27 | you're making everything getting tough to deal

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Madison Covey

— chapter twenty-seven —

You're making everything getting
tough to deal

Antes de me julgar, veja o meu lado.
É, isso mesmo. Se ponha na minha posição e veja tudo com a minha mente e coração. Porra, tá tudo bagunçado desde que eu me deixei levar e admiti estar apaixonada por ela. Sei que nessa área do amor, a gente tende a cometer loucuras e a minha foi não segurar bem as pontas. Sei que ainda é recente mas a única coisa que não me tira a dúvida é:

Por que eu consegue me conversar com uma Stripper mas não com minha esposa que diz me amar?

Eu sinceramente não achei a resposta pra isso até agora. E agora ela sabia do divórcio, da quebra do contrato, mas eu não pensei antes de ir e fazer. Estava com muita raiva, hoje menos do que antes. Emily não falou o resto da noite comigo, o que me fez sentir culpa por aquilo, vi o jeito que me olhou triste quando disse que não queria seu cheiro em mim de — me sentia a pior pessoa do mundo por agir igual criança.

— Você sabe que isso infringe o contrato, não sabe? — a voz grossa me fez ter calafrios. Acenei positivamente. — E o que você quer que eu faça? Mágica e tudo suma?

Ethan debochou.
Merda, sabia que não devia recorrer a ele. Ele não era confiável.

— Não, eu só quero saber quais são as consequências disso. — não o encarei, esperei que dissesse todas as cláusulas que estava quebrando. — Cacete! — o fitei. — São muitas..

— Cláusulas? Sim. E você quebrou todas elas. — bateu o papel na mesa e me olhou feio. — Que merda você fez com minha sobrinha? — semicerrou o olhar. — Madison, Madison, você não sabe com quem se meteu. — engoli o seco. — Seu pai sabe disso?

Neguei.

— E o que te fez achar que isso era o certo? Porque quem irá perder esse jogo não sou eu.

Cinco segundos.
Foi o máximo até concluir:

— Ela mudou, e eu não conseguir saber como agir.

Ethan juntou as sobrancelhas e me lançou um sorriso travesso.

— Ora ora, você descobriu o segredinho sujo dela, então? — fiquei quieta. — Ela é tão..

Hipócrita. Era isso que ele era, como um tio pode falar assim da sobrinha? Sangue do sangue? Esse homem me dava nojo, e só de imaginar o final daquela frase não hesitei em lhe deixar um tapa muito bem dado naquele rosto. Sua mão ficou presa na bochecha vermelha quando virou-se pra me encarar.

— Você acaba de ganhar sua passagem só de ida pro inferno. — ironizou. — Está ciente disso não está?

— E você está ciente que mais um pouco eu não te bato mais? — rebati. — Não volte nunca mais a falar dela assim, caso isso aconteça, reze pra ver o diabo e não a mim!

Peguei minha bolsa, caminhei pra porta. Precisava beber pra tirar aquele gosto amargo da boca, gosto de poderia ter batido mais. O celular no meu bolso vibrou, sinalizando que uma mensagem tinha chegado. Apertei o botão do subsolo e desbloqueei o aparelho.

A wife for meOnde histórias criam vida. Descubra agora