33 | maybe... i love you

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Madison Covey

— chapter thirty-three —

Maybe... i love you

E a tão amada quarta chegou! Tudo já estava planejado na minha cabeça, o primeiro passo era preparar levar um café da manhã pra ela. Ainda era cedo, umas cinco e vinte da manhã, o sol ainda estava por nascer totalmente. Era a hora perfeita para começar parte do dia, mesmo sabendo que seu real aniversário era amanhã e que ela voltaria a dormir depois de comer.

— Meu filho, calma aí. Mommy tá ocupada. — vira e mexe Little John estava escalando minha calça moletom, pra ficar nos meus braços e tentar roubar o que eu preparava. E na última ele roubou um pedaço do ovo frito, bufei. O coloquei no chão pela milionésima vez e o mesmo saiu contente pra sala. Crianças, rolei os olhos.

Terminei de preparar todo o banquete pra uma única pessoa e rumei escada acima, abri a porta com o pé, deixando a mesinha portátil no canto onde eu tinha dormido. Emily estava deitada de lado segurando o lençol abaixo do rosto, seu corpo todo era coberto pelo edredom grosso que usamos a noite — Nova York decidiu esfriar mais do que o normal hoje. Os primeiros raios solares batiam no seu rosto angelical, arfei apaixonada por aquela cena.

De forma sutil tirei uma foto, logo a colocando como plano de fundo do celular.

Preguiçosamente me arrastei pro seu lado, passando a mão em cada mínima parte do seu corpo até parar barriga fazendo alguns círculos, a sentindo despertar logo depois de beijar abaixo da sua orelha. Emy murmurou que não queria levantar agora e pediu por mais dez minutos.

— Poxa, você vai fazer mesmo desfeita do meu café da manhã? — rocei o nariz no seu pescoço, o beijando, a vendo se arrepiar. — Dorminhoca — ri baixinho, observando a criança tentar roubar o que não podia. —, nosso filho vai comer seu café se você não levantar. — sussurrei descontraída.

— Acho que se eu te dar mesmo um filho essas suas palavras nunca mais sairão da sua boca de tão boba que você vai ficar. — bocejou, entrelaçando nossas mãos sob sua barriga. — Mas você sabe que.. isso não vai rolar, certo?

Arfei triste, estava falando sério ontem. E meu sonho era ter um garotinho moreno com os olhos esverdeados dela, mas eu respeitava. Sabe, respeitava que não era o momento pra isso, mas eu seria imensamente feliz se eu pudesse mima-lá de todos os jeitos possíveis. Porém ela não queria isso. Não por agora.

— Ei, não fica assim, só não quero que crie expectativas pra algo vazio. Tenho medo, Mady, mas ainda sim, por favor, não fica assim. — se virou embaixo de mim, segurando meu rosto. — E tá cedo demais pra gente pensar nisso, né? — fechei os olhos, não deixar me afetar com aquilo. — São que horas, amor?

— Cinco e trinta e dois. — observei as orbes esverdeadas, fazendo um carinho no seu rosto.

Me afastei para pegar a mesinha e por no seu colo, Emy se ajeitou melhor na cama, prendendo os fios ruivos em seguida. Resmungou algo sobre o horário, mas minha mente nem captou o que dissera. Ela estava tão tranquila, com o rosto livre de maquiagem e um sorriso simples nos lábios.

É Divino Pecado, estou rendida a ti.
Sentei um pouco longe com Little John perto da minha coxa, ele miava por atenção, o que não hesitei em massagear seus pelos cinzas. Ele cresceu um pouco durante esse tempo, quase não cabia mais nas minhas mãos. Ela comia em silêncio, vez ou outra me oferecia um pouco do café ou da torrada que preparei e de tanto ela perguntar, acabei cedendo. O felino pulou do meu colo e foi embora enquanto eu me apoiava ao lado dela para roubar um pouco do que mastigava. O silêncio que trocávamos era único, um gesto de intimidade suprema que nada abalaria. Fiquei pensando no que passamos até chegar aqui com um café da manhã as cinco da matina na véspera do seu aniversário.

A wife for meOnde histórias criam vida. Descubra agora