24 - O tal do Boaz

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Finalmente eu iria conhecer o tal do Boaz. Estávamos todos reunidos na sala esperando por ele, no caso apenas eu, o Alex e o Max, que não parecia estar animado com isso. Eu não consiga entender o motivo de ele ficar falando mal desse Boaz a cada segundo que se passava. Eu não perdi a chance de irritar fazendo perguntas, e acabei o deixando furioso.

Cassandra entrou na casa acompanhada de um homem alto e forte, dava para ver por cima das roupas que seu corpo era repleto de músculo.

-Entendi o motivo da raiva. – Me levantei para ir falar com eles. – Inveja.

Senti os olhos raivosos do Max em mim e sorri, eu gostava disso, de deixá-lo irritado.

-Você me parece totalmente o contrário do que eles falaram. – Sorri para ele e estiquei a mão para que ele apertasse.

-Sério? Devem ter falado só coisas boas então. – Olhou da Cassandra para o Max enquanto apertava minha mão.

-Coisas ótimo! – Falei sarcasticamente.

-Certo, quem será meu aprendiz? – Perguntou me olhando.

-Eu sou. – Alex se levantou e se aproximou ficando atrás de mim.

-Lex? Achei que estivesse morto. – Falou um pouco assustado, mas não me pareceu surpreso.

-Eu não sou o Lex. – Alex falou soltando um suspiro. – Eu sou o Alex.

-O Alex é a duplicata do Lex, e você precisa ajudá-lo a se defender. – Falei evitando as perguntas desnecessárias.

-Espero que tenha ossos fortes. – Ele falou analisando o Alex. O olhar dele mudou com se tivesse visto algo que não deveria estar ali. – Você tem um ótimo anjo da guarda. – Me olhou e piscou.

-Como pode saber? – Sorri sentando uma felicidade estranha.

-Existem coisas que simplesmente sabemos. – Olhou novamente para aquele lugar e eu segui seu olhar e vi o Lex parado atrás da gente.

-Mais um maluco que vê o que não vemos. – Max falou aparentemente irritado.

-Ou mais uma pessoa sensata. – Desviei meu olhar para o Max e senti uma mão tocando o meu ombro.

-Vamos começar o treinamento. – Cassandra me virou e me empurrou para o quintal fazendo todos nós seguirem.

Me sentei no chão da varanda e fiquei observando o Boaz começando a treinar o Alex. Era até engraçado ver ele sem equilíbrio.

-Tem alguma coisa que eu possa fazer? – Perguntei para a Cassandra.

-Apenas observar e torcer para ele se sair bem. – Ela falou enquanto os observava.

Observar aquele treinamento foi a coisa mais chata. Olhar e não poder participar fez eu me sentir inútil. Eu queria sair dali e fazer qualquer outra coisa, mas não tinha o que fazer, e a Cassandra me proibia, fui obrigada a ficar ali e acompanha tudo. Tirando nos momentos em que me levantei para andar pela sala e comer algo.

Eu estava distraída com as formas d'água que eu estava criando quando vi através delas o Alex derrubar o Boaz. Max urrou de alegria quando isso aconteceu.

-Ninguém derruba o Boaz! – Max só faltava bater palmas para esse acontecimento.

-Você já pensou em crescer, Max? – O olhei e revirei os olhos.

-Não, estou bem com a minha idade mental. – Ele sorriu para mim.

-Tem certeza? Você parece aquelas crianças viciadas em redes sociais. – Voltei a observar eles treinando.

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