[👨‍❤️‍💋‍👨] Presente perfeito

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Faz seis meses que Hajime começou a namorar Tooru e ele nunca foi tão feliz como agora. Mas ele sentia que seu coração poderia sair pela boca a qualquer momento. Faltavam apenas dois dias para o primeiro Dia dos Namorados deles e Iwaizumi iria enlouquecer se não conseguisse o presente perfeito.

Era tão fácil quando eles eram apenas melhores amigos e Hajime sabia o que dar de presente com tanta facilidade. A pressão de escolher algo para seu namorado era extremamente maior e, paranoico do jeito que era, ele iria acabar enlouquecendo.

Desesperado, ele cogitou inúmeras ideias e nenhuma delas parecia ser a ideal. Pensou em dar flores, mas Oikawa nunca tinha dito que gostava delas. Talvez uma pelúcia seria legal, mas Tooru já tinha tantas em seu quarto que nem teria graça ganhar mais uma. Chocolate definitivamente não era uma boa ideia, o Japão inteiro faria isso então não seria algo especial. Inclusive, as garotas do fã clube de Tooru davam chocolate para ele todo ano, e elas mesmas preparavam ainda por cima.

Aliás, como ele ousou pensar em comprar um presente?! Comprar. Sendo que até mesmo um bando de estranhas fanáticas faziam seus próprios presentes para Oikawa. Hajime se sentia um namorado de bosta por pensar em algo tão simplório. Ele precisava de um presente feito à mão, tão único quanto Tooru.

Mas se antes já estava difícil escolher, agora mesmo ele estava fodido. O que caralhos ele poderia fazer?! Hajime era um brutamontes que não sabia nem desenhar direito, quem dera fazer um presente. Ou seja, não poderia ser algo muito delicado e difícil, tampouco alguma coisa que exigisse paciência, já que ele não tinha.

Iwaizumi estava com vontade de bater com a cabeça na parede sem saber o que fazer para aquele bostinha adorável comedor de pão de leite do inferno que era seu namorado. Peraí... Pão de leite! Tooru adorava pães de leite e nenhuma garota seria capaz de pensar em dar isso a ele, além de ser prático, já que era só pegar a receita na internet. Ele socou o ar pela sua ideia genial e correu para a cozinha.

Com todos os ingredientes sobre a mesa, o avental bege com galinhas bordadas de sua mãe na cintura e o celular ligado na receita que rendia trinta pãezinhos, Hajime dobrou as mangas e estalou os dedos e o pescoço, pronto para começar.

Em um pote fundo colocou o leite morno e dissolveu o fermento, pondo os ovos, manteiga e sal na sequência. Pôs duas xícaras de açúcar e o trigo foi colocado aos poucos. Com a massa pronta, moldou os pãezinhos e os colocou na forma untada. Deixou descansar por vinte minutos e usou um ovo para pincelá-los. Pronto! Era só deixar no forno até dourar.

Dado o tempo, ele tirou do forno e suspirou orgulhoso da sua obra prima. Eles estavam tão bonitinhos que dava até pena comer. Depois de deixar esfriar, pegou um dos pães ansiosamente e inspirou o cheirinho agradável que o fez salivar, dando uma bocada logo em seguida. Sua cara animada pelo delicioso aroma foi substituída por uma carranca ao sentir o gosto daquela gororoba, cuspindo tudo na pia.

Hajime acabou de comer a porra mais doce da vida dele, e não era em um sentido agradável. Os pães estavam horríveis, então foi conferir a receita para ver se tinha errado em alguma coisa. Dois copos de leite morno, certo. Quatro colheres de manteiga, certo. Duas colheres bem cheias de açúcar... Colheres? Ele botou duas xícaras, por isso aquela bosta estava tão doce que Iwaizumi praticamente sentiu sua glicose aumentar com apenas uma mordida.

Frustrado, ele deixou os pãezinhos de lado e começou a fazer outra remessa, seguindo minuciosamente a receita para não errar em nada. Ingredientes misturados, pães moldados e forma untada, pronto! Só levar ao forno. Enquanto esperava a massa dourar, Hajime sentou-se sobre a mesa para descansar.

Porra, ele tinha estudado o dia todo ontem para um teste de Matemática mesmo sendo sábado e em pleno domingo preparava pães de leite como um louco, Iwaizumi estava fodidamente exausto. Não é à toa que ele caiu no sono e acordou uma hora e meia depois com um cheiro de queimado irritando seu nariz. Puta que pariu, os pãezinhos! Ele se levantou abruptamente e correu para tirá-los do forno.

IwaOi Nosso de Cada DiaOnde histórias criam vida. Descubra agora