Quando o sol se pôs, os Kokiri caminharam de volta para seu pequeno vilarejo, na Floresta Kokiri. O ar estava calmo e a brisa soprava levemente entre as árvores. O sol foi se escondendo no horizonte e a escuridão da noite exigiu seu lugar no céu.
O vilarejo estava silencioso. Os Kokiri estranharam o fato de Zelda não estar lá esperando por eles. Saria suspirou.
"Pobre Zelda... Deve ter sido horrível pra ela ter ficado sozinha... Deve estar chorando, ou então já deve ter adormecido" pensou a pequena garota Kokiri.
Ela abriu a porta de sua casa lentamente e sentiu um calafrio repentino percorrer seu corpo, como se algo não estivesse certo. A casa estava escura e ela não ouvia nada.
— Zelda....? – Saria chamou pela princesa, olhando cuidadosamente ao redor, mas a escuridão a impedia de ver qualquer sinal da princesa. – Onde você está? Está tudo bem?
Silêncio. Nem um único ruído, nada, nenhuma resposta. O coração de Saria se apertou em preocupação. Ela caminhou cautelosamente pela casa até que viu na pequena janela da cozinha uma torta de cereja inacabada. Saria achou aquilo estranho. Por que a princesa teria parado de preparar a torta? De repente o estômago de Saria congelou. Ela vira o corpo da princesa caído no chão, inerte.
— Princesa!!!! – Saria gritou, em pânico, correndo até o corpo de Zelda. – Princesa, o que houve? Por favor, acorde! Acorde, Zelda!
Saria sacudia o corpo da princesa tentando desesperadamente acordá-la. Mas ela não acordava. De repente, ela viu a maçã caída no chão. Seu sangue congelou. Aquilo só podia ter sido armação da Rainha. Com os olhos úmidos com as lágrimas, Saria correu até a porta de sua casa e gritou em desespero:
— Pessoal, socorro!!!!! A Rainha!!!! Ela... ela envenenou Zelda!!!!!!!!
Todos entraram em pânico e correram para dentro da casa de Saria. A garota de cabelos verdes sacudia o corpo da jovem, numa tentativa desesperada de acordá-la.
— Vamos Zelda!!!! Acorde!!!! Acorde!!!! Fado traga um pouco de água!!!!
Fado imediatamente pegou um pote de água e jogou no rosto da princesa. Mas ela não acordou. Ela continuava fria e inanimada. Os Kokiri tentaram de tudo, até fizeram uma prece às Deusas, mas nada adiantou. Zelda não acordara. Mido observava com tristeza seus amigos desesperados tentando despertar a princesa inconsciente. Não havia jeito. A Rainha a matara. Ele abaixou a cabeça e sentiu as lágrimas invadirem seus pequenos olhos. Com a voz baixa, ele murmurou, melancólico.
— Parem. Não vai adiantar nada. Zelda está morta. – ele sentiu seu coração se apertar de desespero.
Todo mundo olhou para Mido, os olhos encharcados com as lágrimas.
— Não há esperança. A Rainha a matou. Não há nada que possamos fazer.
Houve um momento de silêncio. Desesperadas, todas as crianças Kokiri começaram a chorar silenciosamente. Se Zelda estava morta, eles não podiam fazer nada a não ser chorar de tristeza, desespero e agonia. Depois de algum tempo em silêncio, todos os Kokiri deram as mãos e se reuniram em volta do corpo desfalecido da princesa Zelda e fizeram uma prece silenciosa às Deusas de Hyrule.
— Que as Deusas possam guardar sua alma. Que ela possa agora, descansar em paz no paraíso. Em nome de Din, de Farore, de Nayru e da Triforce Sagrada, Amém.
Todo mundo chorou por ela. Seu rosto estava tão belo e tranquilo e as suas faces tão rosadas, que não parecia que ela estava realmente morta, mas parecia que ela estava dormindo tranquilamente, por isso os Kokiri não quiseram enterrá-la. Puseram-na em um esquife de vidro no centro da Campina da Floresta Sagrada e escreveram em letras douradas:
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The Legend of Zelda - Branca de Neve
RomanceEssa é uma história sobre uma princesa chamada Zelda e sua madrasta invejosa, a rainha Midna. Um dia, quando a madrasta descobre através do Espelho do Crepúsculo que sua enteada é a mais bela de todas as mulheres do reino, manda matar a bela princes...