A wife for me

32 | small talks

Emily McCannen

— chapter thirty-two —

Small talks

Juro que não sei como, mas parece que uma paz foi selada. Ninguém me perturba ou me incomoda, até Miss C tem me dado uma folga depois de tanto tempo no meu pé. Estava tranquilo demais, então era melhor aproveitar esse momento.

Meu celular tocou, logo o atendi. Era Madison querendo saber o tipo de doce que eu gostava porque Mia queria fazer um bolo pra me agradar. Porém, acho que era uma mentira barata apenas para que comemorássemos meu aniversário, pois era dois dias antes da tal festa.

— Mady, eu como de tudo. — falei baixo, deixando que Noah assumisse o controle do que carrinho do mercado.

— De tudo, uh? — era perceptível a ambiguidade no seu tom de voz, era só dez da manhã pra ela está pervertida assim. — De preferência eu, né?! — riu sozinha. — Mas sério, ela... — a linha ficou muda pra voz da Mia surgir. — Chega de sacanagem vocês duas, são só dez da manhã pra você estarem fazendo essa sex call. Agora me responde Emily, qual sabor você mais gosta?

— Morango com chocolate, sem muito enfeite, só chantilly. Em hipótese alguma usem amendoim.

— Tá tá, você vai gostar. Beijo beijo, vou passar o telefone pro poço de carência ao meu lado, mulher faz alguma coisa porque ela tá demais. — mordi o lábio inferior sem graça, tudo que Madison tinha de perversão ela tinha de carência. — Ela tava conversando ainda agora sobre bebês com Asher, agora meu filho tá me pedindo um irmãozinho pra brincar. — bufou. — Só controla sua mulher, please.

— Pode deixar, Mia, vou domar ela direitinho! Eu vou..

— Não! Sem detalhes sórdidos, essa parte da vida dela eu não preciso saber!

Gargalhei com sua resposta, conversei poucos minutos com Madison antes de desligar a chamada para terminar de comprar nossos cafés perto da faculdade. Noah tinha um brilho diferente no olhar.

— Mais um aninho de vida, achei que ia demorar pra você ficar tão velha assim.

— Noah?! Você é dois anos mais velho que eu, tá falando o que?

Ele deu de ombros.

— Não sou eu que vou abdicar meu trabalho, sweet. — riu. — E você tem espírito de velha, por favor né.

Assenti, puxando o ar.
Brigar com uma criança não daria em nada.

(...)

— Olá, esposa. — sussurrou, como se estivesse degustando a palavra. Madison tinha sua mochila com uma alça no ombro esquerdo, um coque no cabelo e seu inseparável moletom de algum jogo quando me encontrou no refeitório. Enfim, lindeza! — Podemos comemorar seu aniversário hoje? — encostou a cabeça na mão sobre a mesa metálica.

Neguei rindo da sua ansiedade.

— Não, tenho muito o que fazer hoje. — e era verdade, tinha que por algumas matérias em dia, dançar a noite, tirar um cochila na aula de ética, etc.. — E meu aniversário é na quinta, creio que você pode esperar até lá pra me dar, bom, seja lá o que você irá me dar. — ri descontraída.