22 de Maio de 1977 - A Explosão

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Todos se encontravam no final de mais um ano letivo, próximos do último jogo de quadribol, a maioria – menos a Sonserina – tinha fé que a Grifinória iria ganhar. É claro, a Lufa-Lufa poderia fazer 248 pontos no próximo jogo e levar a taça, num placar de 248 x 0, mas era realmente improvável. Infelizmente, também não era exato dizer quem ganhou a Copa das Casas, pois cada noite mudava da Grifinória para a Corvinal. 

Enfim, com a quase certeza que a Grifinória levaria a Taça de Quadribol, os Marotos decidiram comprar fogos de artificio trouxas nas cores da casa, dourado e vermelho, e decidiram potencializa-los com fluído de explosão retirado de chifres de erumpente. Querendo evitar uma explosão no processo delicado da extração do fluído na Torre da Grifinória, seguida de uma grande detenção e uma enorme perda de pontos que faria não terem qualquer chance de ganhar a Copa das Casas, Potter decidiu cuidar disso na sala de poções. Sendo assim, tendo qualquer estrago poderia lidar com o Professor Slughorn dizendo ser uma extração apenas para fins acadêmicos e que até pretendia lhe dar uma parte, pois, afinal de contas, o que um aluno faria com aquilo?! Pelo menos essa era a ideia de Lupin – na qual James havia colocado muita fé. 

Assim que Potter chaga as masmorras onde poderia fazer a extração se depara com uma presença não muito conveniente para aquele momento, Lílian Evans. Ela estava na segunda fileira de bancadas e trabalhava habilidosamente colocando com uma concha e auxilio de um funil um líquido rosa-transparente em uma garrafa redonda e chata na frente, e perto da bolsa de couro preto havia outro frasco cubico de uma poção completamente transparente. 

A ruiva não tinha como vê-lo se aproximar, estava de fronte para a lousa, consequentemente de costas para a porta. Mesmo James passando por ela e se acomodando na bancada da frente, ficando de costas para a frente da sala – desta forma de frente para Evans – a garota de cabelos acaju só foi notar sua presença quando terminou de guardar sua poção, mostrando se terrivelmente concentrada em sua tarefa. 

Assim que ergueu os olhos para Potter, deu um sorriso envergonhado de maneira que se perguntasse a quanto tempo ele estaria ali. James não se deu ao trabalho de responder essa pergunta implícita, simplesmente sorriu de volta como cumprimento.  Ambos se perguntavam o motivo do outro estar ali, já que era um domingo, mas Potter foi o primeiro a arriscar uma conversa. 

– Estudando?– Perguntou tirando as agulhas e seringas para a extração da bolsa. 

– Ah, não... poções para a festa.– Respondeu limpando sua bancada da última poção feita.

Potter franziu o cenho demorando um pouco para entender que ela falava da comemoração que fariam quando ganhassem a Taça de Quadribol. Então, voltou a mexer em sua bolsa para retirar o resto dos materiais, mas parou quando percebeu uma pergunta martelando em sua cabeça, desde quando Lily usava poções de beleza? Ele ergueu o olhar de volta a moça da bancada da frente. 

A ruiva separava os novos ingredientes para outra poção, então sentiu o olhar nada disfarçado do capitão sobre ela. Lily sustentou seu olhar, bastante inquisitiva sobre o motivo de Potter a olhar tanto, principalmente com os olhos de peixe-morto. Ela observou James abrir a boca uma, duas, três vezes como se quisesse dizer algo. No final tomou coragem e disse:

– Eu não sabia que você, – Dizia indicando a bolsa de couro da garota.– que você fazia poções de bele...– Potter mal acabara de falar e Lily já se encontrava mais vermelha que seus cabelos. Então, o interrompeu, sentindo uma grande necessidade de se explicar para que ele não saísse por ai espalhando boatos sobre ela.   

– Eu só fiz Poções Aromáticas, uma pra mim e uma pra Marlene.– Respondeu irritada e um pouco nervosa. 

Ela voltou a retirar os ingredientes da bolsa da couro, desta vez James a viu tirar um recipiente com presas de cobra e outro com folhas de urtiga seca. Potter não era brilhante em poções, mas todo adolescente sabia que solução aquilo fazia, Poção de Cura para Furúnculos.

– Marlene anda com muitas espinhas? – Questionou baixando o olhar para sua bolsa e pegando o pedaço de chifre de erumpente que havia conseguido com Sirius. 

– Sim, ela diz que a humidade e o calor da primavera fazem os poros dela abrirem e as espinhas saltarem e não-sei-o-quê...– Potter não estava esperando aquela resposta, na realidade esperava que Lily ficasse zangada e o mandasse cuidar da sua vida.

– Se eu te dissesse que Sirius falou algo parecido hoje de manhã, você acreditaria?!- Contou dando algumas risadas e Evans o acompanhou. 

– Só acredito porque Remus também me disse!- Respondeu apoiando suas mãos sobre o pequeno pilão de mármore preto.

– Você é muito boazinha, Evans! – Exclamou colocando com cuidado o chifre sobre a tábua de madeira na bancada. – Faz essas poções de graça para a Marlene, ela vai acabar abusando de você.– Advertiu e Lily deu de ombros.

– Nós temos um acordo, eu faço, mas ela dá parte dos ingredientes e eu fico com metade da poção.– Depois de concordar que era um bom negocio, voltaram a se concentrar em suas tarefas. 

Enquanto Evans triturava seis presas de cobra no pilão até se transformarem em um pó, Potter tomava cuidado ao inserir a agulha com a seringa numa das cavidades do chifre para retirar o fluído. Quando conseguia encher a seringa, devagar ia passando o líquido pelo filtro para que não ficasse nenhum detrito de chifre. 

Enquanto James repetia o mesmo processo, Lily seguia com a sua poção, agora juntando as urtigas secas, as presas de cobra moídas e os dois litros de água no caldeirão. Colocado tudo, ela acendeu as chamas do caldeirão em um fogo médio e deixou a poção ferver. Depois de dez minutos que a poção começou a borbulhar, com uma bagueta – que é um bastão de vidro –, mexeu a poção no sentido anti-horário até que atingisse uma cor transparente, com isso desligou as chamas. 

Enquanto esperava a solução ficar morna, moeu as lesmas no pilão até formar uma pasta. Atingindo a temperatura certa, Lily adicionou ao caldeirão a pasta com as cerdas de porco espinho, então mexeu a poção 5 vezes no sentido horário. Como precisava esperar que a poção esfriasse completamente para tira-la do caldeirão, Evans começou a arrumar sua bancada. 

Em algum momento durante a arrumação, Potter parou de prestar atenção no que fazia. Ele não saberia dizer se foi quando ela guardava os ingredientes, ou quando limpava o pilão ou a bancada, ou ainda quando prendeu novamente os cabelos acaju e em seguida pegou dois potes de porcelana para guardar o creme branco que se formava no caldeirão. Mas em algum momento a ouviu gritar "Potter, não!", então o chifre de erumpente – ainda com fluído de explosão o suficiente para fazer uma fumaça preta subir – explodiu.

Quando a fumaça se dissipou, o que aconteceu incrivelmente rápido, Evans estava com os braços cobrindo o rosto, mesmo que em sua bancada não tivesse sinal algum da explosão diferente da de James. Tendo em mente que seria melhor parar por ali antes que algo ainda pior acontecesse, usou o Feitiço Evanesco no chifre o fazendo desaparecer.

Após gostosas gargalhadas, onde James precisou fazer alguns muitos protestos para que Lily o ajudasse, ela aceitou. Evans advertiu de acabarem antes que Slughorn ou Filch aparecesse, pois como ela estava lá, também seria considerada culpada da explosão. Mesmo com duvidas sobre isso, James não contra argumentou. Tudo que lhe faltava agora era pedir ajuda aos Marotos, precisavam fazer o fluído de explosão coletado render para todos os fogos que Sirius fez questão de encomendar.

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Oi, quem tá lendo minha fic!

Como vocês estão? Espero que bem!

James como sempre pouco apaixonado na Lily, eu acho que se o Sirius descobrisse a verdade do por quê a poção explodiu ele mataria o Prongs!

Enfim! Não se esqueçam

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