décimo oitavo.

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comentários? 😼

•••

A cabeça de Louis realmente não consegue deixá-lo em paz. Ela sequer o deixou dormir naquela noite depois da longa conversa que teve com Harry. Aquilo não deveria ter acontecido, eles são amigos agora, conversas como aquela deveriam ser frequentes, obviamente. Tudo seria demasiadamente fácil se Harry não fosse tão intenso.

E ele realmente era, Louis não mentiu quando disse que havia criado muitas expectativas sobre o garoto, também o dizendo que não estava se decepcionando, mas Louis não lhe disse que estava cobrindo todas as expectativas de intensidade e curiosidade.

Cada palavra de Styles parecia ser filtrada antes de sair de sua boca, bem, pelo menos naquele momento parecia, e muito.

Louis ainda o têm como uma incógnita e, mesmo que seja curioso sobre seu valor, ele tem medo de resolvê-lo, tem medo do resultado não ser o que ele espera que seja, tem medo de ter errado ao calculá-lo mentalmente, tem medo de marcar a alternativa errada. Louis tem medo da resolução não ser nenhuma das alternativas.

. . .

— Bom dia, pai. - Ele sorri quando o homem desce de seu quarto, ainda vestindo um roupão por cima de seu velho pijama. — Acordou cedo hoje. - William comenta, mexendo os ovos com uma espátula, na frigideira quente, observando Dave pegar uma garrafa de cerveja gelada na geladeira e o prato de café da manhã – montado – de cima do balcão.

O mais novo suspira, despejando os ovos em seu prato, recolhendo o pequeno recipiente de bacon e despejando a carne sobre os ovos.

— Minhas férias do trabalho acabaram, volto hoje. - Respondeu rudemente, sentando-se no sofá de pano e bebendo um gole de sua cerveja.

Louis arqueia seu cenho e entreabre seus lábios em surpresa, o respondendo com um baixo "ah", caminhando para a mesa em seguida, tendo em mente que tomaria seu café sozinho, mesmo que morando sob o mesmo teto de seu pai.

Ele não negaria dizer quando fosse perguntado o quão surpreso ficou quando assistiu seu pai aumentar o volume da televisão – que estava ligada no noticiário –, e caminhar até a mesa onde William estava, sentando-se em sua frente e continuando sua refeição em silêncio. O azulado sorriu minimamente, escondendo seus olhos pela longa franja dourada que os cobria. Ele assistiu Dave negar, como se o achasse um bobo.

— Sua comida é boa, criança.

Por mais simples e normal que aquela frase soasse, não funcionava dessa maneira para Louis. Era muito difícil receber um elogio de seu pai, ele havia se tornado um homem fechado, até demais, de uns anos para cá.

O rapaz sorriu, sentindo suas bochechas doerem e agradeceu, ele podia sentir o quão brilhosos seus olhos estavam no momento, e mesmo se quisesse, ele não conseguiria esconder sua felicidade. — Eu posso preparar o jantar com frequência, assim você não precisa gastar dinheiro almoçando em restaurantes. Eu monto o seu almoço e você leva para o trabalho. — Se quiser, é claro. - Sugere baixo, mexendo em seu prato, ainda cheio, com as pontas no garfo, aguardando a resposta de seu pai, que não passa de um aceno positivo com a cabeça.

Louis não negava o medo que sentia de ter seu pai sendo mandado embora do trabalho por ter problemas com o álcool, ele sabe que aquilo é uma coisa incontrolável, e sente tanto medo... Provavelmente é uma das coisas que mais o amedronta.

Tomlinson espera até que ele saia de casa para arrumar e limpar o lugar, sua mente não tem um único foco, ele pensa em muitas coisas, coisas as quais ele gostaria de esquecer mas não consegue, ou simplesmente não quer esquecê-las subconscientemente.

When you met me in detention.Onde histórias criam vida. Descubra agora