Capítulo 7

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Leonardo Moretti

– você não pode fazer isso comigo – esbraveja irritada.

– eu posso fazer o que eu quiser, e isso é só o começo quando voltarmos pra casa seu castigo vai ser pior – falo e ela me olha com medo.

– vai me deixar presa nesse quarto o dia inteiro e com fome? – pergunta e eu dou um sorriso amargo.

– quando era pra fazer com os meus filhos você não ligou pra isso né – pergunto e ela da de ombros.

– quando você vai entender que eu não tô nem aí pra esses dois? Você me obrigou a ter filhos com você e eles não servem nem pra parecer comigo – ela fala e eu cerro os punhos.

Tenho que me segurar pra não matar essa vagabunda aqui mesmo.

Chego perto dela e aperto o seu pescoço a encostando na parede.

– se você falar de novo assim dos meus filhos eu acabo contigo, você tá me desafiando assim por que não estamos em casa mas quando chegarmos você vai pagar por cada palavra que você disse – ela me olha com um sorriso debochado no rosto.

– acho melhor você tentar logo, depois pode não ter oportunidade – fala e eu acerto um tapa em seu rosto fazendo ela cair no chão.

– se preocupa não, pode ter certeza que eu vou ter muito tempo pra acabar com você – falo saindo do quarto e a trancando por fora.

Vou até o quarto dos meus filhos e os vejo sentados encarando a parede.

As vezes eu acho que eles merecem ter um tratamento melhor mas eu fui criado desse jeito e não sei agir de outra forma.

Então não deixando faltar nada pra eles já tá bom.

– Andiamo – falo e eles se levantam.

– Buongiorno papà – a Poliana fala.

– Buongiorno – o Lorenzo fala.

Eles estão estranhos.

Eles geralmente são quietos mas tem algo incomodando.

– Che cosa sta succedendo ? (O que está acontecendo?) – pergunto e eles me encaram.

– nada – o Lorenzo fala.

Ele sempre teve medo de mim, eu nunca encostei o dedo em nenhum deles mas uma vez ele me viu castigando a Sayuri e ficou com isso na cabeça.

– já disse pra não mentir pra mim – falo e ele abaixa a cabeça.

– Papà, é verdade que ninguém gosta da gente? – a Poliana perguntou e aquilo de certa forma doeu em mim.

Eu não sou muito de sentir nada por ninguém mas ouvir a minha filha me perguntar isso com certeza mexeu comigo.

– quem falou isso pra vocês – falo irritado.

– a Mamma que contou pra gente, que nem ela nem o senhor gostam da gente só suportam por que nós somos seus filhos – ela fala e eu sinto meu sangue ferver.

Eu sinceramente não sei o que responder.

Meus filhos acham que eu não gosto deles?

– é tudo mentira, não acreditem em nada do que a mãe de vocês falar tão me ouvindo? – falo e eles assentem.

Descemos pro café, as crianças sentam ao meu lado junto ao meu pai e ao Giovanni.

Desde quando chegamos eu não vi a minha mãe em lugar nenhum.

– onde está a Mamma?  - pergunto ao meu pai que se embola pra responder.

– a sua mãe está indisposta, quem sabe não desce depois? – fala e eu o olho desconfiado.

Depois irei ver se a minha mãe está bem mesmo.

A tal da Jade chega cumprimentando a todos com aquele bom humor que me dá nós nervos.

Odeio gente muito alegre que fica esbanjando felicidade.

Isso me incomoda demais.

Depois de um tempo a maioria das pessoas decidem ir pra piscina e eu apenas observo a todos.

Vejo meus filhos também apenas observando.

Eu poderia deixá-los entrar só um pouco né?

Mas aí eu iria voltar atrás de uma decisão minha.

Não, melhor não.

Vejo a Jade se aproximando deles e puxando conversa.

No início eles a ignoram mas depois começam a conversar com ela.

Depois de uns minutos de conversa vejo a minha filha vindo em minha direção.

– Papà? – fala.

– sim?

– será que eu posso brincar no jardim com a tia Jade?

Olho pra ela que está me encarando ao lado do Lorenzo.

– pode ir, se o Lorenzo quiser diga que também pode mas tome cuidado e qualquer coisa é só me chamar – falo e ela assente.

– obrigada Papà – fala e logo sai indo em direção aos dois.

Logo eles saem e eu os observo de longe.

Acho que posso deixar eles serem mais crianças.

Logo eles saem do meu campo de visão.

Me levanto e caminho devagar.

– então, quantos anos vocês tem? – a Jade pergunta e a Poliana logo responde.

– eu tenho 5 anos tia – ela sorri como resposta e espera o Lorenzo responder e o mesmo da de ombros ignorando ela – liga não tia ele é chato igual o meu pai

Igual a mim?

– eu não sou chato, e vou dizer pro meu pai que você falou isso dele – fala indo pra cima da irmã.

Ia interferir quando vejo a Jade tomando total controle da situação.

– ei ei, vocês são irmãos um tem que proteger o outro – fala e o Lorenzo pede desculpas pra irmã.

Chego e pergunto o que aconteceu.

O Lorenzo fala a verdade mas não dedura a irmã ter me chamado de chato.

Esse tem o sangue dos Moretti.

(Avisinho)

vi que uma leitora pediu pra mudar o espaçamento dos parágrafos pra vocês poderem comentar.

Espero que esteja melhor ☺️

Não esqueçam dos votos ❤️

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