25 | kiss here

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Madison Covey

— chapter twenty-five —

Kiss here


Hoje faz exatamente três semana desde que nós nos casamos e tivemos uma DR conturbada, uma noite de cumplicidade e carinho, e paramos na cama — bom, nós chegamos lá, até o maldito celular dela tocar, porra, que raiva. Desde então Emily tem andado muito ocupada no trabalho o que receio que era um jeito de me ignorar e, essencialmente, o Asher quando o trazia pra cá.

E agora nesse minuto, era esse momento. Asher estava na sala vendo Hotel Transilvânia 2 enquanto eu preparava alguns mini sanduíches pra gente. Quando eu digo a gente, quero dizer: eu, Asher e Emily. Da qual estava presa no escritório estudando casos que Mia a deu e certamente revisando matérias que perdera. Pois sei bem que seu hobby favorito era sair tarde da noite na ponta dos pés.

Emily nem sequer desceu pra falar "oi" pro loirinho e provavelmente nem falaria "tchau", porque não iria permitir. Tem quatro dias que Asher quer vir pra cá contar todas as novidades pra nós duas. Queria o levar para praia, pra esquecer um pouco dos problemas de dentro de casa, mas o tempo não estava do meu lado pra isso.

— Tô com fome tia. — Asher apareceu com um beicinho no rosto. — Tia Emy não vai comer com a gente não?

Não, amor. — meu coração quebrou ao vê-lo murchar. — Mas a tia tá aqui pra ver todos os desenhos com você.

— Eu sei tia, gosto muito disso, mas queria vê ela também, saber se tá bem ou não. confessou, e mesmo com dó, foi minha vez de ficar mal. — Mas tudo bem, eu te amo, tia. Vou te contar tudo que aconteceu nesses dias, estou ansioso. — apenas concordei.

Esperava ouvir paciente tudo que passou, e o motivo do seu sorrisinho. Se fosse em outra situação teria o incentivado a ir até o escritório apenas para levá-la um pouco de alegria. Mas eu não sabia em qual pé Emily tinha acordado está manhã, e ferir os sentimentos dele não era uma opção. Porém seu olhinhos tristes me fizeram cogitar machucar os meus naquele momento.

Por muito custo, o deixei comendo e assistindo televisão na sala enquanto eu ia sequestrar a workaholic no seu santuário. O escritório estava um silêncio quando adentrei devagar, vendo Emily com os olhos focados na tela do computador e mordendo a tampa da caneta preta. Respirei fundo, não era o momento para imaginar coisas obscenas, mas sentia saudades.

— McCannen — sim, o apelido amor e vida tinham morrido aos poucos pra mim. —, vamos comer, o Asher quer te ver.

— Estou ocupada, Covey. Não está vendo? — e pela parte dela, todo o carinho tinha ido embora também. — Fala que eu..

Fechei a porta atrás de mim com certa força que ocasionou em um estrondo alto, me apoiei na sua mesa e abaixei a tela do seu computador, proferindo em seguida:

— Fala você. Porque vai ser você que irá destruir o coração dele, não eu.

Soltou a caneta e me encarou com um olhar hesitante.

— Eu não vou destruir o coração dele.

Aquele momento foi o mais longo em que mantivemos um contato visual além de sete segundos.

A wife for meOnde histórias criam vida. Descubra agora