Breaking rules

Capítulo 14

Jade Bueno

Não posso negar que aqui tem muitos lugares lindos.

Mas o que tá me deixando um pouco mais feliz é alegria das crianças.

O Leonardo está do outro lado do jatinho o que me deixa mais confortável.

Nós conversamos abertamente sem ter que nos limitar, os melhores momentos serão quando eles não estiverem.

Se é que terá algum momento bom.
Depois de mais alguns minutos acabamos de chegar na mansão onde o Leonardo mora.

Eu realmente estou impressionada na beleza dessa casa.

Também, não estaria menos de alguém que é líder de uma máfia.

O tanto de seguranças que essa casa tem, eu só havia visto em filmes.

Sou apresentada a casa inteira.

Agradeço mentalmente por não ter que ficar no mesmo quarto que o Leonardo.

Pelo menos por enquanto.

Já faz umas duas horas que a Giane tá me falando um monte de baboseira.

– desisto – minha amiga fala se levantando impaciente – você não pode apenas aceitar as regras e ponto?

Respiro fundo.

– só homens trabalham? Não olhar pra outras pessoas a não ser que seja chamada? – repito as regras estúpidas que ela tá me “ensinando”

– você acha mesmo que eu vou seguir isso aí?

– você não tem querer, fala assim mas quando você levar um castigo do Leonardo nunca mais vai querer quebrar uma regra – fala e eu reviro os olhos.

Ele não me bateria né?

Ou bateria?!

Prefiro pensar que não.

Agora estamos todos na sala, Leonardo, Giovanni e o seu pai conversam sobre algum evento que vai acontecer e o Leonardo parece não querer ir.

– vamos, vai gerar muito lucro – o Giovanni fala.

– vai ter lucro eu indo ou não, e eu não quero ir – fala.

– vai ter muita mulher também – o Luigi fala e eu olho pra Elisa que está visivelmente desconfortável.

– fala de novo pra você ver se eu não arranco todos os dentes da sua boca, velho desgraçado – o Leonardo fala indo encima do pai mas é parado pelo Giovanni.

– já chega né – fala o Giovanni – o Leonardo não vai e pronto.

– não entendo o por que você não vai – Luigi insisti – o que te impede de ir ?

– tenho filhos pra criar, não sei se você lembra – fala e o pai revira os olhos.

Com certeza isso é mentira, com o dinheiro que esse homem tem, da pra ele contratar umas trezentas babás pra cuidar das crianças.

– não me diga que você arranjou essa daí só pra tapar o buraco da Sayuri, ela é sua esposa é obrigação dela cuidar dos seus filhos, e eu não vejo problema nenhum nisso não é mesmo Jade? – fala.

E agora que eu não sei se respondo ou não.

Acho melhor responder.

Não quero que ele ache que eu me importo com o que ele faz ou não.

Eu gosto das crianças, apenas.

– não vejo nenhum problema – falo e já me arrependo levando uma cotovelada da Giane.

O Luigi me olha com um sorriso debochado e encara o filho.

Leonardo me olha como se fosse voar encima de mim a qualquer momento.

Ué?

Achei que quando perguntassem eu deveria responder.

Depois de alguns minutos todos vão embora e eu fico sozinha com esse monstro.

Ele entra na sala e me encara parando na minha frente.

– venha, vou te ensinar uma coisa – ele fala subindo as escadas e eu o sigo.

Ele para na frente do meu quarto e entre.

Depois que eu entro ele fecha a porta e chega perto de mim.

Ele se aproxima me fazendo encostar na parede.

Ele sobe uma mão até o meu rosto e passa os dedos sobre os meus lábios.

– essa boca aqui, só vai abrir pra falar alguma coisa quando eu mandar, tá entendendo? – ele fala e eu o encaro sem dar resposta.

O que ele tá fazendo?

Ele vê que não obtém resposta e me olha com raiva.

Ele me puxa pra frente e me empurra de volta na parede fazendo eu bater as minhas costas.

Segura meu pescoço com força me fazendo perder o ar.

– me solta – falo com dificuldade e segurando o pulso dele.

– agora? Mais eu acabei de começar – fala e eu tento respirar mais cada vez mais vai piorando – por que não me respondeu quando eu perguntei?

– me desculpa, não farei de novo – quase não consigo terminar a frase e ele me olha com um sorriso satisfeito.

Ele me solta e eu me apoio em seu braço pra não cair.

Abaixo a cabeça recuperando o ar e ele a levanta.

– sua sorte é que você não pode ter hematomas no casamento, mas me deixa falando sozinho de novo pra você ver o que vai acontecer – fala saindo do quarto me deixando sozinha.

Me encolho na cama e começo a chorar.