Capítulo Dezenove

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Dias se passaram, com eles eu melhorei o controle dos meus poderes, Abigail estava orgulhosa. Ela se tornou com uma mãe, mas seus resmungos me lembravam de minha avó.

Com Henry? Beijos eram dados escondidos ou no convés durante a noite, longe dos olhares curiosos da tripulação.

As vezes eu sonhava com ele, as mãos de Henry no meu cabelo, no meu corpo, sua boca no meu pescoço. Mas nada passou além disso, ainda não estava preparada para dar outro passo, ainda me sentia insegura.

Amanhã o navio pararia na ilha com o templo, eu realmente não sabia o que esperar, mas estava com medo. Até o meu poder parecia estar quieto demais dentro do meu peito.

Estava com Henry no mesmo lugar onde bebemos até ficarmos bebados, o braço do garoto estava sobre meus ombros e minha cabeça estava apoiada no seu ombro.

Tínhamos comigo o jantar e agora estávamos em silêncio, apenas escutando o vento e o mar.

- Eu estou com medo.

- Medo de que? De furar o dedo e derramar algumas gotas de sangue?

- E se...se a profecia pedir para eu morrer?

- Não vai pedir isso.

- Foi o que a Aleksandra me falou, a morte é imprevisível, nem os Santos sabem quando ela pode acontecer... Se for para morrer amanhã, eu quero que você faça.

Henry tirou o braço dos meus ombros e sentou com a postura reta, eu olhei para ele.

- Sophia...

- Você ou Jack, apenas...faça. Claro que eu vou rezar para que eu esteja apenas me preocupando atoa e que amanhã seja mais simples.

- Eu não vou fazer isso. Eu já matei muitos piratas que tentaram roubar meu navio, mas eu nunca conseguiria matar você.- sorri fraco.

- Apenas faça, me prometa.- Henry demorou longos minutos até responder.

- Prometo.- disse com um voz baixa.

Segurei seu rosto e beijei seus lábios, sua mão foi para minha cintura me puxando para perto.

Naquela noite eu sonhei com Aleksandra, ela estava a mesma des da última vez que eu a vi, mas a Santa não falou uma palavra.

- Amanhã eu quebrarei a maldição, eu espero que você tenha misericórdia e de liberdade para esses piratas e que eu não precise fazer nenhum sacrifício.

A Santa balançou a cabeça e me olhou, sua expressão de arrependimento.

- Me desculpa.

Eu acordei no primeiro raio de sol daquela manhã.

A Maldição dos SantosOnde histórias criam vida. Descubra agora