SACRIFICE OF THE GODS | kth+jjk

seven! you are my rainbow

A verdade falharia mas nunca sua intuição. Jungkook encheu o peito arrancando coragem sabe-se lá de onde e arreganhou as cortinas da janela do quarto de Taehyung, vendo que o rapaz não estava lá.

Afastou-se da casa e correu sem rumo pela rua deserta, os passos guiavam-no por si próprios.
Não havia uma alma pela estrada mas tinha certeza de que Taehyung corria perigo em algum lugar. O rosto começou a suar, a aflição de estar procurando por algo inexplicável alimentava sua angústia e ansiedade. Em ato de desespero, fez o que jamais deveria sonhar em fazer. Usou de suas asas em plena luz da lua para chegar mais rápido ao seu destino indefinido.

Parecia cada vez mais perto, o sentimento ruim assimilava-se a uma serpente espremendo seu corpo. A descarga elétrica do espanto ao finalmente encontrar Taehyung fez suas asas sumirem, caiu de joelhos e mal pensara nos ferimentos.

Correu o mais rápido que pôde em direção ao garoto que equilibrava-se sobre a barreira da ponte da rodovia.

— NÃO! — gritou, tentando chamar sua atenção. — TAEHYUNG!

Taehyung virou-se de costas e reclinou o corpo em direção ao abismo.
Porém Jeon pulou sobre a barreira e abraçou-lhe.

A profecia se concretizou. Durante a queda, pôde ver a expressão horrorizada de seu destinado.

Caíram da altura absurda submergindo na água gelada, Jungkook debateu-se tentando empurrar Taehyung para a superfície e puxou o ar com força ao conseguir ficar cara a cara com o rapaz.

— Taehyung! — segurou o rosto com as duas mãos. — Você se machucou?! — puxou os cabelos molhados para trás. — Ei! — fez o máximo de força possível para manter as cabeças para fora d'água.

A expressão indiferente de Taehyung condizia à falta de esforço que fazia para simplesmente nadar. Jungkook aproximou o rosto do seu e sentiu o cheiro de álcool que saía de sua boca. Estava completamente bêbado e acabara desmaiando em seus braços.

— Taehyung... — fungou, olhando em volta. — SOCORRO! — gritou o mais alto que pôde, chamando a atenção do guarda noturno que fazia vistoria no local.

As sirenes da equipe de resgate movimentaram a estrada antes deserta, Jungkook nunca teve tantas pessoas lhe fazendo perguntas ao mesmo tempo. Respondeu a todas chorando, fora levado até a base da polícia militar para dar depoimento e esperar que sua mãe fosse buscá-lo.

Recebeu uma toalha seca e um copinho plástico de café para se aquecer. Queria poder dizer que tudo estava sob controle mas não era o que a tremedeira de suas mãos demonstrava. Ver aqueles homens e mulheres andando sem parar pelo pequeno cômodo chegava a ser irritante.

Após um tempo sua mãe fora buscá-lo tão preocupada quanto, o sangue quase havia congelado quando soube que o filho havia caído no mar junto ao outro rapaz. Voltaram para casa em segurança e viram que o carro dos vizinhos já não estava mais na calçada.

— Mãe. — Jungkook parou de andar. — Será que a Sihyeon está sozinha?

— Eles não devem tê-la levado ao hospital. — disse aflita. — Entre, eu vou lá conferir. Troque essas roupas.

Ter em mente que Taehyung ainda estava vivo era o que lhe relaxava os nervos apesar da ansiedade em ter a certeza de que nada grave deixaria sequelas. Nunca sentira-se tão mal quanto naquele momento.

Ouviu sua mãe entrar em casa e a voz chorosa de Sihyeon perguntando do irmão. Lhe doía o coração em pensar o quanto a garota esteve sofrendo nos últimos dias.

Deusa ofereceu-a um cobertor e um travesseiro para que pudesse dormir na sala e não ficar sozinha em casa. Também deu-lhe um pouco de seu tempo para conversar e dá-la um calmante antes de voltar ao próprio quarto.