Cap. 9 - QUATRO MARTELADAS

262 2 0
                                    

Giliene e Donaldo estavam de volta ao corredor, conversando longe de todos depois que ela não conseguiu se controlar e interrompeu aos gritos a filmagem da cena em que Donaldo deveria fazer sexo selvagem com a atriz loira.

- Eu sabia. Eu sabia que você não iria suportar me ver ali transando com outra na sua frente. - Donaldo disse.

- E oque isso tem a ver?! - furiosa, Giliene bateu no peitoral dele após perguntar.

- Isso mostra que você me ama com a mesma intensidade que eu amo você. Ama tanto que não consegue me ver com outra, mesmo sabendo que o que rola ali é puramente profissional. Gi, sendo assim eu vou pedir mais uma vez. Casa comigo.

- Não. Eu... Não, não é isso que eu quero pra mim. Não agora.

- Se você não quer se casar agora comigo, então não vai querer nunca.

- Isso é muito injusto.

- Então é o seguinte: eu voltar pra lá, eu vou trepar para aquelas câmeras como nunca antes e eu vou finalizar esse filme fazendo dele o melhor filme que o seu estúdio já produziu. Mas depois disso... Você, por favor, nunca mais procure por mim. A nossa história acaba aqui.

E enquanto Donaldo caminhou para estar de volta no interior do set de filmagem, Giliene correu pelo corredor para chegar ao seu escritório, para se esconder lá. Longe de todos e de tudo.


Nove dias depois, as filmagens do quarto filme da série 'A Martelada do Gigante' foram concluídas. Não houve festa, não houve celebração de despedida. Prometendo que nunca mais colocaria os pés dentro dos estúdios Xaninha Produções, Donaldo simplesmente pegou os seus poucos pertences ali e partiu.

Naquele mesmo dia, também era concluído nos estúdios Pau Brasil as filmagens do pornô gay 'Viagem Anal'. Por lá, no entanto, teve festa. Os atores do elenco, alguns funcionários do estúdio, o diretor Deivridi e a estrela do filme, Pablo, beberam, dançaram e papearam no cenário do filme mesmo assim que a última cena foi filmada.

- Você vai direto pra casa? - o jovem Pablo perguntou para Deivridi.

- Ah, com certeza. Eu estou exausto. Eu vou capotar na minha cama como senão houvesse um amanhã.

- Eu posso te acompanhar?

- Sério? Eu te convidei para ir ao meu apartamento naquela vez. Lembra? E você disse...

- Eu mudei de ideia.

Foi uma noite bem incomum para Pablo. A primeira vez que ele levava um ator pornô com quem ele trabalhava para o seu apartamento e a primeira vez que ele transava com um desses atores fora do ambiente de trabalho.

Quando Deivridi acordou na manhã seguinte, ele se surpreendeu ao ver que Pablo já estava totalmente alerta, com olhos enormes bem abertos o encarando, colando o corpo nu dele no seu naquele abraço sobre acama.

- Uau. Que susto. Você não dormiu? - Deivridi o perguntou.

- Você já acorda bonito desse jeito. É impressionante. - Pablo preferiu dizer.

- Eu preciso levantar.

- Não! - e Pablo empurrou Deivridi de volta ao colchão. - Vamos ficar aqui juntinhos. Está tão bom. E tudo que aconteceu noite passada foi tão bom. Você não concorda?

- Foi. É... Foi ótimo. Só é estranho. Trepar com você lá no estúdio com todo mundo vendo e depois trepar com você aqui de novo...

- Ah, seu danadinho. Você vai tentar mesmo me convencer de que foi a primeira vez que você jornada dupla de trabalho? Comendo o seu colega de cena pras câmeras e depois repetindo no seu cafofo?

Quando Corações Pegam Fogo (NOVELA +18)Onde histórias criam vida. Descubra agora