Albus Potter e o Mistério do Espelho - VOL. 1

Capítulo 11 - Revelação

— Quem é Ravenna? — perguntou Rose, confusa.

— É melhor sentarem... quer dizer, melhor você se sentar, Scorpius. — disse ele, percebendo que Rose já estava praticamente sentada — O assunto vai ser longo.

Scorpius decidiu se sentar no chão, de pernas cruzadas. A atenção da garota ruiva, Rose, estava completamente em Albus. O garoto Potter, por sua vez, estava de pé, distanciado dos amigos e procurando forças para dar início ao assunto. Soltou um suspiro e depois de alguns segundos em silêncio, finalmente ele teve a chance de começar a falar.

Iniciou falando sobre a noite de detenção, a noite em que estava sendo vítima da perseguição da panelinha de Merula Snyde. Até o momento, a dupla que escutava a narrativa de Albus, ainda não estava surpresa. Foi somente quando Albus tocou no assunto da sala secreta, que acabou atraindo mais atenção dos dois. Albus então começou a descrever como encontrou a sala, como ela era, dando detalhe por detalhe. Mencionou sobre o espelho que encontrou, enfatizando que não era o espelho de Ojesed, etc. Foi então que falou sobre Ravenna, seus poderes, sua personalidade e tudo mais.

Ao contar sobre ela, voltou a entrelaçar os momentos, com o dia da aula de poções, até a realização dos primeiros desejos que pediu a Ravenna. Contou detalhadamente sobre as realidades alternativas, sobre os desejos que insistiu à loura de realizar, não deixando nada passar despercebido. Scorpius estava com os olhos arregalados, fascinado e surpreso com tudo aquilo. Por sua vez, Rose parecia confusa, parecendo não entender nada, mesmo que tudo estivesse tão bem alinhado e explicado.

Depois de uns dez minutos, Albus finalizou a história que chegou até a atualidade. Respirou fundo, sem fôlego, já que permaneceu por um bom tempo, falando. O garoto olhou para a prima e o melhor amigo, vendo suas reações.

— E então... o que acham?

— Bem, eu acho que... — começou Scorpius.

— Foi tudo coisa da sua cabeça, Albus. — revelou Rose.

O garoto Potter não compreendeu e encarou a prima que agora se levantava da maca.

— Digo, realidades alternativas? Espelho dos desejos? — indagou Rose, incrédula — Mesmo no mundo da magia, isso é completamente impossível, Al.

— Concordo com ela. — disse Scorpius, desejando se arrepender de ter dito aquilo — Se o que falou é real...

— Mas é real! — exclamou Albus, possesso.

— Alterar a realidade é algo impossível pra até mesmo o maior dos bruxos de uma geração. Nem mesmo Merlin seria capaz de tal façanha. Nem mesmo a varinha das varinhas seria capaz disso.

— Não acredito que vou dizer isso, mas... concordo com o Scorpius. — completou Rose.

— Talvez tudo tivesse sido um sonho, Al. — disse Scorpius.

— Não, não foi um sonho! — exclamou — A Ravenna é real. Tudo foi real. Eu a vi. Quando estávamos indo até a cabana de Hagrid, eu estava a seguindo. Ela clamou por minha ajuda. Não entendem?

Rose e Scorpius trocaram um olhar, preocupados.

— Se não acreditam em mim, venham comigo! — exclamou, indo até a saída.

— Para onde vamos? — perguntou Rose, ficando de pé, mostrando ótimos resultados físicos.

— Vamos até a sala secreta. Levarei vocês até Ravenna. Irei mostra-los que estou falando a verdade!

Novamente, Scorpius e Rose se olharam.

— Andem! O que tem a perder?

Albus disparou para fora da enfermaria. Scorpius acompanhou Rose, que apesar de estar curada, ainda não podia correr tão bem.