9° Capítulo

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(Eva)

Acordei com uma puta dor de cabeça, acho que bebi demais ontem...

Por que tem um braço em volta de mim? Que quarto é esse? Que merda eu fiz? Me virei e dei de cara com o Daniel só de boxer e quando olhei para o meu corpo eu estava usando uma camisa dele... O que esse cachorro fez?

Me levantei sem fazer barulho, peguei um travesseiro e...

- Seu cachorro, o que você fez comigo?- eu gritei batendo com o travesseiro na cabeça dele.

Ele abriu os olhos assustado, mas eu não parei de bater e gritar.

- O que você esta falando sua louca?- ele perguntou como se não soubesse o que eu estava falando.

- Louca é a sua mãe.- eu gritei ainda batendo nele.- Esse era o seu plano né?! Ontem foi a oportunidade certa para você colocar o seu plano em prática.

Ele me olhou, e depois para ele e acho que ele percebeu as nossas roupas no chão.... Depois ele começou a rir. Como ele ri de uma situação dessas?

- Seu filho da putaaaaa.- eu pulei em cima dele e caímos na cama. Eu estava por cima dele batendo e xingando ele de todos os nomes feios possíveis.

- Eva eu posso explicar... Não é o que você esta pensando.- é o que todos os safados dizem.

Eu continuei batendo e gritando, até que ele fez uma manobra me colocando debaixo do seu corpo, e gritou:

- Me deixa explicar. Não é o que você está pensando.

Eu não queria nenhuma explicação desse canalha. Como ele pode fazer isso comigo? Por um momento eu confiei nele, somos amigos, ou melhor eramos amigos.

- Não quero sua explicação. Me deixa sair.- gritei me debatendo por baixo dele.

- Só se você me deixar explicar o que aconteceu.

- Eu não quero saber - gritei igual a uma doida.- Me solta. Você está me machucando.- menti, pois sabia que assim ele me soltaria. E foi o que ele fez.

Quando ele me soltou fui pegar as minhas roupas que estavam no chão. A raiva se misturou com a vergonha e eu virei um tomate.

Ele estava na cama pedindo para eu deixar ele explicar, estava visivelmente nervoso por causa da situação, mas aquela preocupação toda podia ser encenação pura. Pois ele fingiu ser meu amigo, ele me fez confiar nele, para na primeira oportunidade jogar tudo no lixo.

- Pequena Eva, eu nunca faria isso com você. Você sabe que eu não sou assim - ele falou em um tom de súplica. Eu não acreditava mas em nada que saia da boca dele. Estava saindo do quarto quando me virei e disse:

- Nunca mais me chame assim - gritei. - E quer saber, um dia eu confiei em você, mas eu sei que esse foi o meu maior erro.

- Não fala assim Eva, eu nunca faria isso com você.- ele disse se aproximando. Mas eu não queria saber de mais nada, só quero ir embora. A dor e a vergonha estavam tomando conta de mim.

Corri para a porta do apartamento dele e fui correndo até o elevador. Não quero mais escutar mentiras da boca dele, eu só queria sumir.

Quando cheguei em casa não tinha ninguém. Fui consumida por lágrimas, só sabia chorar. Percebi que estava com a blusa dele então a rasguei e joguei no chão.

Deitei em minha cama e chorei até adormecer.

(Daniel)

Eu sabia que iria dar merda, eu deveria ter dormido na sala... Agora ela deve pensar que eu sou um pervertido. Não é essa imagem que eu queria passar para ela.

Tão Natural (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora