ATENÇÃO: VEJAM O VÍDEO, ELE SERÁ NECESSÁRIO NESSE CAPÍTULO, ENTÃO QUEM PUDER VER EU AGRADEÇO! :)
(Eva)
Acordei ainda pensando nele e nas palavras que meu pai me disse. Talvez o nosso relacionamento ainda tenha chance, talvez ele me ame e teve medo de admitir. Afinal de contas eu também tenho medo de dizer as palavras mágicas e ele não me querer ou ir embora como minha mãe fez. Nós somos dois medrosos que não conseguem admitir o que sentem. Eu sei que eu o amo, eu nunca senti o que sinto por ele, nunca!
Quer saber vou ligar para ele!
No terceiro toque ele atendeu:
- Daniel... É... Oi.- Pensei que seria mais fácil. Meu coração se encheu de expectativa esperando sua resposta.
- Oi, quem fala? - Uma voz feminina respondeu. Uma voz JOVEM e feminina respondeu.
- É... É a Eva, o Daniel está? - Derrepente comecei a gaguejar. E se ele já seguiu em frente? Porra! Ele já deve ter seguido em frente.
-Oi Eva sou Katherine, ele não pode falar agora, ok? - A tal de Katherine respondeu um pouco ignorante e com uma voz maliciosa.
- Ok.- Foi só o que consegui dizer.
Ele já seguiu em frente só me resta fazer o mesmo.
(Daniel)
- Eva. - Foi o primeiro suspiro que dei quando acordei em um quarto de hospital.
- Daniel sou eu, Marcos.
Com um esforço muito grande eu consegui mover minha cabeça e olhar para o quarto de hospital onde eu estava... Marcos, Mallu e Katherine, menos Eva. Será que ninguém avisou ela que eu estava aqui? Ou ela não quer me ver nem pintado de ouro?
- Cadê a Eva? - Perguntei pra quem quisesse me responder.
A Mallu e o Marcos se olharam como se estivessem conversando entre si... Essa espera estava me irritando. Finalmente a Mallu abriu a boca:
- Ela voltou para o rio Daniel.- Foi como um sussurro sua voz.
- Por que? - Eu falei tão baixo que acho que ninguém me ouviu.
Só o abraço dela me confortaria nesse momento, só o beijo dela, só suas palavras de conforto podem me salvar dessa escuridão.
- Daniel? - A voz daquela desgraçada soou pelo quarto. Eu tinha me esquecido da presença dela.
- O que você está fazendo aqui? - Minha voz era puro ódio.
- Nós precisamos conversar.- Ela respondeu.
Eu ri com escárnio da sua resposta ridícula.
- Eu não tenho nada para conversar com você! - Eu cuspi as palavras. - SAIA DAQUI AGORA! - Eu gritei e ela começou a chorar, e o som do seu choro estava me irritando ainda mais.
Ela saiu correndo do quarto.
Mallu me mandou um olhar reprovador. Mas foda-se seu olhar reprovador, ninguém pode me julgar nesse momento, ninguém sabe metade da dor que eu estou sentindo. Eu sempre quis ser pai e quando tive a oportunidade de ter uma menininha me tiraram esse direito. Porra! Ela não merecia isso, nenhuma criança merece morrer dessa forma, Katherine tomou sua atitude sem o meu consentimento, ela podia até não querer a criança, é direito dela não querer cuidar da criança, mas não é direito dela tirar a vida. Se ela tivesse me dito eu nunca aceitaria! Ela podia me dar a minha filha e depois podia ser infeliz com o cara que ela quisesse, mas ela nem me deu o direito de opinar, ela fez e pronto. Eu me sinto culpado, eu podia ter feito alguma coisa, não podia? Podia não ter acreditado em Katherine quando ela disse que perdeu o bebê. Ela é um monstro! Ela não tinha o direito de fazer isso! Ela é uma assassina!
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Tão Natural (Completo)
RandomEva Collins, uma jovem de 25 anos, teve um passado difícil com o abandono de sua mãe e seu pai caindo na depressão. Quando finalmente seu pai encontra um novo amor, Eva decide dar um rumo a sua própria vida, então, muda-se para São Paulo e começa a...