Albus Potter e o Mistério do Espelho - VOL. 1

Capítulo 2 - O professor Dumbledore

Quando a cerimônia de abertura do ano letivo se encerrou, a diretora Minerva McGonagall, ordenou que os monitores das quatro casas de Hogwarts, conduzissem os alunos novatos e veteranos, para suas respectivas comunais. A última visão que Albus acabou tendo do salão principal, foi da multidão de estudantes lhe encarando, todos surpresos, mas nada lhe deixava mais infeliz do que os olhares de seu irmão James e de sua prima Rose, que pareciam desolados. Acompanhando os demais membros de sua casa, Albus então foi para o salão comunal.

— Um Potter em Slytherin? Que desgraça! — comentou uma voz feminina, baixinho, durante o percurso dos alunos.

— Eu soube que ele é adotado. Os pais dele tiveram o primeiro filho, não conseguiram um segundo, pois tentaram várias vezes terem um segundo e não conseguiram, até adotarem ele. Foi quando, por milagre, tiveram uma terceira. — disse outra voz feminina.

— Ele provavelmente vai ser deserdado. — disse um garoto, rindo — Talvez o Harry Potter mereça esse carma. Julgou tanto Slytherin, que um dos seus filhos acabou indo para a casa que ele mais odeia.

— Calem a boca! — exclamou uma quarta voz, sendo masculina — Não percebem? É tudo plano do pai dele, colocar um infiltrado em nossa casa, para poder nos prejudicar. Essa aberração não vai durar muito. É questão de tempo, para ele se atirar na torre de Astronomia.

Calado, sozinho consigo e cabisbaixo, Albus teve de escutar todo o tipo de crítica, durante seu caminho até às masmorras. Seus olhos brilhavam, indicando que brevemente iria desabar de choro, mas não o faria. Não na frente deles.

Albus optou por deixar que todos entrassem primeiro que ele, ficando para trás. Nem o monitor havia notado a sua ausência. Só quando todos estavam dentro do recinto, ele se permitiu passar. E assim que entrou, vislumbrou o salão comunal da casa.

O salão comunal de Slytherin, localizada nas masmorras de Hogwarts, era um salão subterrâneo e longo, com paredes e teto de pedra áspera, de onde pendiam lâmpadas redondas e esverdeadas. Havia um fogo que crepitava sob uma lareira, cujo era elaboradamente esculpida. Ao redor da comunal, haviam diversos sofás de couro preto e verde-escuro, além da decoração de serpentes, crânios, armários de madeira escura e tapeçarias de famosos bruxos de Slytherin, da era medieval. Além disso, haviam alguns retratos de bruxos destaques da casa, sendo eles Salazar Slytherin, Merlin, Severus Snape e Horace Slughorn.

Sendo mira da visão da grande maioria dos estudantes de Slytherin, Albus ignorou todos. Apenas caminhou lentamente para próximo de um dos retratos que estava em destaque no salão comunal. Era o retrato de Severus Snape. Abaixo de sua foto, havia algo escrito, em homenagem a ele.

"Em memória de Severus Snape. Professor e diretor. Que seus erros sejam abatidos e seus acertos sejam lembrados. Que a sua coragem inspire Slytherin e que seu amor inspire os corações vazios."

Albus refletiu o que leu e assim que refletiu, lembrou-se das palavras de seu pai na plataforma nove e três quartos. "Nós lhe demos o nome de dois diretores de Hogwarts. Um deles era de Slytherin e provavelmente foi o homem mais corajoso que eu já conheci", ele relembrou.

Quebrando sua linha reflexiva, alguém pareceu esbarrar nele, de modo proposital. Olhou para a causa do esbarrão, não se surpreendendo. Era Merula. Ela estava de braços cruzados, com a cara amarrada, revelando fúria. Acompanhada dela, estavam duas garotas — uma era magra, de cabelos pretos longo e a outra era farta, de cabelos negros em corte egípcio — e dois garotos — um tinha a estatura física avantajada, com cabelos castanhos e o outro era magro e tinha os cabelos oleosos louro.

— Ora, ora, ora... olha só o que temos aqui. — disse Merula em um tom de desgosto — O filho de Harry Potter em Slytherin, ou melhor... provável filho adotivo.