Luara Narrando
1 semana depois.
Entrei na confeitaria da minha mãe esbarrando nas cadeiras, como sempre eu estou atrasada
Estava uma correria no trabalho por conta de um lançamento de verão que uma loja que eu tenho parceria iria lançar e quase não tive tempo pra nada nos últimos dias e hoje era aniversário da minha amiga e fiquei encarregada de levar o bolo.
- bruno? -sorri pro funcionário da confeitaria da minha mãe que estava no caixa-
- oi Lua, tudo bom?
- tudo e com você?
- tudo bem, quer um bolinho? um doce? um café?
- não valeu, só vim buscar um bolo que eu pedi
- o da sua amiga né?
- isso
- já venho
Ele entrou pra cozinha e batuquei minhas unhas no balcão.
O barulho do sininho indicando que havia entrado alguém na loja me deixou alerta e logo um perfume conhecido invadiu minhas narinas.
- to começando achar que a minha teoria de criança que a lua persegue a gente tá certa -mordi o lábio e virei o rosto vendo o Lennon encostado no balcão ao meu lado-
Dês daquele dia do restaurante eu não tinha visto ele e depois das mensagens na dm não trocamos mais uma palavra, até porque eu fiz questão de bloquear ele.
Passei meus olhos de cima em baixo reparando bem nele.
Ele vestia uma camisa preta assim como a calça e nos pés calçava um tênis também preto da nike, dessa vez ele não usava boné o que deixou seu disfarce feito recentemente amostra.
Parei meu olhar nos seus lábios recém umidecidos e dei um sorriso sarcástico.
- na real é você que tá me seguindo -falei com desdém-
- eu?
- fui eu que comentei na sua foto que você tá me dando mole? -franzi a testa-
- eu to? -me olhou com deboche-
- não sei, me diz você -levantei a sobrancelha-
- Lua? -olhei minha mãe e sorri- veio pegar o bolo da Pietra? -assenti- o Bruno já foi buscar?
- aharam -sorri e ela passou o olhar pro Lennon-
- e você rapaz?
- eu vim buscar o pedido no nome de Silvana
- ah claro -minha mãe sorriu simpática- tem o numero do pedido?
- aqui -entregou um papel pra minha mãe-
- só um momento -ela sorriu e se retirou-
- aqui Lua, seu bolo -o Bruno me entregou a caixa e agradeci-
- tchau bruno
- tchau lua
Olhei o Lennon que me encarava descaradamente.
- tchau cantor -ele revirou os olhos-
- você tem dificuldade em dizer "Lennon"?
- não, só não gosto mesmo -sorri e sai andando-
Lennon Narrando
Observei a mulher sair lentamente da loja não antes de dar um esbarrão em uma das cadeiras e quase derrubar o bolo que segurava.
Doidinha.
- aqui rapaz -a moça de antes me entregou a caixa com o nome da confeitaria- já tá pago já
- valeu -sorri- você conhece aquela menina que estava aqui? -ela riu e franzi a testa-
falei alguma piada?
- ela é minha filha -sorriu e então reparei os traços bem parecidos-
- caraca -ri fraco- é que a senhora não parece ter uma filha da idade da Lua
- brigada -sorriu simpática- vocês se conhecem?
- somos amigos -umideci os lábios- é que eu perdi o número dela e esqueci de pedir de novo -menti- teria como a senhora me passar?
- claro, só um segundo
Ela anotou o número no papel e botou encima da caixa do bolo que eu segurava.
- pô, brigadão... -esperei ela dizer seu nome-
- Vitória
- brigadão dona vitória
- só vitória -sorriu-
- brigado mesmo, até qualquer hora
- até
Sorri e sai da confeitaria indo até o carro, deixei o bolo do banco do passageiro e antes de dar partida salvei o número da Lua e mandei mensagem.
Me: com L7 nenhum número fica restrito