Ben se decepcionou por não ter nada de importante no livro que ele teve tanto trabalho de roubar. Ele perdeu seu tempo lendo, tempo que poderia ter consultado outras pessoas, no caso, a Cassandra. Novamente ele foi até a casa dela para conseguir informações.
-Você tem que me ajudar, agora! – Falou entrando na casa sem permissão.
-Já pensou em bater antes de entrar? – Cassandra o olhou e se sentou arrumando sua postura. – Não posso ajudá-lo.
-Você pode sim. – Ele a olhou com um sorriso perverso. – Ou você me ajuda ou você morre. – Ela o olhou de cima a baixo e se levantou.
-Não tenho medo de você. – Falou com a voz firme
-Mas deveria ter. – Andou na direção dela que foi para a cozinha. – Eu quero um meio de conseguir os poderes da Ella, e você vai me dizer como conseguir. – Falou já bem próximo dela, que estava de costas para ele.
-Eu não sei... – Ben a empurrou contra a parede e a prendeu ali.
-Não minta para mim. – Pressionou o rosto dela na parede e envolveu seu pescoço com as mãos.
-Eu realmente não sei. – O rosto dela estava ficando vermelho. – Talvez não exista outra maneira de fazer isso,
Ele apertou o pescoço dela com mais força, fazendo-a ficar mais vermelha e desesperada, até que a soltou do nada.
-Se eu descobrir que mentiu, irei voltar. – Saiu da casa e a deixou ali jogada na cozinha.
Ben voltou para casa e continuou à procura de informações, ele já não sabia mais o que fazer, já tinha revirado quase todos os livros da biblioteca a procura de algo. Ele estava perdendo as esperanças quando leu sobre um elementar chamado Cameron, famoso por roubar poderes e, por isso, ser um dos elementares mais fortes. Ele morava na parte alta da cidade, e Ben não perdeu tempo indo para lá.
A viagem foi um pouco longa e bastante demorada, a parte alta da cidade era uma das mais isoladas por ficar no pico de uma montanha, ninguém gostava de ir lá. Ben chegou cansado, a casa era enorme, assim como o quintal, o cheiro das flores no jardim invadiam o nariz, eram cheiros bons, mas juntos ficaram enjoativos. Ben abriu o portão com um pouco de dificuldade, ele foi feito para alguém mais forte do que ele abrir, e seguiu em direção a casa, tentando não espirrar com o cheiro das flores.
Ele teve que bater várias vezes até que Cameron abrisse a porta, ele não devia querer visitas aquele dia. Ben se surpreendeu com o que viu quando a porta foi aberta, nunca tinha visto tatuagens brancas que combinasse perfeitamente com a pele negra, e nunca tinha estado na presença de alguém tão alto.
-Por que me incomoda, Benjamin? – Ben o olhou surpreso por ele saber seu nome.
-Preciso da sua ajuda e... como sabe meu nome? – Perguntou curioso.
-Sou um mestre elementar, como eu não saberia tudo sobre alguém que está invadindo minha propriedade? – Ben se sentia ameaçado por ele.
-Não invadi, só abri o portão. – Falou apontando para o portão que estava longe.
Cameron olhou para o jovem a sua frente e balançou a cabeça, ele não queria ajuda-lo mas sentia que devia.
-Para que, exatamente, você quer a minha ajuda? – Cameron mantinha sua aparência séria, não deixaria que Ben pensasse que poderiam ser amigos.
-Me ensine a roubar poderes. – Ben falou e Cameron analisou sua expressão, queria saber se Ben estava falando sério.
-Isso não é algo simples, Benjamin, leva anos de prática, e você não pega os poderes de uma vez, é um investimento a longo prazo, todo dia você pega um pouco. – Cameron falou pacientemente.

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A escolhida
خيال (فانتازيا)As vezes pensamos ser algo que não somos. As vezes descobrimos a verdade da forma mais inusitada possível. Verdade essa que pode ser outro mundo, outra vida, outra personalidade, outro amor, outra paixão... Tudo pode passar de verdade a mentira num...