08 | is it for me?

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Emily McCannen
3pm

— chapter eight —

Is it for me?


Era segunda de novo e eu estava evitando Madison desde que me pegou na beira da praia chorando. E meu dia estava começando com o famoso Bryan Cooper. Estávamos bem perto das primeiras avaliações do bimestre e como eu era a nerd, que ninguém até então não sabia que o único tempo livre pra estudar que tinha era de madrugada. Mas não hoje, com a folga que a consegui da boate por muito custo, poderia utilizá-la muito bem com o cara que vivia sempre com um sorrisinho presunçoso por saber demais (coisa que eu duvidava)

O que não deixou Madison muito feliz — afinal, eu tive que contar que não voltaria pra casa tão cedo —, mas aquilo não era relevante agora. Iria a evitar até esquecer daquela noite, e amanhã teria que dobrar minha carga horária no Luxury — o que significava que teria que voltar pro meu antigo apartamento que nem deve ter mais um sofá.

Era por isso que estávamos estudando na Sweet Donuts, onde eu esperava que ele não tentasse praticar suas investidas idiotas em mim. Eu não dormiria com ele nem se me pagassem.

— Argh.. Isso é mais difícil do que eu pensei. — gemeu frustado. — Talvez eu não devesse seguir essa carreira. — bateu as mãos na testa.

— Ei, — chamei sua atenção. — você escolheu Direito porque gosta. Vai dar certo! — voltei a  folhear as folhas com palavras difíceis. — Vamos, tente se concentrar.

(play ty dolla sign – paranoid, 0:00)

Obtive sua atenção por longas horas que quando ele menos percebeu já tinha me respondido perfeitamente todas as perguntas que tivera dúvidas antes. Sorrimos satisfeitos de dever cumprido. E o que eu temia estava prestes a acontecer. Bryan se apoiou na mesa aproximando seu rosto do meu, minha respiração falhou no instante em que sua mão segurou meu rosto.

— Bryan, não me entenda er..

Uma voz conhecida me salvou, me fazendo respirar tranquila porque ele voltará lentamente pra sua posição original.

— Eu não faria isso se fosse você, Bryan. — sentou-se ao meu lado no banco acolchoado, repousando sua mão na minha mão que estava no estofado pra transmitir confiança e tranquilidade. — Indico você aprender a estudar sozinho, botar a cara nos livros em vez de tentar se enfiar onde não lhe convém.

Ele fechou a cara me olhando, porém sorrindo logo em seguida.

— A grandiosa Madison Covey defendendo o que deve ser seu por dir.. — o cortei.

— Não termine essa frase. Não sou propriedade pra ter dona, reveja suas ideologias porque pra ser advogado precisa ser imparcial e não um machista ultrapassado.

Fitei Madison que entendeu o que quis dizer, logo tratando de se levantar para irmos embora. A morena num gesto rápido pegou o copo que ele bebia e cuspiu dentro, sorrindo em seguida pra depois sussurrar: sorte sua que eu apareci ou ela não ia ter pena de comer seu fígado. Rolei os olhos, ela parecia uma criança quando vê um adulto brigando com algum colega que não gosta.

Pegou meu livro e algumas folhas que faltavam, correndo pra me acompanhar. Bryan tentou me convencer a ficar e aceitar suas desculpas idiotas, mas sua voz já estava longe demais dos meus ouvidos. Madison me seguiu até meu carro do lado de fora, o que não perdeu tempo entrando logo em seguida.

Ficamos em silêncio enquanto eu dirigia tranquilamente no trânsito.

— O que você estava fazendo lá?

A wife for meOnde histórias criam vida. Descubra agora