A volta

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Andrew até tinha gostado de conhecer a cidade num todo, ele não a achou horrível e sem graça como imaginava, mas no fundo ele tinha a esperança de passar só as férias ali, que quando as aulas voltassem o pai quisesse voltar para Beacon Hills.

  O jantar ocorreu calmamente, na metade do caminho Drew desistiu da ideia de provocar o pai durante o passeio, já que Peter estava estranhamente tranquilo. Durante o jantar, o alpha recebeu algumas ligações de um número desconhecido, que ele não deu importância, então não atendeu.
 

- Já que a gente terminou cedo... – Andrew sugere – Podíamos ir naquele parque. Aquele que a gente passou na frente...

- Está ficando tarde, filho – Peter falou e na boca do garoto já se formou um bico – Podemos vir amanhã. O que acha?

- Não está tarde ainda, papai – O menor insiste – Eu estou de férias, não preciso acordar cedo. Deixa vai, por favor.

- Okay! Tudo bem, a gente pode ir lá agora – O alpha cede ao pedido do menino – Mas não vamos demorar muito.

- Você é o melhor! – O garoto fala entrando no carro.

- Engraçado, há umas sete horas atrás, eu era o pior pai do mundo – Peter o provoca.

- Depende do momento – Drew explica rindo.

Não demorou muito e logo os dois Hale’s chegaram ao parque que ficava perto do centro da cidade. Era um parque relativamente grande para o tamanho da cidade, o que fez Andrew querer ir, já que em Beacon Hills só vinham parques para a cidade quando havia algum evento importante, como o aniversario da cidade.
  Tudo estava indo bem, ate Drew decidir que queria ir à montanha russa e Peter não deixar. O problema era que o menino tinha muito medo de altura, desde pequeno ele tinha esse medo e a montanha russa era muito enorme.

- Mas eu quero! – O garoto insistia fazendo birra.

- Para que, hein? – Peter questionou já perdendo a paciência – Para depois vir chorando?

- Eu não vou chorar! – O garoto falou um pouco mais alto, o que atraiu alguns olhares para eles.

- Eu já disse que não, Andrew! – O alpha fala sério.

- EU VOU! – O garoto grita jogando o algodão doce que segurava no chão.

- Não, não vai! – Peter falou agarrando o braço do menor – Vamos voltar para casa, já que o mocinho não sabe se comportar.

- Você é insuportável! – Drew fala se soltando do agarre do pai e sai correndo pelo parque.

- ANDREW! – Peter grita assim que o menino sai correndo.

No início da noite, ele ate tinha desistido da ideia de provocar o pai, mas quando a oportunidade apareceu, o lobinho simplesmente não conseguiu resistir. Drew sabia que não conseguiria fugir do pai, ele já havia feito isso uma vez e o alpha não demorou muito para achá-lo e dar umas palmadas nele.
  Enquanto Andrew se esforçava para se esconder do pai, Peter já sabia exatamente onde o garoto estava. Com o olfato aguçado de lobisomem, o alpha só precisava se concentrar no cheiro do filho, o que foi muito fácil para ele e logo agarrou o braço do menor pelas costas.

- AI! – Drew reclama de dor com o agarre do pai – Me solta! Está doendo...

- O que pensa que está fazendo, Andrew? – A voz do alpha sai mais alta do que ele gostaria – Acha bonito armar essa cena?

- Você que é um chato e não me deixa fazer nada! – A arrogância na voz do menino fez Peter perder a paciência e dar uma palmada no traseiro do filho ali mesmo – Aiii papai

- Nos vamos voltar para casa e eu não quero ouvir um piu vindo de você – Peter fala levando o menor pela orelha ate o carro.

ETHAN ON

Depois de passar o ano inteiro sem sequer me ligar, eu achei que pelo menos me buscar no aeroporto meu pai vinha, mas pelo jeito nem isso... Eu não deveria estar surpreso, ele deve me odiar ainda..., No entanto, eu não estou nem aí. Quer me odiar? Me odeie. Quer me culpar? Me culpe. Eu não ligo.
  Passei um ano inteiro morando nesse inferno por causa dele, se ele queria me castigar, bom... conseguiu, pois, esse lugar é horrível. Tentei ao máximo me adaptar as regras daqui, mas era praticamente impossível! Você mal podia respirar que ele já o culpavam por estar infringindo alguma regra. Esse lugar fez morar com o meu pai parecer as mil maravilhas, coisa que eu nunca achei antes.
  Mas não quero ficar relembrando esse ano, já tenho marcas o suficiente para uma vida desse lugar, agora eu só preciso me concentrar em ser o melhor filho do mundo para o meu pai não me mandar de volta quando as férias acabarem. Isso vai ser fácil? Obvio que não! Eu culpo meu pai por tudo que aconteceu comigo naquele lugar, ele não podia ter me largado lá... Não podia. Porem, se eu voltar para casa do mesmo jeito que antes, é bem capaz dele achar que eu não aprendi o suficiente e me mandar de volta para lá. Não posso deixar isso acontecer.
  Morar com o meu pai nunca foi a melhor coisa do universo, ainda mais somado ao meu gênio forte e a falta de paciência dele, mas definitivamente era melhor aguentar meu pai por mais um ano e depois ir embora, do que voltar para aquele colégio. Por isso, eu preciso ser o melhor filho possível, ele tem que achar que eu mudei.
  Tudo isso por causa daquele maldito acidente...
  Supostamente o colégio havia avisado as famílias que estamos de férias e ficaríamos em casa, mas pelo jeito não avisaram, ou meu pai não quis vir me buscar, o que é uma possibilidade também. Cheguei na cidade de Rosewood já faz uma meia hora, tentei ligar para o Peter, mas nada dele me atender. Se estivesse em Beacon Hills, não tinha problema algum, eu iria para casa de taxi, mas acontece que eu nem sei onde fica a casa do meu pai nessa cidade, nem sei porque vieram morar aqui.
  Depois que desisti de tentar falar com o meu pai, liguei para o meu primo Derek vir me buscar. Derek mora aqui faz alguns anos, que eu lembre, nunca tinha vindo aqui antes, mas ele vivia indo lá pra casa. Então, só lembrei que ele morava aqui e liguei perguntando se ele podia vir me buscar, não demorou nem quinze minutos e ele já estava aqui no aeroporto.
  Derek me contou porquê meu pai veio embora para cá com o Drew e só para variar um pouco, vou ser obrigado a viver nessa cidade, porque o meu irmão não sabe sossegar. Mais uma vez me ferrei por causa dele, nada fora do normal.
  Fiquei impressionado com o tamanho da mansão do meu pai quando Derek estacionou o carro, para uma pessoa que não gosta de ostentar, meu pai está se saindo um ótimo milionário. Derek abriu a casa e me ajudou com as malas, ele disse que tinha a chave, pois, passou anos olhando a casa para o meu pai.
  Dei uma volta pela casa, pelo jeito não tem ninguém em casa mesmo, então sento na sala e ligo a televisão, esperando meu pai e meu irmão voltarem. O que para a minha surpresa não demorou nem vinte minutos, logo escutei o barulho do carro estacionando.

- Achei que pelo menos ia me buscar - Falo assim que vejo meu pai entrar.

- Ethan? - Ele me olha surpreso.

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Oi gentee

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