28 de Fevereiro de 1978 - Profeta Diário

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As notícias do Profeta Diário que Potter lia estavam cada dia piores, os ataques dos Comensais da Morte evoluíram muito rápido. Eles passaram de um único assassinato por vez para famílias inteiras! Então, os artigos desse mês começaram a deixar entender que os atentados piorariam e passariam a ser orquestrados. E, de fato, não demorou muito para uma notícia muito preocupante aparecer, algo que o Ministério da Magia não conseguiu esconder.

A manchete principal do jornal do dia 28 daria aos alunos e professores muito o que falar, e  James não precisava ser um vidente para prever isso. Um dos jornalistas mais importantes do Profeta Diário que ficou conhecido por escrever um editorial sobre a ameaça de Grindelwald,  Kevinus Morrisons, investigou um sequestro de avião – uma maquina extraordinária dos trouxas que se parece com um trêm alado de acordo com Lily – que aconteceu em outubro de 1977. 

O sequestro supostamente teria sido feito por terroristas da Palestina que queriam liberar seus comparsas de uma prisão alemã. Então, sequestraram o voo que passou pelo Mar Mediterrâneo, pela costa francesa e pousou na Somália. No entanto, o atentado não teve sucesso, pois os trouxas no avião foram resgatados. De acordo com K. Morrisons, aparentemente os bruxos não tinham nada a ver com o assunto, até suas investigações chegarem a conclusão de que muitos dos trouxas terroristas – não só estes da Palestina, mas do grupo IRA da Irlanda também –  estavam sobre a Maldição Imperius. Aparentemente, os Comensais da Morte tinham muitas marionetes prontas para seguir suas ordens fazendo diversos atentados a trouxas inocentes. 

Por mais que essa fosse a notícia mais chocante, não era tudo que o sr. Morrisons tinha para contar. Os trouxas tinham algo parecido com a Confederação Internacional dos Bruxos, que chamam de Organização das Nações Unidas – ONU. E eles se reuniram em uma assembleia geral para discutir os atentados terroristas, onde muitos outros deles provavelmente foram orquestrados pelo partido de Você-sabe-quem. A preocupação com Voldemort nunca foi maior, agora ele não só cometeria muitos ataques, mas poderia correr o risco de expor a comunidade bruxa.

– As coisas só vão piorar. – Comentou Lily largando o jornal na mesa do café no Salão Principal, ainda era bem cedo e muitos alunos não tinham acordado, então os dois Monitores estavam sentados sozinhos.

– É, tenho pensado em algum jeito de ajudar, mas preso aqui... –  James olhou para o Grande Salão frustrado, como se pudesse imaginar que suas paredes fossem barras de ferro de uma cela em Azkaban. 

– Eu não acho que mudaria muita coisa, mesmo que estivéssemos lá fora. – Evans bufou frustrada e seu namorado a olhou surpresa. – James, sabe que é verdade! Mesmo quando sairmos, se passarmos para a formação de auror, quanto tempo demoraria o treinamento? Então o desenvolvimento em campo, pra depois poder receber uma missão importante contra Você-sabe-quem! – Potter não pode deixar de ficar muito surpreso, esse era o discurso contrário ao que ela sempre fazia. 

– Achei que os regulamentos e regras existissem por algum motivo, principalmente segurança. – Respondeu usando as palavras que um dia a ruiva havia lhe dito.

– Sim, é pra isso que existem. Mas a situação é muito mais crítica agora! Olha isso...– Apontou o exemplar do Profeta na mesa. – O regulamento precisa mudar para atender as circunstancias em que nos encontramos. É assim que um bom governo funciona. – Contou Lílian expressando sua opinião decidida. 

– Bom, como eu disse, presos aqui não podemos fazer nada.– Suspirou colocando algumas torradas no prato. – É claro que ainda podemos mandar muitas cartas criticando o Ministro, mas fora isso... – Haroldo Minchum atualmente era o Ministro da Magia e a política mais eficiente que fez até agora foi colocar mais dementadores em  Azkaban. O que na opinião de muitos, não era assim tão bom, inclusive assim pensava o diretor de Hogwarts.

– Me preocupa, James. Se agora os Comensais estão querendo fazer ataques em massa, como explodir aviões, por que não um supermercado? – Lily já havia explicado a Potter o que eram mercados, eram como grandes feriras dentro de um galpão. – Será que isso aumenta a chance dos meus pais serem pegos por eles?

– Achei que você tinha colocado todos os feitiços de proteção possíveis em sua casa? – Ele não pode deixar de perceber que Evans estava começado a ficar eufórica e nervosa. Precisava acalma-la. 

– Coloquei, óbvio. Mas  se os ataques serão em massa, não serão na minha casa. Meus pais, minha irmã, podem ser pegos quando saírem do alcance das minhas barreiras de proteção! – Aquilo não estava funcionando.

– Lily, você fez tudo o que pode, não vejo como... – A ruiva o interrompeu.

– Eu sei, eu fiz tudo ao meu alcance. O problema é que não é o suficiente para deixa-los seguros. – Respondeu aflita.

Dizer que eles se encontravam no meio de uma guerra e que a segurança era naquele momento uma utopia, não era o ideal para se tranquilizar alguém, por mais que fosse verdade. No entanto, a última frase de Lílian já deixava claro que ela entendia isso. James achou que seria melhor simplesmente segurar a mão da namorada para passar um pouco de conforto. Assim fez, depois levou a mão da garota até perto da boca e deu um beijo, Evans não conseguiu deixar de sorrir e relaxar. Por ora, não havia mais nada que pudesse fazer.

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* O atentado do avião foi inspirado no Voo Lufthansa 181, que aconteceu no dia 18 de outubro de 1977.

* O estudo Terrorismo Internacional: A Evolução da Utilização do Terror, feito pela Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), cita na página 5 a Assembleia Geral das Nações Unidas voltada para situação na Palestina. E esse acontecimento inspirou a Assembleia trouxa da ONU desse capítulo.

* O grupo IRA – traduzido: Exército Republicano Irlandês – citado no capítulo também existia, é uma "união" de grupos paramilitares irlandeses que lutaram contra a influência Britânica na ilha da Irlanda (Do séc. XX até séc. XXI). 

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Oi, quem tá lendo minha fic!

Como vocês estão?

Por Merlin! Esse capítulo me deu trabalho! Na real todos me dão, mas esse em especial. Os atentados que eu citei aqui aconteceram nos anos setenta, então imagina o trabalho para achar as informações. 

Vocês já estudaram IRA na escola?

P.S.: Eu estudei e a coisa é tensa! 

De todo jeito, espero que tenham gostado! 

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