não conseguia sentar ali, sabendo que Nancy estava entrando no Labirinto, como pensava que poderia fazer semanas atrás. Ele tinha que fazer alguma coisa.

Sem se importar com os guardas, com as câmeras e nem mesmo com os outros médicos, Thomas correu como se sua vida dependesse disso. A viagem de elevador até o subsolo oito durou muito mais do que ele esperava e o rapaz apertava o botão do andar várias vezes, como se aquilo fosse acelerar alguma coisa. Quando o sino do elevador tocou, indicando a chegada ao andar desejado, Thomas quase derrubou a porta de metal ao sair, sem se importar se os guardas o viam nas câmeras ou não.

Ao chegar na porta da solitária de Nancy, Thomas puxou do bolso a chave que tinha roubado e abriu a porta com uma pressa horrorosa. Claro que a ruiva tinha ouvido todo o alvoroço do lado de fora, saindo da cama para ver quem tinha chegado.

- Tom? Eu achei que... - ela começou uma frase, confusa com a chegada dele.

Antes que Nancy concluísse a frase, Thomas a puxou pela nuca para um beijo, agarrando a cintura dela com a outra mão. Nancy realmente não esperava aquilo, mas fechou os olhos e apenas aproveitou a sensação que ansiava sentir de novo havia três semanas, encostando as mãos no peito dele. O mais triste daquilo era que ela podia sentir as lágrimas de Thomas escorrerem pelo nariz e pelas bochechas do rapaz, o que a fazia imaginar o motivo dele aparecer ali. E o desespero que ele sentia era tanto que, quando Nancy se separou para recuperar o ar e aproveitar para perguntar o que estava acontecendo, Thomas a puxou para mais um beijo, mas ela não conseguia afastá-lo, pois tinha sentido muito a falta dele.

- Eu não consigo, eu não consigo... - Thomas choramingou ao se separar para recuperar o fôlego. - Eu não posso deixar você ir.

- Mas, Tom...

Before I Forget You《 Maze Runner Fanfic 》Onde histórias criam vida. Descubra agora