𝑰 𝑫𝑶𝑵'𝑻 𝒀𝑶𝑼𝑹 𝑮𝑰𝑹𝑳 || Vinnie Hacker (PAUSADA)

06

POV Emma

Senti o sol entrar pela janela, e abri os olhos. Mal me lembrava da noite de ontem, mas me lembrava da conversa com Vinnie. Meu Deus, que vergonha. Me levantei, e peguei meu celular na mesinha do lado da cama, já eram oito horas. Fui pro banheiro do quarto, tinha uma escova de dente ali. Peguei e escovei meu dente. Sai do banheiro e me olhei no espelho que tinha ali. Eu tava com a camisa do Vinnie, e tava muito engraçado. Sempre uso roupas largas, mas a camisa dele era enorme.

Sai do quarto e fui pro andar de baixo. A mãe do garoto estava na cozinha, provavelmente fazendo café.

— Bom dia senhora Hacker. — Disse olhando pra ela.

— Ah não. Me chame só de Maria.— Respondeu a moça, dando o maior sorrisão. — Bom dia.

— Eu sinto muito por chegar na sua casa ontem naquele estado.— Falei morrendo de vergonha.

— Ah minha querida, tá tudo bem. Quando era jovem amava beber. Já cheguei na casa de amigos em estados muito piores.— Disse e eu sorri.

— Eu amei o seu carro.

— Ele é muito estiloso, não é mesmo? — Respondeu sorrindo pra mim.

A mãe de Vinnie era muito simpática. Amei ela. Maria colocou o bule na mesa, pegou três copos, e um saco de pão, colocou tudo na mesa e se sentou, fazendo um sinal pra mim me sentar também. Assenti e me sentei.

— Bom dia mãe. — Disse Vinnie aparecendo na escada. O garoto estava lindo. O seu rosto estava suave, e totalmente inofensivo. Os cabelos bagunçados, estava sem camisa, mostrando as tatuagens, apenas com uma bermuda azul bebê. Nossa. — Bom dia Emma, não tinha te visto.— Terminou Vinnie. Sentou na ponta da mesa, e começou a tomar café.

Acabamos o café e eu ajudei Maria a limpar as coisas. Subi para o quarto e fui pegando minhas coisas.

— Você já vai? — Perguntou Vinnie, encostando na porta.

— Acho que fiquei demais na sua casa.— Disse morrendo de vergonha. — E o meu pai deve estar preocupado.

— Suas roupas de ontem estão lavando. Se quiser empresto umas roupas minhas, seu estilo não é muito diferente do meu.— Falou o garoto sorrindo.

Assenti com a cabeça, e ele pediu para seguir até o seu quarto. Quando entrei, vi o computador do menino, na outra parede vários shapes e peças reservas pra skate. Peguei um shape que tava ali, e comecei a observar cada detalhe. Esse com certeza era de maple, e nossa a madeira estava perfeita. Uma lixa transparente ali ia ficar incrível.

— Pode ficar com ele se quiser. — Vinnie disse, me encarando com um sorriso.

— Ah não precisa. Obrigada.

— Bem, esse é meu closet, pode escolher qualquer roupa.— Disse o garoto, apontando para o closet com a cabeça.

Entrei no espaço, e vi o menino se jogar na cama, e pegar o celular. Comecei a olhar as roupas, até parar em uma linda camisa preta oversize, do Travis Scott. Com certeza seria essa. Peguei uma calça qualquer e vesti. Sai do closet e dei uma voltinha. Vinnie sorriu pra mim.

— Bonnie quer falar com você.— O garoto me entregou o celular e sorriu.

— Bonnie? — Perguntei colocando o telefone na orelha.

— Ah, graças a Deus, Emma! Como você some do nada, sem avisar ninguém e nem atende o celular? Ficou maluca? — Com certeza era Bonnie.

— Desculpa. Eu bebi demais, Vinnie me trouxe pra casa dele e eu dormi aqui.

— DORMIU COM VINNIE? — Gritou a garota do outro lado da linha, e Vinnie riu.

— Eu dormi na casa dele, não com ele. — Respondi, olhando pro garoto que tava rindo.

— Menos mal. A gente se vê amanhã na aula. Tchau best.

— Tchau Bony.— Respondi e a menina desligou. Dei o celular pra Vinnie e fiquei vermelha.— Desculpa por isso.

— Tudo bem Emma. Essa camisa ficou linda em você. Pode ficar com ela se quiser.

— Não precisa Vin. E também não pode me dar todas as suas coisas.— O menino me encarou com um sorriso de orelha a orelha, e eu não entendi.— O que foi? Porque tá olhando pra mim assim?

— Vin? — Respondeu o garoto, ainda sorrindo.

— Não tá mais aqui quem falou. — Disse jogando as mãos pro alto.

— Por favor, fica. Adoro a Emma dos apelidos fofos.— Me olhou sorrindo de um jeito fofo.

— A Emma séria vai pensar no seu caso.

— O Vinnie carente agradece.

Nós rimos ali, e eu sentei na cama dele. Ele me olhou por um longo momento e disse:

— Emma você é muito legal. Eu gosto muito de você.

— Não pode gostar muito de mim, me conhecendo só três dias.

— Acho que posso sim, na verdade.— Disse e sorriu.

— Vinnie, acho que agora realmente preciso ir embora.

— Tudo bem. — O garoto levantou da cama, e me puxou em um abraço. Aquilo me deixou totalmente arrepiada, mas também me senti totalmente protegida. Vinnie tinha esse efeito, sempre que tava com ele me sentia protegida.

Depois de um tempo o garoto soltou o abraço e sorriu. Eu me despedi dele e fui pro meu carro. Acelerei em direção a minha casa. A essa hora o meu pai já devia estar muito bravo comigo. Eram perto das dez da manhã, e eu disse que chegaria no máximo às três da madrugada. Passei por algumas ruas e cheguei em casa, desci do meu carro e entrei.

— PAI?! —Gritei, mas não teve resposta. Fui em direção ao escritório dele, e bati na porta.— Pai? Tá aí?

— Entra filha.— Respondeu e eu entrei.

— Me desculpa pai, eu bebi demais e acabei desmaiando, um amigo me levou pra casa dele e eu dormi lá. Eu sei que você sempre diz pra mim beber com moderação, e também sei que isso não se faz, devia ter avisado me desculpa mesmo pai, eu não vou fazer mais isso tá tudo bem. Entendo se ficar bravo comigo... — Disse tudo muito rápido.

— Tá tudo bem filha. Eu já sei de tudo, uma colega de trabalho me ligou falando que uma menina muito parecida com minha filha tava desmaiada na casa dela. Conheço a Maria, Emma. Não tô bravo com você, só tenta não desmaiar da próxima. — Falou e sorriu.

— Não vai me pôr de castigo?

— Não. Você não é mais uma criança.

— Ok então. E desculpa mesmo pai.— Ele balançou a cabeça e eu saí. Meu pai confia em mim, por isso ele não ficou bravo.

Subi pro meu quarto e troquei de roupa, coloquei as roupas de Vinnie pra lavar e deitei na minha cama. Li algumas páginas de um livro, mas não tava conseguindo me concentrar. Eu tava com Vinnie na cabeça, o jeito que ele me abraçou, em como me levou desmaiada pra casa dele. Não sei ao certo se gosto dele, ou se gosto dele. Tava tudo tão confuso, nunca tinha sentido isso por alguém antes, mas agora não dava pra pensar nisso. A competição de skate tá próxima, eu quero muito ganhar, e já é daqui a três semanas.

Levantei da cama, peguei meu fone, meu skate e fui pra pista.

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relação saudável com os pais? temos;

desculpa o atraso gente, e desculpa o capítulo curto, aconteceu umas coisas aqui em casa.

votem muito💑