Albus Potter e o Mistério do Espelho - VOL. 1

Capítulo 13 - Luta contra o tempo

Uma sensação esquisita percorreu pelo interior de Ravenna. Era um aviso. Um aviso de que sua sala "sagrada" havia sido invadida por intrusos. A mulher loura suspirou, torcendo que fosse apenas um falso presságio que estivesse sentindo. Durante um momento de distração de Albus, Ravenna tomou a liberdade para verificar se os seus pressentimentos estavam de fato, corretos. Visualizou através do próprio espelho, a passagem da sala secreta e pode logo captar a presença de Rose e Scorpius. A feição dela mudou completamente ao ver as duas crianças. Desmanchou a imagem de ambos no espelho com uma raiva profunda e forçou um sorriso nos lábios, olhando para Albus.

— Creio que devemos começar o ritual, querido. — disse Ravenna, nervosa.

— Já é meia-noite? — Albus olhou para uma ampulheta que havia na sala. De acordo com Ravenna, quando toda areia tivesse escorrido, era o momento exato do ritual.

— Não exatamente, mas não é preciso tanta formalidade. — respondeu — Vamos começar com o básico, certo?

— Certo!

Havia uma mesa de frente ao espelho. Albus ficou de pé, ficando frente a frente da mulher, sendo divididos apenas por aquela mobília. De frente a mesa, haviam dois objetos: o primeiro era um cálice de ouro, ornamentado por inscrições rúnicas feito o espelho. O segundo objeto era uma adaga, cuja lâmina tinha o nome de "Ravenna" encravada.

— Vamos começar.

...

Após a passagem da dupla pela porta que dava acesso a sala secreta, muito diferente da entrada de Albus, Rose e Scorpius não estavam em um corredor. Estavam em um labirinto. Quando olharam para trás, a porta pela qual haviam passado, desapareceu. A dupla se encarou, nervosos. Vislumbraram o labirinto em estado vegetativo — aparentemente parecia o mesmo labirinto encarado por Harry Potter em seu quarto ano escolar — e a grande dimensão que tinha o lugar. Rose olhou para o alto, visualizando o céu nublado e os trovejos de relâmpagos.

— Al passou por esse labirinto? — indagou — Se sim, ele é fantástico!

— Claro que não, Scorpius. — disse Rose, cruzando os braços e indignada — É ela. Ela sabe que estamos aqui.

— Como você sabe disso?

— Intuição. — respondeu — Vamos.

Rose tomou a frente da situação, indo para a entrada do labirinto. Scorpius, por sua vez, demonstrava nervosismo, uma vez que se sentia desconfortável com a situação presente. Ele acompanhou Rose, seguindo-a. Andaram pelas passagens do labirinto, estando cercados por diversos arbustos robustos, seguindo trajetos pela direita, esquerda, para frente, etc. Após minutos andando pelo labirinto, Rose percorreu um caminho cujo não havia saída.

— Argh! — se queixou, batendo contra a parede de arbustos que indicava "fim de linha" — Nunca vamos salvar o Al. É impossível encontrarmos a saída.

Uma ventania iniciou pelo labirinto, ao mesmo tempo que um barulho começou a ser emitido pela área.

— Você ouviu isso? — questionou Scorpius.

— Sim. — respondeu — Será que...

Antes que a menina ruiva pudesse completar a sua frase, as paredes de arbustos começaram a se deslocar bruscamente pela região, como se toda a estrutura do labirinto estivesse se modificando. Tanto Rose, quanto Scorpius, trataram de se deslocar com rapidez para longe do perigo, percorrendo caminhos que de vez em quando eram bloqueados por novas paredes. Após alguns minutos de alteração na estrutura do labirinto, finalmente tudo ficou imobilizado, iniciando um novo ciclo de mapa. Rose olhou para os lados, chateada e com raiva, sentindo-se estupidamente infeliz com aquela situação. Por sua vez, Scorpius também demonstrava decepção, mas não sabia ao certo o que fazer.