Lennon Narrando
Toquei a campainha da casa da Lua e encostei a cabeça do batente da porta em seguida, estava cansadão de arrumar mala.
Uns segundos depois a Laís abriu a porta e sorriu ao me ver.
- fala, cunhadinho
- fala ae -deixei um beijo na sua bochecha- sua irmã tá aí?
- o corpo eu sei que tá, a alma não sei
- como assim? -perguntei confuso e ela arregalou os olhos notando que falou demais-
- nada! vai lá ver ela
Subi até o quarto da Lua, empurrei a porta que estava encostada e passei os olhos pelo quarto que estava todo revirado.
A Lua saiu do banheiro com uma toalha enrolada na cabeça e coçando o rosto que estava meio inchado.
- tava na farra, bonita? -ri-
- Lennon? -ela me olhou surpresa-
- esqueceu que eu ia passar aqui antes de viajar?
- merda -botou a mão na cabeça- esqueci completamente
- onde você foi ontem?
- eu sai com uma galera -pegou uma garrafa de água de dois litros ao lado da sua cama e deu um gole-
- uma galera? -levantei a sobrancelha e ela suspirou-
- com a galera do Pedro
- ah -fiz pouco caso-
Não sei se eu devia, mas estava extremamente incomodado com esse cara, e depois que eu pesquisei quem é ele ontem, fiquei mais ainda.
- que foi?
- nada pô -passei a língua nos lábios- custava pegar o celular e falar "Lennon, to saindo com uns amigos"
- virou meu pai? -me olhou com deboche-
- é assim que vai ser?
- olha aqui -levantou a mão- você tá vendo alguma aliança? porque eu não
- beleza, Luara. Faz o que você quiser
Sai do quarto puto e desci as escadas dando de cara com a Laís que ia subindo.
- brigaram?
- qual é a desse Ortega?
- mais um com ciúmes do Pedrinho -ela riu-
- mais um? -franzi a testa-
- todas as pessoas que se envolveram com a Lua depois do Pedro sentem um ciúmes absurdo dele
- claro, moleque folgado -cruzei os braços-
- ele é gente boa, você só tá se sentindo assim porque acha que ele tem mais a ver com ela do que com você
Bingo!
A Lua é toda ligada no 220 e tá sempre em busca de coisas novas e aquele moleque parece ser muito igual a ela e eu só sou um skatista metido a rapper.
- o que eu faço? -murmurei-
- saiba dosar o seu ciúmes, a Lua não suporta que peguem no pé dela porque ela se conhece o suficiente pra saber se as atitudes dela vão magoar ou não
- valeu, cunhadinha -sorri e beijei sua testa-
- de nada, lennin
Luara Narrando
Terminei de secar o cabelo e sentei na cama sentindo meus braços doerem de tanto ficarem levantados.
Senti o perfume importado do Lennon novamente e virei o rosto vendo ele parado na porta me olhando.
- veio brigar?
- vim em paz -levantou as mãos-
- vai admitir que tá se mordendo de ciúmes?
- é proibido?
- não, mas ciúmes demais me irrita
- você me tratando como se nós não fôssemos nada também
- foi mal -suspirei- mas o Pedro é parceiro, não tem motivos pra ciúmes
- ele não é aquele malucão que falou em um reality que azara a mulher dos outros?
Gargalhei alto, não acredito que ele foi atrás da vida do Pedro.
- você stalkeou ele, Lennon?
- claro, tenho que ver quem tá de olho na minha mulher
- primeiro que sua mulher é meu pau. Segundo que ele não tá de olho em mim
- tá bom, foi mal -se aproximou e estendeu o mindinho- amigos?
- você costuma transar com suas amigas?
- só se elas forem gostosa como você, o que é impossível
Sorri convencida e puxei sua mão com força fazendo ele cair por cima de mim.
Olhei seus olhos que me olhavam atentamente e desci o olhar até seus lábios recém umedecidos e o beijei.
Sua mão subiu delicadamente pela minha coxa e ele apertou com força me causando arrepios e me fazendo arfar contra seus lábios.
- preciso ir -ele sussurrou-
- nem uma rapidinha? -fiz bico e ele sorriu-
- não dá, nega
Passei minhas mãos pelo seu abdômen e subi até seu peito e o empurrei deixando ele deitado na cama.
Montei no seu colo e sentei bem em cima do seu pau dando uma rebolada e recebi um tapa forte na bunda em resposta.
- ainda não da? -abri um sorrisinho-
Ele segurou meu pescoço com força me deixando meio sem ar e me puxou aproximando nossos rostos.
- gostosa
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grama de maciço pesa na minha corrente...