16° Capítulo

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ATENÇÃO: VEJAM O VÍDEO, ELE SERÁ NECESSÁRIO NESSE CAPÍTULO,  ENTÃO QUEM PUDER VER EU AGRADEÇO! :)

(Eva)

Acordei ainda pensando nele e nas palavras que meu pai me disse. Talvez o nosso relacionamento ainda tenha chance, talvez ele me ame e teve medo de admitir. Afinal de contas eu também tenho medo de dizer as palavras mágicas e ele não me querer ou ir embora como minha mãe fez. Nós somos dois medrosos que não conseguem admitir o que sentem. Eu sei que eu o amo, eu nunca senti o que sinto por ele, nunca!

Quer saber vou ligar para ele!

No terceiro toque ele atendeu:

- Daniel... É... Oi.- Pensei que seria mais fácil. Meu coração se encheu de expectativa esperando sua resposta.

- Oi, quem fala? - Uma voz feminina respondeu. Uma voz JOVEM e feminina respondeu.

- É... É a Eva, o Daniel está? - Derrepente comecei a gaguejar. E se ele já seguiu em frente? Porra! Ele já deve ter seguido em frente.

-Oi Eva sou Katherine, ele não pode falar agora, ok? - A tal de Katherine respondeu um pouco ignorante e com uma voz maliciosa.

- Ok.- Foi só o que consegui dizer.

Ele já seguiu em frente só me resta fazer o mesmo.

(Daniel)

- Eva. - Foi o primeiro suspiro que dei quando acordei em um quarto de hospital.

- Daniel sou eu, Marcos.

Com um esforço muito grande eu consegui mover minha cabeça e olhar para o quarto de hospital onde eu estava... Marcos, Mallu e Katherine,  menos Eva. Será que ninguém avisou ela que eu estava aqui? Ou ela não quer me ver nem pintado de ouro?

- Cadê a Eva? - Perguntei pra quem quisesse me responder.

A Mallu e o Marcos se olharam como se estivessem conversando entre si... Essa espera estava me irritando. Finalmente a Mallu abriu a boca:

- Ela voltou para o rio Daniel.- Foi como um sussurro sua voz.

- Por que? - Eu falei tão baixo que acho que ninguém me ouviu.

Só o abraço dela me confortaria nesse momento, só o beijo dela, só suas palavras de conforto podem me salvar dessa escuridão.

- Daniel? - A voz daquela desgraçada soou pelo quarto. Eu tinha me esquecido da presença dela.

- O que você está fazendo aqui? - Minha voz era puro ódio.

- Nós precisamos conversar.- Ela respondeu.

Eu ri com escárnio da sua resposta ridícula.

- Eu não tenho nada para conversar com você! - Eu cuspi as palavras. - SAIA DAQUI AGORA! - Eu gritei e ela começou a chorar, e o som do seu choro estava me irritando ainda mais.

Ela saiu correndo do quarto.

Mallu me mandou um olhar reprovador. Mas foda-se seu olhar reprovador, ninguém pode me julgar nesse momento, ninguém sabe metade da dor que eu estou sentindo. Eu sempre quis ser pai e quando tive a oportunidade de ter uma menininha me tiraram esse direito. Porra! Ela não merecia isso, nenhuma criança merece morrer dessa forma, Katherine tomou sua atitude sem o meu consentimento, ela podia até não querer a criança, é direito dela não querer cuidar da criança, mas não é direito dela tirar a vida. Se ela tivesse me dito eu nunca aceitaria! Ela podia me dar a minha filha e depois podia ser infeliz com o cara que ela quisesse, mas ela nem me deu o direito de opinar, ela fez e pronto. Eu me sinto culpado, eu podia ter feito alguma coisa, não podia? Podia não ter acreditado em Katherine quando ela disse que perdeu o bebê. Ela é um monstro! Ela não tinha o direito de fazer isso! Ela é uma assassina!

Tão Natural (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora