A wife for me

20 | i hate you, all my heart does it

Emily McCannen

— chapter twenty—

I hate you, all my heart does it

— Nada de estojo em cima da mesa, ouviu Sr. Mackenzie? — o professor Palms, de Direito Trabalhista, olhara feio pro meu colega de sala que estava bem atrás de mim. Hoje seria o início das provas do primeiro bimestre e eu não estava tão confiante para realizar aquela avaliação, o único motivo plausível para isso era ninguém mesmo que: Madison Covey.

Minha mente só remetia aos seus beijos molhados e a forma como ela..

— Srta. McCannen, posso aplicar o teste ou a você continuará no mundo da Lua?

Viram o que ela estava me causando (!) além da alta vontade de me jogar naquela cama com aquele corpo esculpido pelos melhores deuses da história. Argh! Madison não era flor que se cheire, aposto que aquela obra de arte já foi mais visitada que a própria Monalisa.

— Não não, estou cem por cento aqui!

Professor Palms contara os papéis para distribuir por fileiras e eu tinha escolhido o pior lugar para me sentar: no meio. Onde os que estavam ali por obrigação dos pais, colavam a toda brecha que o senhor (não tão velho assim) dava — ele na verdade não estava nem aí pra gente, mas um boato dizia que os professores ganhavam um extra apenas por pegar o aluno no pulo.

(play blackbear – high1x, 0:00)

E eu sentei na frente da pior pessoa que podia, Brandon Mackenzie, o famoso turista. A bambambã que só aparecia quando sentia vontade e flertava descaradamente com qualquer uma da sala, inclusive comigo, ele ficava mais no meu pé do nos das outras.

— Ei Ruivinha, qual a resposta da número dois? — cutucou minha costela enquanto falhava no tom da sua voz, o professor olhou em nossa direção, mas ignorou, provavelmente Brandon deve ter fingido muito bem pra que o bigodudo voltasse ao seu jornal. — Qual é Ruivinha, é só uma prova, vamos me ajude!

— Uma prova que não é em dupla, e não me chame de "Ruivinha", você não tem intimidade pra isso!

Voltei às questões da qual forçava minha memória a lembrar daquele conteúdo, mas nada vinha. Na minha nuca meu cabelo fora posto para o lado direito, fazendo um ponto cego favorável ao garoto atrás de mim. Brandon assoprou minha orelha para chamar minha atenção, o que fez meu corpo reagir — fechei os olhos por alguns segundos até perceber que ele trocara nossas provas sem o menor esforço.

— Viu, você podia ter evitado tudo isso. — assoviou. — Sabe, eu sei que você tá noiva e tal, mas se quiser uma ajudinha depois, só me chamar! — olhei de canto de olho e o vi beijar os dedos, rapidamente os colando em mim, como um "quase beijo". — Gosto de ajudar as pessoas!

Argh.. Que ódio desse garoto.

— Sr. Mackenzie, tem algo de especial na minha avaliação pra fazê-lo sorrir tanto? — Palms se pôs de pé, vindo em nossa direção.

Brandon iria responder, mas fui mais rápida.

— Sabe professor, acho que posso perguntar o mesmo — me inclinei, podendo ver o desespero em sua face. — Brandon não parava de me cutucar e sussurrar baixarias no meu ouvido... — lancei um olhar contido pro professor que estava comprando toda minha encenação, era maravilhoso ser aluna exemplar por causa dessas coisas. — Ele ainda não entendeu que eu estou noiva e não quero nada com ele. — entortei a boca.

O olhar rígido do professor fitou o garoto.

— Sr. Mackenzie, entregue sua avaliação e vá direto para sala do diretor!