10 de Outubro de 1977 - Culpado

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James se lembrava da primeira vez que conversou – conversou de verdade – com Lily depois do ocorrido no quinto ano que terminou com a amizade dela e de Snape, e claro que ele teve influência nisso. Na época ele não ousou tocar no assunto, Evans também não havia demostrado o menor interesse em falar sobre. Em vez disso, eles se concentraram em fazer uma lista de problemas da monitoria, Lily porque era Monitora e James a ajudou como um favor para Remus. 

Ambos haviam marcado de se encontrar na biblioteca pra fazer esse procedimento a pedido da Professora Mcgonagall. Potter se atrasou um pouco, pois Sirius o intimou a dar uma opinião sobre uma pegadinha que pretendia fazer com o time da Corvinal que os tinha perturbado na semana passada. Com alguns minutos de atraso ele acabou surpreendendo Ranhoso que tentava se desculpar com Lily. Quando isso aconteceu James ficou muito tentado a provoca-lo um pouco, mas percebendo que seria uma péssima ideia resolveu ficar em silêncio.

Ele não foi o único a ter essa ideia, porque assim que Snape o viu se calou e Lily, perdida sem saber o que fazer, também ficou em silêncio. Passado alguns minutos onde tudo que os três fizeram foi ficar se encarando, James finalmente tinha decido falar. O que disse não foi direcionado a Ranhoso, somente a Lily – e era um convite para saírem de lá. Perguntou a ela se ainda pretendia fazer a lista naquele momento, Evans prontamente concordou e se levantou com os seus materiais. Então, os dois foram se sentar perto da secção de Transfiguração.

Tirando a pena e pergaminho da bolsa, Lily parecia nervosa e pouco a vontade com o que acabou de acontecer. James ficou com duvida se fez a coisa certa pedindo para que ela fosse para longe de Snape, talvez Lily quisesse falar com ele? Então decidiu arriscar e fazer a pergunta.

– Não devia ter falado nada? – A ruiva ergueu os olhos ainda abalada para ele parecendo confusa. – Não devia ter feito a pergunta para te tirar de perto do Snape? – Repetiu se inclinando para frente na mesa ficando mais próximo dela.

– Não, você fez bem. – Respondeu negando com a cabeça, depois soltando um suspiro. – Não tenho mais nada para falar com ele. – Seu tom havia mudado, havia um pouco de raiva em sua voz.

Um pouco hesitante, James tentou continuar o assunto:

– Eu entendo se você me culpar, se não fosse eu talvez... – Baixou o olhar para o pergaminho em branco. – Talvez vocês ainda fossem amigos. – Lílian o olhou sem saber o que dizer, sentir culpa por fazer mal a Snape. Não era algo que ela esperava dele.

– Não te culpo, Snape me chamar do que chamou não é culpa sua. – Ela viu que Potter ainda tinha uma expressão inquisitiva. Então, soltou um suspiro antes de continuar. – Snape já andava com pessoas preconceituosas, já compartilhava das mesmas ideias, era questão de tempo até essas ideologias se aplicarem a mim. Em um momento de raiva, ele descontou-a em mim, me chamando de sangue-ruim. Independente de você tê-lo provocado, qualquer outra coisa que o fizesse ficar irritado e eu acabasse aparecendo para ajuda-lo teria despertado a mesma reação. – Explicou e Potter pareceu entender. – Ainda assim, você não estava certo em provoca-lo daquele jeito! – Retrucou com um pouco mais de humor na voz, o que o fez sorrir.

– É, mas eu não voltei a fazer isso. – Contou, Evans suspeitava que isso fosse verdade. 

Ela não viu James ou os Marotos perseguirem Snape no ano passado, também não saiam azarando quem quer que os aborrecesse nos corredores. Mesmo que as pegadinhas – como explodir fogos de artificio quando ganham um jogo – continuassem, elas eram mais inofensivas, feitas apenas para divertir. 

– É, vocês mudaram bastante. – Concordou. – Mas nós temos mais o que fazer! – Disse revigorada voltando a atenção para onde fariam a lista. – Algum aluno querendo chamar a atenção, fez começar a chover num dos corredores dos banheiros essa manhã e...– Falou arranhando a pena no pergaminho, mas Potter a interrompeu.

– Gilderoy Lockhart, segundanista da Corvinal. Já tirei pontos dele e dei uma detenção, também levei ele para o Professor Flitwick que concordou com a punição. Ah é, o Finite Incantatem resolveu a tempestade do corredor. – Lily tinha uma expressão ligeiramente surpresa, no final das contas ele realmente pegava os pequenos infratores. Então, riscou o tópico com o problema.

– As pinturas estão dizendo que Pirraça anda jogando papel molhado do banheiro neles, então...– James a interrompeu novamente com a solução.

– É, mas antes disso Pirraça estava incomodando um grupo de Lufanos. Eles queriam paz, então deram essa ideia pro Pirraça. Dei uma bronca, mas não tirei pontos. Esse poltergeist pode ser bem insuportável! – Lily estava cada vez mais surpresa, e não era de um jeito negativo. – Podíamos falar com o Barão sangrento, mas eu acho que ele aceitaria mais fácil se os monitores da Sonserina pedissem a ajuda. 

– E não é que o Professor Dumbledore não estava caducando? – Brincou Lily com um sorriso vendo seu colega ficar confuso. – Você deu um bom Monitor no final das contas.

James não conseguiu evitar um grande sorriso, depois de tantos anos querendo chamar sua atenção finalmente conseguiu. Lílian estava impressionada, e nem precisou de um plano grande e espetacular para conseguir isso. Passaram mais uma ou duas horas listando os problemas, eram poucos aqueles que não encontravam uma solução. No final entregaram a Mcgonagall, que ficou muito satisfeita com as sugestões para resolução das situações complicadas que os monitores encontraram. 

._._._._._._._._._._._._._._._._. 

Oi, quem tá lendo minha fic!

Como vocês estão?

Eu sei, o Snape apareceu bem pouquinho. Mas é porque a fic em si é voltada para as conversas Jily, ok? 

Mas eu posso fazer um bônus do Snape dessa conversa, vocês querem?

Mais uma coisa! Vocês gostam de que eu de pequenos spoilers? 

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