- Posso ir à casa do Hunter? Enquanto vocês estão cartório – Me assusto com a fala alta do meu irmão do nada.
- Dá para você falar baixo – Reclamo deitando o rosto na janela do carro novamente – Ninguém aqui é surdo.
- Eu nem estou falando alto – Drew retruca no banco de trás – Mas posso ou não pai?
- Pode, eu só preciso ver o horário antes – Escuto meu pai responder e sinto meus olhos fechando novamente.
A verdade é que eu não dormi quase nada de noite, passei a maior parte da noite na festa e depois ainda fui parar no hospital, a realidade é que eu estou caindo de sono, mas meu pai não quis deixar que eu ficasse sozinho em casa e me obrigou a vir junto com eles para Beacon Hills.
Já passou quase uma hora de viagem e eu vim praticamente desmaiado no carro, mas agora Drew começou a ficar entediado e não cala a boca um instante sequer.- Falta muito? – Rodo os olhos com a milésima vez que ele pergunta a mesma coisa.
- Perguntou a mesma coisa a dois segundos atras, achou que continua a mesma porcaria – Respondo irritado e vejo ele mostrar a língua pelo retrovisor.
- Chato!
- Chato é você!
- Na minha opinião os dois são bem chatos – Meu pai comenta – Parecem duas crianças.
- Ele não cala a boca um segundo pai!
- E você não para de reclamar – Andrew me provoca – Estamos quites.
- Fica quieto peste. Que saco!
- Eu falo o quanto eu quiser, você não manda em mim – Vejo meu pai rodar os olhos, mas não se manifesta – A culpa não é minha se você parece um velho ranzinza.
- Eu to com sono cacete! – Reclamo alto.
- Se tivesse passado a noite em casa e não em uma festa, não estaria com sono – Drew sorri com o comentário do meu pai e eu mostro a língua em sua direção – Parem com isso. Vocês não têm mais cinco anos para ficarem mostrando a língua.
- Foi ele que começou – Me defendo e papai acaba rindo.
Drew coloca o fone de ouvido e ignora completamente a nossa presença no carro, viro para a janela para tentar dormir novamente, mas nem vale a pena pois já consigo ver a placa de “Bem-vindo a Beacon Hills”.
Essa cidade me traz uma nostalgia tão grande, vivi a minha infância inteira aqui, conheço ela como a palma da minha mão. Se eu pudesse ter escolhido na época, nunca teria me mudado daqui, mas agora acabei me acostumando com Rosewood e já não quero mais voltar. No entanto, todas as memorias que eu tenho com a minha mãe são aqui, na casa que o meu pai está prestes a vender para um completo estranho...
Não vou mais discutir com ele sobre isso, não acho que vale a pena começar uma briga com ele só porque eu não quero que ele venda a casa, mas eu não queria vir hoje junto justamente para não precisar ver. Quando eu voltei do internato, eu fui direto para Rosewood, ou seja, faz mais de um ano que eu não venho para cá, seria mais fácil aceitar vender a casa da minha infância se eu simplesmente não a visse mais.
- Vou deixar o Drew lá na casa do amigo dele primeiro – Meu pai pergunta quebrando o silencio - Vai ficar também ou vai comigo?- Vai ficar só na casa?
- Na verdade não – Ele responde cansado – Vou fechar tudo hoje, então primeiro vamos no banco e depois na casa.
- Vai ficar bravo se eu disser que quero ficar no shopping fazendo vários nadas? – Pergunto.
- Sozinho?
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The Hale's
FanfictionPeter Hale sempre foi o grande Alpha da cidade de Beacon Hills, mas nem sempre foi o herói das histórias infantis. Sempre conhecido pelo seu passado obscuro, Peter, agora terá que lidar com a mais difícil das batalhas, ser pai. Obs: Essa obra co...