Capítulo 11

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Jade Bueno

– o que? – pergunto pra ver se eu entendi direito.

– é isso mesmo amiga, eu sei que é difícil mas tenta se acalmar – minha amiga fala e eu a encaro.

– seus parentes acabaram com a minha vida e você quer que eu fique calma? – pergunto e ela respira fundo.

– eu não tenho culpa, não sei o que o seu pai fez pra eles mas meu primo não seria injusto com ninguém – ela me olha e eu a olho incrédula.

– você tá dizendo que o meu pai teve culpa de ser morto por eles ? Eu vou embora agora mesmo – falo e ela segura meu braço.

– amiga, você não pode – arqueio a sobrancelha – eles não deixar você sair, parece que tem algo que eles querem e o seu pai deixou com você – fala e eu já começo a me irritar.

– eu não vou conversar com ninguém, muito menos entregar o que quer que seja que eles estão atrás – falo irritada puxando meu braço.

– amiga, eu só quero o seu bem se eu pudesse juro que deixaria você fazer o que quiser mas eu não posso – fala abaixando a cabeça.

Realmente, a minha amiga não tem culpa de nada disso.

Quem matou o meu pai foi o monstro do primo dela.

– tudo bem, eu falo com eles – falo e ela da um meio sorriso.

– já acabou a cena de melhores amigas perfeitas ? –  ele pergunta e o olho com nojo.

– você sabe que não precisa disso – minha amiga fala e ele dá de ombros.

– não tô nem aí com o que você pensa, meu papo é com sua amiga aí – fala olhando pra mim.

– já tô ouvindo – falo encarando ele que me encara de volta.

– você já sabe que tem algo que é meu, só me entregar e não teremos problemas – olho pra ele com deboche e reviro os olhos.

– eu não tenho nada que seja “seu” – falo fazendo o gesto com os dedos – e mesmo se eu tivesse pode ter certeza que eu não te daria – vejo ele me olhar com fúria cerrando os punhos.

– olha, eu tentei pelo jeito fácil mas você não colabora – falou se aproximando de mim.

– não toca a mão nela – minha amiga fala tentando vim até mim mas é impedida por um dos seguranças dele.

– cala a porra da boca, você não tem nada haver com isso – grita fazendo a minha amiga ficar quieta.

Ele chega mais perto e fixa seu olhar em mim.

– eu já disse que não sei de nada, o que você ainda quer comigo – falo me segurando na barra do mezanino.

Ele está perto demais de mim.
E me encara de uma forma que me faz arrepiar.

– ficou com medo? Ainda nem comecei a brincadeira – fala segurando no meu braço.

– me solta – falo tentando tirar as mãos dele de mim mas falho até por que com o tamanho desse homem com um empurramos ele me desmonta inteira.

– vamo parar de enrolação, já que você diz que não tem o que eu quero vai fazer algo pra mim – fala e eu respiro fundo esperando ele continuar – você vai pra Itália, irá se casar comigo e fazer exatamente tudo o que eu mandar.

– quê? Você não pode fazer isso, eu não vou – grito na cara dele que segura meu queixo com força.

– você vai, e acabou – fala firme.
Quem ele pensa que é pra me obrigar a casar com ele?

Só se eu tiver louca da cabeça.

– há e só pra avisar que se você tentar alguma gracinha eu acabo com a sua mãe, já matei o pai não vai mudar muito a minha vida de matar a sua mãe né – fala e eu sinto todo o meu corpo arrepiar.

Eu e a minha mãe não nós damos muito bem mas eu não quero que nada de ruim aconteça com ela.

Será que esse cara tá mesmo falando sério?

– Olívia né? – ele fala me mostrando fotos da minha mãe em vários lugares diferentes – já te mostrei do que eu sou capaz, você tem até amanhã pra arrumar as suas coisas, Buonasera  (boa noite)
Ele sai com seus seguranças me deixando sozinha com a Giane.

Me sento no chão e as lágrimas começam a cair.

– como a minha vida virou do avesso tão rápido assim? – pergunto em meio as lágrimas e a minha amiga se ajoelha na minha frente.

– amiga me desculpa, eu vou falar com meu irmão eu não vou deixar você sozinha nessa, se precisar eu vou pra Itália também – fala me abraçando.

Pelo menos eu ainda tenho a minha amiga.

Como eu queria um abraço do meu pai.

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