Capítulo 7 - Eu acredito!

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Diferente de noites anteriores, Albus conseguiu ter um ótimo sono. E diferente de manhãs anteriores, ele havia acordado bem-humorado, inspirado e motivado a pôr os seus planos em prática. Não hesitou, ao se vestir apressadamente para sair do dormitório da comunal de Gryffindor, ignorando até mesmo os alertas de Rowan, em relação ao horário de aula que iniciaria, brevemente. No fundo, Albus sabia o que fazer, seguiria completamente o seu plano, que em sua mente, estava fadada ao sucesso.

— Preciso fazer a tia Hermione, se apaixonar pelo tio Ronald, assim Rose será filha deles, novamente. Então a Rose voltará ao normal. — comentou consigo mesmo, resolvendo o primeiro quebra-cabeça — Já o James... eu o ajudo com quadribol e depois ele começa a jogar melhor.

Se o plano antes estava fadado ao sucesso — pelo menos na mente de Albus — agora parecia um fracasso épico. Mas ele tinha que ter esperanças, poderia dar certo. E para que desse certo, ele deveria começar com os adultos.

Para fazer Hermione e Ronald se apaixonarem e ficarem juntos, primeiro Albus teria de achar uma forma de juntá-los. Ele decidiu então burlar as leis naturais de relacionamentos e resolveu desenvolver "poções do amor" — que na verdade, ele conseguiu a partir de um amigo da Hufflepuff, do sétimo ano. Cada poção tem um ingrediente que representa a essência de ambos, que obviamente sentiriam uma enorme paixonite pelo outro, assim que bebessem da poção.

O maior problema no momento, era: como fazer eles beberem? Albus havia implorado para que Ronald fosse até Hogwarts, então seria fácil fazê-lo beber. Mas como burlar a atual ministra-fascista Granger? Apenas uma pessoa podia: Rose.

— Você quer eu entre nos aposentos de minha mãe, para entregar esse mero perfume artesanal que você fez pra ela? — questionou Rose, de braços cruzados, negativa — Eu acho que não, Albus.

— Por favor, Rosie! O professor Longbottom irá me recompensar pelo meu trabalho herbológico, caso ela goste da fragrância.

— E por que eu não posso experimentar? — indagou, suspeita.

— Porque a análise deve ser feita por uma adulta. O professor Longbottom sabe que você não seria justa na análise.

— Me dê um motivo para te ajudar. Apenas um.

— Eu faço todas as atividades que você tiver pendente esta semana e ainda preparo qualquer trabalho prático que você tiver, seja em poções, herbologia...

— FEITO! — exclamou Rose, animada, pegando o frasco de perfume das mãos de Albus — Lembre-se daquela redação de História da Magia do professor Morgnstein, Potter.

A ex-ruiva e agora loura, deu as costas para Albus e segurando o frasco, rumou até os aposentos da mãe, que estava hospedada em Hogwarts, para os jogos finais de Quadribol.

— Um já foi e agora só falta outro!

Era a vez de Ronald em cair nas armadilhas de Albus. Provavelmente, Hermione já estava fascinada de paixão pelo ruivo. Sabendo do paradeiro do tio em Hogwarts, Albus começou a procurar por ele, pela escola. Acabou encontrando-lhe, a partir de um passeio que ele fazia com Hagrid, ao lado de um cachorro chamado "Canino Jr.".

— Tio Ron! — exclamou Albus, correndo em direção a ele.

— Cuidado com a minha roupa, Potter! — alertou Ronald, recuando com passos para trás.

Hermione não havia sido a única "modificada" na realidade alternativa. Ronald tinha trejeitos riquinhos e mesquinhos. Trajava um visual fino, parecendo um Malfoy, a riqueza lhe foi uma graça, ao mesmo tempo que a perda da humildade foi uma desgraça. Hagrid trocou um rápido olhar com Albus, expressando desprezo pelo ruivo.

Albus Potter e o Mistério do Espelho - VOL. 1Onde histórias criam vida. Descubra agora