Max foi avisado pouco antes de eu sair de casa. Encontrei a Cassandra desmaiada no chão da sala, sua casa estava uma bagunça, o que tinha de estar na cozinha, estava jogado pelo chão da sala. Ela tem algo que ele quer, se não, não faria essa zona atoa.
Alex a deitou no sofá, ela despertou um pouco logo em seguida, parecia assustada, não a julgo, pelo estado da casa era para se estar bem assustada. Peguei panos, água e gelo, limpei todas as feridas e coloquei gelo enquanto o Alex tentava levantar alguns móveis e objetos do chão.
-Ah, Deus! – Max entrou e correu para perto. – Deixa que eu faço isso. – Ele pegou o pano da minha mão e me empurrou para.
-Eu estou horrível. – Ela murmurou olhando para o Max.
-Não vão ser alguns arranhões e hematomas que vão acabar com a sua beleza. – Ele segurou seu rosto e o acariciou.
Fiquei observando os dois, admito que fiquei incomodada pelo fato de ele nem ter me agradecido por cuidar dela, mas não era momento para discutir isso.
-O que o Ben queria? – Perguntei e a Cassandra me olhou pensativa.
-Um colar...
-Ella, não é hora para isso! – Ele cortou a resposta dela e me olhou com raiva. – Ela não está bem. Você não tem que cuidar do Caio ou algo do tipo?
-Max, tudo bem. – Cassandra apoiou sua mão no braço dele e deu um pequeno sorriso. – Ele queria um colar, acho que é um colar que eu tenho na minha família a gerações, deve estar no outro mundo, é bem velho e eu nunca usei, não combina comigo. – Ela respondeu e eu não acreditei que ele fez tudo isso por causa de um colar.
-Se importa se eu for procurar? – Perguntei pedindo sua permissão para ir a sua outra casa, não invadiria.
-A casa é sua também. – Ela sorriu para mim e eu retribui.
Deixamos eles a sós, Max não perdeu tempo para pedir desculpas por ter ido e a deixado sozinha, mesmo com ela dizendo que não tinha sido culpa dele, ele continuou insistindo.
-Você precisa ir para um lugar seguro, sair da linha de fogo, se proteger. – Max falou procurando por uma forma de a proteger.
-Eu pensei que você tivesse perdido essa covardia. – Falou incrédula. – Eu vou lutar!
-Só tenho medo de perder você, tenho medo de viver sem você. – Ele parecia triste com essa ideia.
-Também tenho medo disso, Max. – Segurou o rosto dele. – E eu também amo a Ella, pode ser estranho me ouvir dizer isso, mas eu a amo, não posso deixá-la assim. – Cassandra sorria calmamente para ele.
Max sorriu para ela, ele entendia o que ela queria dizer.
-Eu também amo aquela chata, ela é como uma irmã e não posso vê-la morrer. – Ele também era como um irmão para mim, um irmão bem irritante. – Se quiser ir, eu prometo que cuidarei dela, não deixarei que algo aconteça com vocês. – Cassandra o encarou e balançou a cabeça.
-Eu não vou fugir, vou lutar ao seu lado, como já fizemos antes. – Falou decidida, nada poderia a fazer mudar de ideia.
Max percebeu que não conseguiria a convencer, ela iria lutar de qualquer jeito, estando machucada ou não, ela lutaria ao lado de quem ama.
***
Boaz foi ao mundo elementar resolver alguns problemas antes de entrarmos em guerra. Ele estava voltando para casa quando se sentiu angustiado, estava sendo seguido mas não era capaz de ver o que o seguia. Chegando em casa, não se assustou com a quantidade de soldados das sombras que o esperavam, só ficou preocupado com a sua família que se encontrava naquela casa. Boaz lutou com dignidade e não se entregou até cair inconsciente.
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A escolhida
FantasíaAs vezes pensamos ser algo que não somos. As vezes descobrimos a verdade da forma mais inusitada possível. Verdade essa que pode ser outro mundo, outra vida, outra personalidade, outro amor, outra paixão... Tudo pode passar de verdade a mentira num...